sábado, 26 de abril de 2008

Associação com a moda aumenta venda de produtos


O conceito de moda deixa de ser aplicado exclusivamente ao vestuário e passa a atingir outros tipos de produtos. Muitas empresas vêm apostando nesse segmento para estimular as vendas e seus produtos, não necessariamente ligados a roupas, calçados, acessórios, ou beleza.
A associação com a moda toma emprestado os conceitos de inovação, diferenciação e exclusividade tão valorizados nesse meio. Afinal, na estratégia de Marketing há sempre o esforço de evitar o estigma de commodity para seus produtos, de forma a fortalecer o desejo do consumidor pela sua marca.
Assim como a moda é um meio de expressão e símbolo de status para muitas pessoas, os produtos que se encaixam neste universo estão ganhando uma importância maior a cada dia ao agregar esses valores.
Atributos como design, tendências, exclusividade e embalagem tornam-se conceitos essenciais para a efetivação de venda entre os consumidores, que passam a exigir atualização constante de seus produtos.
Posicionamento da Suvinil aposta em tendências de coresPercebendo isso, a Suvinil adota desde outubro de 2006 um posicionamento onde o novo slogan "Renovar é Fácil. É só Querer" resume bem a nova direção da marca. A fabricante de tintas optou por trabalhar a sua imagem segundo o conceito de decoração, afastando-se, neste aspecto, do mercado de construção civil.
Toda a estratégia de comunicação da empresa passou a transmitir a idéia da tinta como um item barato, de fácil manuseio e eficiente no trabalho de decoração em comparação com a mudança de móveis, por exemplo. Para isso, a empresa agora trabalha com tintas que seguem a tendência de moda e que se renova a cada 12 meses. Para conseguir se aproximar deste mundo, são feitas pesquisas com expertise internacional utilizando pessoas do meio da moda e da decoração de interiores.
O trabalho é feito em conjunto com uma equipe da Suvinil que conhece e trabalha o estudo de cores no Brasil. A empresa oferece ainda serviços no ponto-de-venda que permite o consumidor preparar no local uma nova cor de tinta a partir da mistura de outras, além de ter acesso a um catálogo informando as mais recentes tendências e cartelas de combinação de cores.
Há ainda estandes onde é possível fazer uma simulação de ambiente para que o consumidor perceba a mudança que acontece com a troca de cores. "Além disso, ele pode levar gratuitamente para casa uma bolsinha de cor, de 200 ml, a ser usada como teste em uma parte da parede para que se tenha uma noção de como vai ficar o ambiente com a nova cor. Assim, o consumidor consegue no PDV e em casa ter uma idéia de como ficará a sua casa segundo as novas tendências", conta Mirian Zanchetta, Gerente de Propaganda e Promoção da Suvinil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
O novo posicionamento foi trabalhado no novo site da marca, inaugurado em 19 de Março deste ano. De perfil de construção, agora tem um visual e conteúdo que remete à decoração. Além de oferecer dicas de arquitetos e decoradores conhecidos, como Marcelo Rosenbaum, há um simulador virtual de decoração. "Essa é a coisa mais inovadora. A ferramenta permite o usuário postar uma foto pessoal do ambiente que quer decorar e testar novas cores virtualmente. Temos ainda um banco de imagens de objetos e móveis que podem ser inseridas na foto. A partir daí, o cliente pode gravar a imagem, imprimir e levar a alguma loja, ou mesmo enviá-la a amigos pela internet. Graças a ele, temos aumentado o número de visitas ao site", diz Zanchetta, que também comemora uma maior venda, já que o consumidor é sempre estimulado a consumir a próxima tendência para não ficar defasado.
Produto como símbolo de statusOutra empresa que vem obtendo bons resultados na associação com a moda há alguns anos é a Motorola. Não é surpresa que há muitos anos o design tornou-se um fator fundamental na decisão de compra de aparelhos celulares. Percebendo isso, a fabricante americana marca presença no São Paulo Fashion Week há cinco anos, expondo seus novos produtos a um público ávido por tendências. "O consumidor de moda e tecnologia são muito parecidos. É um público fashion, que está antenando, quer conhecer e consumir as novidades", conta Andreia Vasconcelos, gerente de branding.
Para Andreia, à medida que o celular torna-se um símbolo de status e acessório de moda, associar-se a esse universo é fundamental para o marketing da empresa. "A preocupação com design e tendências de moda está no DNA da Motorola. Sabemos que o consumidor está exigente e quer se diferenciar. Por isso nos aproximamos da moda e suas tendências em nossa estratégia. E o retorno em awareness e branding vem sendo positivo.", completa em entrevista ao Mundo do Marketing.
Qualquer marca que quiser passar uma imagem de inovação, vanguarda, renovação ou exclusividade pode colher benefícios com essa associação, segundo Sérgio Garrido, professor do curso de Marketing de Moda da ESPM-SP. "Em principio, várias categorias podem se aproveitar da moda do momento. Até em apartamento. Tinha uma época em São Paulo que só vendia-se apartamento com lareira. Hoje, a moda é terraço com churrasqueira", conta ele.
Parceria com marcas de modasAs empresas podem ainda utilizar um nome para agregar em seus produtos. É caso da Motorola, que, além de vender aparelhos com design sofisticados e diversas opções de cores, chegou a vender uma edição limitada de aparelhos celular que levava a marca Dolce & Gabbana. A “coleção” vendeu todas as duas mil cópias disponíveis no dia de seu lançamento, na Itália.
A fabricante também lançou uma edição limitada de aparelhos com design desenvolvidos pelo estilista Alexandre Herchovitch. O expoente da moda também foi chamado pela FIAT para criar uma linha de roupas que levou o nome da marca e decorou o modelo Punto, exibido no último São Paulo Fashion Week, em janeiro.
Já a Nestlé fez uma parceria com a rede de lojas Iódice e distribuiu uma edição limitada do seu Suflair Dark para quem comprasse algum produto nas lojas. Essa é uma das abordagens que são estudadas na ESPM: a moda como meio de comunicação para divulgar a marca e os produtos de uma empresa.
Outra tática utilizada pelas empresas é criar produtos de edições limitadas, que podem ser substituídos por outros produtos semelhantes, mas nunca diferentes. Isso estimula a compra, já que oferece um diferencial para o consumidor que não se verá em outra época. "Essa é uma experiência que o pessoal que fabrica sabonete, toalhas e alimentos, por exemplo, desconhece. Os produtos, muitos ainda pensados como feitos "para sempre", sem renovação, hoje são cada vez mais renovados e ligados em tendências para estimular a venda, já que o produto que mais pode vender é aquele que combine com a moda do momento", explica o professor Garrido.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Menos de 5% das agências promocionais buscam Selo de Qualidade



O projeto de certificação das agências de Marketing Promocional está transcorrendo da forma como o presidente do conselho da Ampro – Associação de Marketing Promocional –, João Carlos Zicard, previu: difícil. Das 179 agências associadas à entidade que podem participar do processo, apenas oito já iniciam os trabalhos. Outras oito manifestaram o interesse.
O Selo de Qualidade da Ampro é realizado em parceria com a empresa suíça SGS ICS Certificadora e tem como critérios de avaliação aspectos como capacitação técnica, estrutura e qualidade comprovada das ações realizadas em áreas como promoção, incentivo, relacionamento, eventos e web promotion.
A Ampro não divulga quais são as agências que estão participando do processo de auditoria. Para Zicard, o fato de ter menos de 5% de adesão era esperado. “Sabia que seria difícil”, afirma em entrevista ao Mundo do Marketing. Faz parte do processo de certificação a anuência do cliente. As agências que passarem pela auditoria da SGS terão ainda que obter a indicação de qualidade por parte de seus contratantes.
De acordo com Zicard, o baixo número de adesão mostra uma realidade do mercado. “O processo pode ser caro e complicado para quem não estiver preparado, mas será que tem agência que com medo de mostrar que o cobertor não é quente?”, pergunta o presidente do conselho da Ampro. “Se o processo fosse fácil não teria valor”, completa.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Google é a marca mais valiosa do mundo


O Google é a marca mais valiosa em todo mundo pela terceira vez consecutiva. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pela Millward Brown, agência especializada em pesquisa e consultoria de Marketing, que elaborou um ranking de 100 empresas. Juntas, as marcas valem 1.94 trilhões de dólares.
O estudo BrandZ baseou-se em dados financeiros e entrevistas com mais de um milhão de consumidores em todo o mundo. O Google foi avaliado em US$ 86,1 bilhões, número 30% maior em relação ao ano passado. Outras empresas no topo da lista são a General Eletric (GE), em segundo lugar, registrando US$ 71,4 bilhões - cifra 15% maior que no ano passado-, e a Microsoft na terceira posição, com USS$ 70,1 – um aumento de 29%.
A Milward Brown destaca o fortalecimento de marcas asiáticas, que juntas valem US$ 111 bilhões e o crescimento de empresas do setor de tecnologia, que são representadas por 28 marcas na lista. A agência também cita a importância de mercados emergentes e aponta marcas a serem observadas no futuro, entre elas as brasileiras Brahma, Petrobras e Bradeco.

Disney no Brasil: conheça a dimensão deste negócio mágico no país




Como uma das maiores marcas do mundo, não é surpresa observar a Disney atuando em diversas linhas de negócios. O cinema pode ser a primeira coisa que vem à cabeça ao lembrarmos da empresa, mas outras áreas como o licenciamento de produtos, canais de TV e jogos também são outros pontos fortes da organização. Um bom exemplo é o Disney Channel, que desde o fim do ano passado ocupa a liderança absoluta em audiência na TV paga.
A Walt Disney Company chegou ao Brasil na década de 1950, quando, em parceria com a Editora Abril, iniciava as suas publicações com as histórias em quadrinhos. Com o grande sucesso de venda de gibis como O Pato Donald, até hoje apontado como grande responsável pela ascensão inicial da editora, outros quadrinhos Disney eram publicados e os primeiros produtos licenciados chegavam ao varejo.
Em 1961, a Disney ganhou a primeira representação de produtos de consumo, através de um escritório particular que representava a empresa. A partir de 1995, a Disney abriu seus próprios escritórios na América Latina, o que inclui um no Brasil, em São Paulo. Hoje, ele tem o papel de centralizar e administrar as atividades regionais da organização no país, sempre em sintonia com o escritório argentino, em Buenos Aires, que coordena a operação em toda a América Latina. Os outros escritórios na região são no Chile, México e Venezuela.
O escritório brasileiroO escritório em São Paulo gerencia todas as linhas de negócio no Brasil, como cinema (sob o selo Miravista), DVDs e Blu-ray, internet, mobile, games, canais de TV por assinatura, publicações e a área de produtos de consumo. A importância do mercado brasileiro para a Disney varia dependendo da linha de negócio, "Mas, fazendo uma média, o Brasil é muito importante para a Disney no momento, até mesmo porque é um mercado que vive uma boa situação econômica e tem grande potencial de crescimento", conta Herbert Greco, Diretor de Marketing da Disney Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Por aqui, a parte de produtos licenciados é a que mais chama atenção, agregando brinquedos, vestuário, papelaria, e diversos outros tipos de artigos. Personagens clássicos como Mickey, Pato Donald e Pateta são alguns dos mais licenciados, mas o que mais vende depende do sucesso do momento. Atualmente, o High School Musical é a marca que mais vende produtos, mas, no lançamento de um novo filme no cinema, também há uma forte procura de produtos com o tema.
O interesse do consumidor brasileiro pela Disney também é percebido com o alto número de brasileiros que visitam seus parques todos os anos. O Brasil era o terceiro maior país em número de visitantes nos parques Disney na década de 1990. Entretanto, a então desvalorização do real e os ataques terroristas em Nova York afastaram um pouco os brasileiros, caindo para o quinto lugar. Mas, com o recente cenário econômico brasileiro fortalecido e a valorização do real, este número volta a subir.
Possíveis parques e lojas no Brasil são tratados em sigiloNo ano passado, 332 mil turistas brasileiros passaram por um dos parques Disney, atrás do Reino Unido, Canadá e México, segundo a Travel Industry Association of America. Apesar disso, Herbert Greco não acredita em um potencial parque Disney no Brasil em médio prazo. "A Disney sempre tratou a abertura de um novo parque no maior sigilo. Portanto, mesmo que soubesse, não poderia falar", diz.
A possível abertura de uma loja da Disney no Brasil também parece ser tratada com sigilo. A marca chegou a organizar uma loja temporária na quarta e quinta edição do mega centro de compras Super Casas Bahia, evento temporário da rede varejista que acontece todo fim de ano, em São Paulo. Apesar da experiência, reunindo produtos de consumo com o perfil daquele evento, Herbert afirma que a empresa não tem planos de abrir uma loja fixa.
No trabalho de divulgação de seus produtos, a Disney adota uma mecânica que utiliza suas diversas linhas de negócio. A venda de espaço publicitário em seus canais de televisão, por exemplo, não se limita apenas a alguns segundos. O anúncio, na verdade, faz parte de um pacote oferecido pela empresa em que, através de uma mesma oferta comercial, possa gerar não apenas a venda de anúncios na TV, mas também mídia on-line em seus sites, conteúdos para mobile, games e até oportunidades de licenciamento. Toda essa estrutura de forma sinérgica dentro do negócio da empresa atua de forma a utilizar a força de vendas de seus canais - ESPN, ESPN Brasil, Jetix e Disney Channel - em favor da Walt Disney Company.
O sucesso do Disney ChannelO Disney Channel é o principal entre eles. A empresa comemora a liderança na TV por assinatura, tirando, desde dezembro, o primeiro lugar do Cartoon Network, que ocupou o posto durante anos. A posição de líder na audiência já era realidade em outros países da América Latina, só faltava o Brasil. O canal tem uma programação voltada à crianças e adolescentes e surgiu há oito anos no segmento premium, sendo exclusivo da hoje extinta DirectTV, atual Sky.
Há quatro anos, porém, o Disney Channel tornou-se disponível em outras operadoras e, com a popularidade de séries e filmes como Hannah Montana e High School Musical, houve um significativo aumento na audiência. "Isso vem nos ajudando na penetração das propriedades que lançamos e divulgamos no canal, pois além do canal ser um negócio importante, ele ajuda a repercutir outros negócios.
Divulgação em PDVOutra tática adotada pela Disney Brasil para a divulgação da marca e de seus produtos é promover atrações em ponto-de-venda, através de áreas de entretenimento, como acontece comumente em diversos shopping centers. A empresa realiza suporte para eventos de entretenimento em épocas como volta às aulas ou lançamento de um filme para divulgar os seus produtos.
"É comum nos ligarem sugerindo idéias e perguntando preço. Mas não alugamos personagens. O que fazemos é entrar em contato com shoppings centers oferecendo uma parceria, em que cobramos apenas custo de montagem ou mais algum investimento que venha a ser incluído para divulgação da atração", conta Greco ao site.
Nesse e outros trabalhos de divulgação, a empresa opta por realizar ações de Marketing e publicidade voltadas à família, preservando mensagens alegres e positivas. "Pode até ter humor, mas voltado à alegria, não piadas. Essa é uma dificuldade que temos ao trabalhar com agências novas, pois é comum utilizarem o humor a qualquer preço", relata o Diretor de Marketing.
O investimento em Blu-RayOs filmes Disney também são outro destaque, com os sucessos de bilheteria e vendas de DVDs. Em dezembro do ano passado, a Disney começou a lançar algumas de suas produções em formato Blu-Ray, que consolidou-se como o sucessor do DVD. Em dezembro, chegaram a caráter experimental títulos como Piratas do Caribe, Carros e outros sob o selo Buena Vista, como “Todo Mundo em Pânico 4” e “A Outra Face”.
O foco está nos usuários ávidos por novas tecnologias, visto que o preço de um aparelho de Blu-Ray, assim como do próprio disco, ainda é alto para os padrões brasileiros. "Hoje é fácil falar, mas sempre acreditamos que o diferencial técnico do Blu-ray em relação ao HD-DVD nos dava uma vantagem competitiva muito grande. O retorno financeiro ainda é muito baixo, sabíamos que seria assim", afirma o Diretor de Marketing, que falou ainda que futuramente estuda reduzir o preço para facilitar o acesso ao produto, que hoje chega a custa mais de R$ 100,00.
Atualmente, a empresa começa a produzir o primeiro filme brasileiro com a marca Disney. Apesar de atuar há alguns anos no cinema brasileiro sob o selo Miravista, a marca vez investe pela primeira o seu nome em um longa metragem nacional. Trata-se da versão brasileira do sucesso High School Musical. Por enquanto, o projeto está em fase de seleção de atores/cantores, que pode ser acompanhada através do programa "High School Musical: A Seleção", exibido no SBT e Disney Channel.
Outros países da América Latina também estão produzindo suas versões da franquia. Outra novidade que deve surgir no Brasil é um novo espetáculo da Disney. Após uma passagem por Rio e São Paulo no ano passado, depois de uma ausência de vários anos no país, o "Disney On Ice" deve novamente entrar em turnê em todo o Brasil no segundo semestre de 2008 e no primeiro de 2009.
A Disney reuniu todas essas linhas de negócio em um evento exclusivo, realizado anualmente há dois anos. O Expo Disney é uma feira aberta a executivos que desejam fazer negócios com a Disney no Brasil, onde a companhia expõe diversos novos produtos presentes no mercado e outros que ainda virão, como os futuros lançamentos no cinema. Segundo Herbert Greco, a próxima edição está prevista para a primeira semana de agosto. "Chamamos parceiros para fazer negócios em todas as linhas, não apenas produtos de consumo. O nosso objetivo é passar a dimensão da marca Disney ao mercado, mostrando como ela é presente, importante e impactante e como podemos gerar negócios aos nossos parceiros", explica ele.

Análise SWOT ( Um dos temas mais abordados em concursos voltados para a área administrativa)




A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações.

Diagrama SWOT
O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Não há registros precisos sobre a origem desse tipo de análise, segundo HINDLE & LAWRENCE (1994) a análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen. Por outro lado, TARAPANOFF (2001:209) indica que a idéia da análise SWOT já era utilizada há mais de três mil anos quando cita em uma epígrafe um conselho de Sun Tzu: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças ” (SUN TZU, 500 a.C.) Apesar de bastante divulgada e citada por autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema.
O caminho mais indicado para entender o conceito da análise SWOT é buscar diretamente sua fonte: The concept of corporate strategy, do próprio Kenneth Andrews. Porém, uma leitura superficial dessa fonte frustra os mais afoitos por definições precisas e modelos práticos, pois o autor não faz nenhuma referência direta à análise SWOT em todo seu livro.

[editar] Aplicação prática

Análise SWOT
Esta análise de cenário se divide em ambiente interno (Forças e Fraquezas) e ambiente externo (Oportunidades e Ameaças).
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos.
O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com freqüência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos. A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica propriamente dita.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mercado automotivo: Marketing ajuda na diferenciação


O mercado automotivo e o consumidor brasileiro sabem que a principal razão para o aumento nas vendas de automóvel é o reflexo da facilidade de conseguir crédito no país. O mercado automotivo aplaude e, conseqüentemente, as indústrias que atuam nele vibram também. Com o momento favorável para as vendas, surge a pergunta: Como as empresas do setor automotivo estão fazendo para se diferenciar e conquistar o consumidor?
Baseada nesta questão, a TNS Interscience desenvolveu um estudo para saber qual é o desafio, as características e as estratégias usadas pelas companhias e indústrias do setor automotivo, para vender os seus produtos. A pesquisa informa sobre os diferentes tipos de mercados que precisam ser analisados e estudados separadamente.
A venda de automóveis vem crescendo a mil por hora no Brasil. O aumento da produção e venda de carros fez surgir a dúvida se no Brasil tem ruas suficientes para comportar tantos carros. Tecnologia e marketing estão caminhando juntos pelos corredores das montadoras e lojas para oferecer a melhor comunicação, serviços e cada vez mais experiências para conquistar o consumidor.
Mercado X MercadoO estudo da Interscience foi desenvolvido para entender as estratégias de empresas na França e na Índia, para se diferenciarem da concorrência e saber o que funciona para influenciar o consumidor na escolha de uma marca. De acordo com Daniel Cortez, Gerente de Negócios da TNS Interscience, o investimento em estratégias de marketing das empresas do mercado automotivo, precisa ser baseado nas características do mercado. “O investimento é diferente em mercados maduros, como a França, e não-maduros, como na Índia”, diz Cortez.
O executivo se refere aos mercados maduros e não-maduros porque o consumidor é impactado de forma diferente em países com economias e culturas distintas. Segundo o estudo, na França o principal ponto de contato com o consumidor é o test-drive e a indicação. Através de testes ou recomendações de amigos e parentes, o consumidor faz a escolha pela marca. Na Índia já é diferente. Lá a mídia de massa é fundamental para os consumidores na decisão de compra de um carro.
Com visível discrepância entre mercados automotivos de países emergentes e desenvolvidos, é preciso avaliar com cuidado cada reação do consumidor com relação aos pontos de contato da marca. “Cada mercado tem que ser enxergado de forma diferente. Por isso, as montadoras não podem fazer estratégias globais”, explica Daniel Cortez em entrevista ao Mundo do Marketing.
Diferenciar é saber atingirPara destacar a sua imagem com estratégias de Marketing a Honda não faz investimentos astronômicos e mesmo assim atinge o seu consumidor de forma relevante. Diego Fernandes, Gerente de Marketing da Honda Automóveis, sabe que é difícil se diferenciar neste setor porque outras empresas investem mais.
O foco da Honda em comunicação com o consumidor é a diferenciação. Estar próxima do consumidor e o baixo investimento em varejo são os focos do Marketing assim como o posicionamento da marca. O principal é diversificar o investimento. “Não falamos apenas do carro, mas de liberdade, estilo e posicionamento, valores que se transferem ao consumidor”, afirma o executivo.
Com investimento que não chega a ser 1.0, mas que também não está em um nível 4x4, a Honda direciona a comunicação para títulos e outros meios específicos para chegar ao seu público. Há dois anos a marca investe em campanhas on-line que não se resumem a publicidade. “Na Internet, investimos no conteúdo do portal e na interatividade com o consumidor. Desenvolvemos um site para cada produto com a intenção de aproximá-lo do consumidor”, conta o Gerente de Marketing da Honda Automóveis. Além da web, que ocupa 10% do investimento em marketing da montadora, o executivo ressalta o Trade como um dos principais pontos de contato entre a Honda e seus consumidores.
Crescimento mundial e novas influênciasO aumento nas vendas de automóveis não aconteceu somente no Brasil. De um ano pra cá, outros mercados também passaram a quinta marcha em termos de crescimento de produção e vendas. “No Brasil o boom não é só por demanda, mas também pela facilidade de crédito. No mundo, o que motiva este aumento são os nascimentos de novos players como a China e a Índia. Isto gera crescente informação sobre o mercado”, avalia o Gerente de Negócios da TNS Interscience.
O principal combustível para influenciar o consumidor no mercado automobilístico varia de acordo com a marca, o produto, e muitos outros atributos que são oferecidos. Na Honda, o test-drive gera uma experiência ímpar ao consumidor, coisa que o anúncio impresso ou a TV não transmite. Segundo Fernandes, o test-drive da Honda é uma das ferramentas mais importantes para o relacionamento com o consumidor. “É tão expressivo que 100% das concessionárias disponibilizam o teste. Isto faz a diferença e é fundamental para a marca”, diz.
Ações promocionais ou de relacionamento podem ser mais eficientes do que campanhas em mídia de massa. Os veículos de grande alcance são vistos pelo departamento de marketing da Honda como um impulso para as vendas. Porém, esta mídia não é o carro-chefe da montadora. “A mídia de massa é um reforço de comunicação e de vendas, mas não a usamos toda hora. Só quando é um grande lançamento ou campanha para aumentar as vendas”, esclarece Diego Fernandes, da Honda.
Momento favorável para marcas e pesquisasO mercado automotivo só é diferente dos outros se avaliarmos o produto final que é comercializado. De acordo com Daniel Cortez, da TNS Interscience, o fundamental para que as empresas prosperem é entender o mercado automotivo, assim como entendemos os outros mercados do varejo.
O cenário atual não é o que as indústrias estão acostumadas, mas gera conforto ao departamento de marketing. A concorrência fica menos agressiva já que todos estão vendendo e é essa a hora de dar mais qualidade à mídia, menos foco no varejo e mais na marca. “O mercado está aquecido, mas não será assim pra sempre”, conta Fernandes em entrevista ao site.
O estudo da TNS não contou com o Brasil, mas o mercado automotivo brasileiro passa por um momento onde é preciso descobrir como atingir o público. As marcas hoje usam diversos contatos com o consumidor como, por exemplo, os lançamentos virtuais de automóveis. “As marcas estão usando tudo o tempo todo. O momento é de olhar e pesquisar”, conta o Gerente da Interscience.
Consumidores e estratégias diferentesPodemos avaliar que vender automóveis no Brasil é uma tarefa fácil hoje em dia? Não. Qual o cuidado que é preciso ter se o mercado é favorável? Sabemos da diferença e do cuidado que se deve ter para comunicar produtos ao consumidor cujas diferenças não estão apenas no comportamento deles. Com o cenário automotivo aquecido, é preciso cuidado para não cair nos buracos da segmentação tanto para o masculino quanto para o feminino.
É fato que na Honda os homens são maioria na procura pelos modelos Civic e Accord. Já o Honda Fit, tem mais de 50% das vendas realizadas ao público feminino. Para alcançar a imparcialidade a marca acredita que a comunicação de massa tem que ser neutra e saber atingir o consumidor certo, com o veículo certo.
“Para falarmos sobre o motor do nosso produto, veiculamos na revista 4 Rodas. Quando queremos ressaltar a transmissão automática, colocamos na Revista Claudia. Temos a intenção de tentar atender da melhor forma o anseio dos consumidores”, aponta Fernandes.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

"Marcas unem-se para ações conjuntas de marketing"


Já diz o velho ditado que "duas cabeças pensam melhor do que uma". Seguindo essa idéia, muitas empresas vêm formando parcerias em diversas áreas de atuação, entre elas o Marketing. As ações conjuntam visam metas como otimização de custo, agregação de valor, aumento de vendas ou até mesmo marcar presença em espaços não habituais à marca. Para isso, vale buscar parceiros que tenham produtos que possam tornar-se complementares, fortalecendo e aproximando-se da própria experiência do consumidor em um mundo recheado de marcas.
Ações comuns como promoções em venda conjunta, o chamado cross selling, podem trazer bons resultados, mas também há espaço para ações diferenciadas. Empresas já atuam oferecendo em pontos-de-venda degustação de dois produtos complementares, distribuição de brndes e produtos em locais alternativos ou mesmo disponibilidade de conteúdo e ferramentas para ações de terceiros que possam também promover a sua marca.
Produto como conteúdo para ações de outras marcasIniciativas desse tipo são justamente o que não falta na Coquetel. A linha de revistas de passatempos da Ediouro, onde o carro-chefe são as palavras cruzadas, possui diversas iniciativas em conjunto com outras marcas e empresas. Não é difícil ver um jogo da marca nos jornais, revistas, brindes entregue por promotores de outras empresas, papéis-bandeja de restaurantes ou até mesmo em ações de endomarketing.
Para Vânia Tavares, Diretora Executiva das revistas Coquetel, da Ediouro, a empresa é muito procurada por trabalhar com produtos que interessam a todos os tipos de públicos. "Sempre tem algum jogo que se encaixa à ação de alguma marca. A Coquetel tem reconhecimento, conteúdo e é sinônimo de qualidade, por isso é procurada para fornecer material deste tipo", conta a diretora, em entrevista ao Mundo do Marketing.
As ações, porém, não se limitam ao fornecimento de jogos para ações de outras empresas. Entre outros exemplos, está a distribuição de 100 mil revistas em vôos da TAM Linhas Aéreas e 20 mil nos restaurantes da rede de restaurantes Spoleto, promoções e jogos em suas próprias revistas ou site tematizados com filmes em cartaz no cinema ou até mesmo a exposição da maior palavra cruzada do mundo e o maior caça palavra do mundo no bar Conversa Fiada Botequim, que podiam ser jogadas por freqüentadores do espaço. "Procuramos parceiros para agregar valor à nossa marca, que envolvam mídias ou projetos que gerem caixa para a Coquetel", ressalta a diretora.
Parceria entre marcas bem distintasA Sadia também tem boas experiências em ações de parceria com a Brastemp. Apesar de trabalhar com produtos tão diferentes, ambas as empresas resolveram se unir e focar em ações que combinem produtos de ambas as marcas. No final do ano passado, uma ação de lançamento de uma nova linha de microondas aproveitou para promover a Pizza para Microondas Sadia na rede Carrefour da região metropolitana de São Paulo. Além de oferecer brindes para quem comprasse ambos os produtos em conjunto, diversas promotoras apresentavam o microondas e ofereciam as pizzas da Sadia assadas na hora no produto da Brastemp.
A geração de valor para ambas as marcas e incremento no volume de vendas, além da otimização dos investimentos através do fortalecimento fornecido pela parceria são os objetivo de ações como essa. "Sempre identificamos sinergia entre as duas marcas e suas estratégias, além da alta afinidade entre as linhas de produtos, em especial os congelados cárneos e nossa linha branca", explica Tannia Bruno, gestora de marca da Sadia, ao Mundo do Marketing.
No ano passado, no entanto, a Sadia sentiu a necessidade de ampliar o escopo da parceira, considerando além das ações promocionais, o desenvolvimento de produtos e tecnologias, pesquisas e estudos e a troca das melhores práticas entre as marcas. Como resultado, a companhia ampliou o conhecimento sobre mercados potenciais e tecnologias de ponta que estão em estudo pelas duas empresas, gerando maior sinergia na condução e projetos conjuntos. Além da Brastemp, a Sadia também já fez ações em conjunto com a Ambev, quando se uniu à companhia para dividir um estande de 80m² na 26ª Exposição e Encontro do Centro-Oeste de Supermercados, onde era oferecida a degustação de produtos da marca em companhia das bebidas da multinacional.
Exposição em novos espaçosA qualidade é a maior preocupação em ações de parceria da Dr. Oetker. A marca alemã de alimentos busca empresas que tenham a mesma rigorosidade nesta área ao oferecer um produto para os clientes e que tenham produtos que podem ser complementados com seus próprios produtos alimentícios. Assim, a empresa espera apresentar-se diante do consumidor de uma forma mais completa e próxima à sua realidade. É por isso que a empresa resolveu apresentar o seu VitaminaShake em ponto-de-venda.
Como se trata de uma vitamina em pó e sua preparação exige misturá-la ao leite, a companhia fez uma parceria com a Perdigão. A ação colocou promotoras para preparar o Vitamina Shake no próprio PDV para degustação utilizando o leite Elegê, da Perdigão. "A Dr.Oetker vê isto como uma chance do consumidor ter acesso a fortes líderes em qualidade no mercado, principalmente onde a sinergia entre as equipes que tornaram esta parceria possível foi intensa e ambas visavam uma oportunidade", conta Letícia Barabba, gerente de produto da marca.
Além da Perdigão, a Dr. Oetker também já fez parceria com a Brastemp, em ação "member get member" onde o cliente que indicou o purificador Brastemp ganhava uma caixa de chás Dr.Oetker, e também com Polenghi, com pacotes promocionais no ponto de venda contendo um Kit de Cream Cheese Polenghi junto com uma caixa de Chá Dr.Oetker. "Na ação com a Polenghi, ganhamos uma exposição adicional estando presente na gôndola de refrigerados, que não é habitual para nossos produtos", comemora a gerente de produto ao Mundo do Marketing.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Marcas precisam repensar branding para atuar internacionalmente


As multinacionais já existem há diversos anos, mas, em um mercado cada vez mais globalizado, o número de marcas investindo em países estrangeiros tendem a crescer. E isso não é diferente no Brasil. Embraer, Gerdau, AMBEV, Petrobras e Vale do Rio Doce são apenas alguns exemplos. Porém, o sucesso no mercado doméstico não significa que o mesmo pode acontecer em mercados estrangeiros. Afinal, comportamento de consumidores, leis, regras de mercado e os concorrentes podem ser obstáculos muito diferentes daqueles encontrados no país de origem.
A estratégia de intercionalização de uma marca é justamente uma das especialidades de Graham Hales. O diretor de consultoria da Interbrand esteve no Brasil na semana passada para uma série de reuniões estratégicas sobre como internacionalizar marcas de diversos clientes instalados no Brasil. O especialista em branding de uma das maiores agências especializadas em estratégias de marcas em todo o mundo aproveitou para debater o assunto com o Mundo do Marketing.
Quais tipos de marcas podem ser internacionalizadas?Depende. É preciso antes entender o novo mercado em que você quer entrar. Entender como os consumidores agem nesses mercados, que percepções eles tem da sua marca, e o que guiaria o foco de sua marca no futuro. Assegure que você remodele sua marca para adequar mais efetivamente as percepções que eles têm da realidade.
Quando uma marca deve pensar na internacionalização?Quando você entende o sucesso que sua marca tem no seu mercado doméstico e percebe como a sua marca está funcionando. A partir daí, você pode emular essa fórmula em outros mercados. Para fazer isso, é preciso entender o que leva os consumidores à sua marca, e você precisa ter conhecimento sobre os consumidores do mercado que está considerando entrar. E também conhecer que empresas já estão inseridas naquele mercado, e que posicionamento eles adotam.
Quais são os principais passos a serem seguidos na internacionalização?Você precisa de um sólido conhecimento sobre o mercado em que está entrando. É necessário um trabalho de pesquisas para assegurar que você entenda como funcionam as marcas nesse mercado. Perceber como as instituições trabalham e também entender como a sua marca é vista nestas instituições. Então, você pode começar a elaborar o processo que a sua marca pode passar ao trabalhar de acordo com o funcionamento das marcas nesse mercado. Sem esquecer as circunstâncias lógicas de o quão forte sua marca é contra os concorrentes, e o que lhe dá valor. Então, efetivamente, vários componentes seriam incluídos para um exercício de revisão da marca.
Que tipos de adequações devem ser feitas para atuar em outros mercados?Isso vai de mercado a mercado ou marca a marca. Depende o quão distinta é a sua marca no mercado em que você quer entrar. Você precisa entender no que esse mercado é diferente ou similar em relação ao mercado em que você já se encontra com sucesso. Porque dificilmente o mercado em que você entrará é exatamente igual ao que você já se encontra. Então você precisa conhecer as diferenças, e dessa forma você precisa fazer modificações para assegurar o seu sucesso.
Você acredita que há marcas brasileiras com esse potencial?Eu acho que o Brasil tem um enorme potencial no momento. Suas marcas estão começando a ser entendidas e ganhando mais investimento por executivos de negócios. E, à medida que o Brasil exporta mais, e vêem suas marcas em mercados internacionais, então os negócios brasileiros serão ainda mais reconhecidos. Também serão reconhecidas sua capacidade ao enfrentar as dificuldades rígidas e seus concorrentes no mercado estrangeiro.
Qualquer marca brasileira tem o potencial de ser bem sucedida em um mercado estrangeiro. Eu acredito que existe algumas bem impressionantes por aqui, como Itaú e Sadia. Pode-se perceber que as marcas estão sendo consideradas mais seriamente dentro do Brasil. À medida em que os executivos brasileiros começam a questionar o que faz um sucesso de vendas ou traz valor à marca, logicamente essa lições serão compartilhadas no setor comercial brasileiro.
Que tipos de adequações devem ser feitas para atuar em outros mercados?Uma dos aspectos chaves em qualquer ação de marca é entender como a sua marca agrega valor, o que, então, lhe mostra o que afeta a sua marca e o papel que ela exerce no mercado, além do quão forte é sua marca. E esse objetivo e como você o aplica que leva sucesso à marca.
Como deve ser a avaliação deste processo?Todo mercado é diferente. Os princípios do branding e o que faz uma marca de sucesso e de valor. Você precisa voltar a esses pontos, como o que afeta a sua marca, o seu papel em cada aspecto do mercado e no que a sua marca é forte ou fraca e então criar estratégias baseadas nessas questões. Dessa forma, pode-se guiar a marca de uma forma que seja benéficas e lucrativas para o objetivo do seu negócio e relevantes para sua posição no mercado, além de distintas em relação ao que já fazem os concorrentes. Se você praticar todas essas medidas, você vai ter uma marca forte e de valor.
Qual a sua opiniáo sobre o uso de Internet nesse processo de intercionalização de uma marca?A Internet quebrou várias barreiras. Um deles é geograficamente, mas ela também permite às empresas terem um diálogo mais aberto e direto com seus consumidores. A Internet fornece diversas oportunidades e muitas marcas já a utilizam como principal meio de contato.
O Google vem fazendo um bom trabalho na Internet, inclusive intercionalizando a sua marca. Você concorda?Sim. O Google é muito impressionante, já que é um tipo de negócio complicado que conseguiu passar uma imagem descolada para ele. Ele passa uma idéia leve e de toque humano, cheia de personalidade, apesar de experimentá-los em um mundo digital. Ele demonstra a sua vida além das interações tecnológicas, para passar a imagem de uma organização bem humana.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Por que Duracell é melhor que as outras?



Você já deve ter ouvido algo semelhante: quem, algum dia, acordou ou ficou sem dormir, pensando em comprar uma pilha? Desejando comprar uma pilha? A compra de um produto como este é feita por pura necessidade. Logo, a pilha em si não será a maior responsável pelo prazer de um consumidor, mas será responsável direta pelo sucesso de uma foto bem tirada na máquina digital ou do brinquedo da criança. Neste quesito, a pilha faz toda diferença.
São nesses atributos que uma marca como a Duracell se firma. Produzida fora do país, o que poderia ser um commodity ganha traços de marca diferenciada. Comprada pela Gillette e depois incorporada pela Procter & Gamble, a Duracell pode não ser objeto de desejo de muitos consumidores, mas é a primeira marca que vem à cabeça de muita gente quando o assunto é pilha.
Este é um resultado das ações de Marketing desenvolvidas pela marca, pois a principal diferença entre a Duracell e as pilhas comuns está em sua tecnologia. Enquanto as comuns são fabricadas com zinco, ela é alcalina e por isso dura mais. “A capacidade de inovação é limitada se comparada com outras categorias de produto”, afirma Ricardo Jucá, Gerente de Marketing de Duracell.
Foco em comunicaçãoCom 44 anos de vida e vendida em 150 países, o Marketing da pilha está centrado em dois pólos no Brasil, mercado em que é líder, segundo a AC Nielsen. O primeiro é comunicação e o segundo é o ponto-de-venda. “Trabalhamos na comunicação de nosso benéfico, fazendo com que os consumidores estejam cada vez mais conscientes deste beneficio. O segundo grande objetivo é fazer o nosso produto cada vez mais disponível na loja para o consumidor, facilitando a compra”, explica Jucá.
Para fazer isso, é preciso muita energia. Ao todo, são vendidas perto de 100 milhões de pilhas por ano no Brasil. O direcionamento da marca e das embalagens seguem padrões determinados pelo Marketing regional ou global, que ficam em Caracas, na Venezuela, e em Boston, EUA, respectivamente. A meta, por aqui, segundo o gerente da marca é dar vida ao produto.
Um dos principais focos da comunicação é diferenciar a Duracell das pilhas comuns. “Ela não custa oito vezes mais que a pilha comum, mas dura oito vezes mais”, diz Ricardo Jucá. “Não estamos mexendo no P de produto e temos que vender através de uma comunicação integrada, fazendo com que a pilha esteja cada vez mais disponível para o consumidor”, completa.
Foco no ponto-de-vendaDe acordo com pesquisas da empresa, mais de 40% da compra de pilhas é feita por impulso. O consumidor não vai ao supermercado para comprar pilha. Por isso, ele precisa ser lembrado. “Os nossos esforços são para comunicar o nosso benefício através de propaganda, em ações no Big Brother, em revistas, no Pânico na TV, e deixá-lo cada vez mais disponível na loja”, ressalta Jucá.
Por isso Duracell é vendida em supermercados, padarias, banca de jornal, farmácia, lojas de construção, livraria, entre outros pontos de venda. “Pilha vende até em lojas de pescaria, para o consumidor que compra uma lanterna e precisa de pilha”, conta o executivo. “Por isso, procuramos ter cada vez mais o nosso produto disponível no maior número de lojas, inclusive em lojas pequenas. A missão é ter esta marca fácil para o consumidor achar, em todos os locais”, completa.
Ao mesmo tempo em que é líder de mercado, Duracell concorre cada vez mais com as pilhas recarregáveis. No exterior, a marca já vende modelos que podem ser recorríveis, mas não há planos em curto prazo para trazê-las ao mercado nacional. “Estamos satisfeitos com os resultados e com os produtos que estamos oferecendo”, avalia Ricardo Jucá.
A diferençaPara continuar vendendo, a marca investe cada vez mais em promoções. Nos jogos Pan-Americanos, por exemplo, 16 mil pessoas foram impactadas por meio de promotoras. A promoção dava kits Duracell para quem estivesse usando algum aparelho eletrônico com pilha. A marca também tem uma parceria de sucesso com a Garoto. “Há ovos em que os brinquedos que vem dentro precisam de pilha. E aí unimos as forças. Damos a pilha e eles ajudam na promoção da nossa marca”, informa o Gerente de Marketing.
Um grande aliado da marca é o seu mascote, chamado de Bunny. “Ele é muito querido, principalmente pelas crianças”, conta Jucá. As crianças estão entre as maiores consumidoras de pilhas. São elas que movem seus brinquedos. Mas quem compra são seus pais. Mas todo mundo usa pilha. Pessoas de todas as idades, faixas etárias e diferentes perfis de comportamento. “Quem mais usa pilhas são pessoas que usam câmeras digitais e pais de filhos pequenos para colocar em brinquedos”, explica.
E se o Marketing trabalha principalmente com a marca, Ricardo Jucá fala sobre a essência dela. “Duracell é energia para os consumidores exigentes, para conseguir ouvir a sua música, brincar com o seu brinquedo, tirar a sua foto sem se decepcionar com uma pilha que acaba no meio do que ele está fazendo”.

Cachaça: bom negócio no Brasil e no exterior




Atualmente, o País reúne mais de 40 mil produtores e cerca de quatro mil marcas de aguardente de cana-de-açúcar. A categoria é responsável pela geração de aproximadamente 600 mil empregos diretos e indiretos e por uma produção anual de cerca de 1,2 bilhões de litros. Em valores, estima-se que o montante chegue a R$ 600 milhões.
Dentro desse cenário em constante expansão, está a efetiva contribuição do maior evento do setor e o único com o objetivo principal de gerar negócios, a Brasil Cachaça, que reúne os principais produtores de nossa bebida oficial.
A exemplo de outros segmentos da economia, que tem seu amadurecimento traduzido na realização de um grande evento, a Brasil Cachaça faz com que o setor ganhe visibilidade e se profissionalize. “É preciso que os empresários apostem no desenvolvimento do mercado, onde eles poderão praticar preços justos e conquistar cada vez mais apreciadores. Trata-se de um mercado de livre concorrência onde nosso produto já mostrou seus diferenciais, agora é tempo de apresentar as empresas que são de fato competitivas, e, para isso, usamos a cada ano mais critério ao selecionar nossos visitantes”, afirma Leandro Lara, diretor da Brasil Cachaça.
A Exponor Brasil, responsável pela feira, é a maior organizadora de evento em Portugal e está presente em diversos países do mundo, tendo como meta levar a cachaça a novos patamares no mercado internacional. “Estamos fazendo um trabalho de base e aguardando a evolução natural do segmento para que novos projetos possam ser implementados em território internacional. Precisamos unir forças e conquistar espaço e, para isso, estamos empenhados em unir micros, pequenos, médios e grandes empresários do setor”, destaca Lara.
Hoje, o setor é composto em sua grande maioria por micros e pequenos empresários, sendo 60% dos produtores de cachaça ligados a agricultura familiar.
Na sua 5ª edição, a Feira Internacional da Cachaça irá oferecer aos profissionais da área e apreciadores da mais brasileira das bebidas a oportunidade de conhecer as novidades nos stands da feira e apreciar produtos capazes de encantar os mais refinados paladares.
Um outro nicho que a cachaça tem conquistado é o mercado internacional, em que o destilado nacional tem ganhado novos rumos e se fortalecido cada vez mais no exterior. De acordo com o Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça, o investimento na promoção da bebida alcançou R$ 16 milhões, desde 2002, sendo metade pago pela Apex - Agência de Promoção das Exportações - e a outra parte pela iniciativa privada.
A Brasil Cachaça, que conta com apoio do SEBRAE, IBRAC e das principais Associações de cada Estado, já confirmou a participação de importantes empresas como a Cachaça São Paulo, Germana, Freguesia do Carmo, Isaura, Ibituruna e 3 Praias, Dona Beja e Serrote que irão apresentar seus produtos para os principais representantes do setor, supermercadistas, distribuidores, bares, hotéis e restaurantes.
“Um dos pontos fortes responsável pela qualidade de visitação da Brasil Cachaça é a integração com o Expovinis Brasil e Epicure, fato este que resulta em uma maior divulgação da excelente qualidade das cachaças de Alambique produzidas em todo o Brasil, junto ao maior mercado consumidor brasileiro, o Estado de São Paulo, dentre as quais destacam-se as Cachaças de Alambique elaboradas na Paraíba, que detém o segundo lugar em produção no Brasil, logo atrás do Estado de Minas Gerais”, declara Múcio Fernandes, produtor das Cachaças São Paulo e Cigana e vice-presidente do IBRAC.
De acordo com Lara a meta do evento é contribuir a cada ano para a profissionalização do setor, dando a oportunidade aos produtores e consumidores do destilado nacional de conhecerem o extenso leque que o segmento oferece, além de atrair novos consumidores colocando a cachaça no patamar dos grandes destilados mundiais.
A feira Brasil Cachaça ocorre entre os dias 28 e 30 de abril no Transamerica Expo Center, simultaneamente a Epicure, feira Sul-Americana de tabaco e presentes finos e ao Expovinis Brasil, maior salão internacional da América Latina. O primeiro dia de evento será reservado exclusivamente para profissionais do setor.

TEORIA X e Y( Douglas McGregor) - Essa teoria sempre cai nos concursos públicos, ai está a dica!



Como parte das teorias administrativas, a teoria comportamental procura demostrar uma variedade de estilos administrativos utilizados nas organizações; o comportamento das pessoas têm relações direitas com as convicções e estilos utilizados pelos administradores . As teorias X e Y, apresentam certas convicções sobre a maneira pela qual as pessoas se comportam dentro das organizações.


TEORIA X


A teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático que pretende que as pessoas fazerem exatamente aquilo que a organização pretende que elas façam, do jeito similar que a Administração Científica de Taylor, a Clássica de Fayol e a Burocrática de Weber. As convicções sobre o comportamento humano são as seguintes:
O homens é indolente e preguiçoso por natureza.
Não gosta de assumir responsabilidade e prefere ser dirigido.
O homem é fundamentalmente egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos objetivos da organização.
Persiste-se a mudanças.
A sua dependência o torna incapaz de autocontrole e disciplina. A Administração segundo a teoria X, caracteriza-se pelos seguintes aspetos:
Responsabilidade pelos recursos da empresa (organização).
Processo de dirigir os esforços das pessoas (controle das ações para modificar o seu comportamento)
Políticas de persuasão, recompensas e punição (suas atividades são dirigidas em função dos objetivos e necessidades da empresa).
Remuneração como um meio de recompensa.




TEORIA Y


Ë a moderna concepção de Administração, se baseia na eliminação de preconceitos sobre a natureza humana, seus principais aspetos são:
O homem meio não tem desprazer inerente em trabalhar a aplicação do esforço físico ou mental, em seu trabalho é tão natural quanto jogar e descansar.
As pessoas não são resistentes as necessidades da empresa.
As pessoas têm motivação básica e padrões de comportamento adequados e capacidades para assumir responsabiliades.
Ele não só aceita responsabilidades, também as procura.
As capacidades de imaginação e de criatividade na solução de problemas é distribuída entre as pessoas. A teoria Y, desenvolve um estilo altamente democrático através do qual administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação quanto a objetivos. A administração se carateriza pelos seguintes aspetos:
ë responsabilidade da Administração proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam caraterísticas como motivação, potencial de desenvolvimento, responsabilidade.
Criar condições organizacionais e métodos de operações por meio dos quais possam atingir seus objetivos pessoais e dirigir seus esforços em direção dos objetivos da empresa. A teoria X, apregoa um estilo administrativo de fiscalização e controle rígido, o qual limita as capacidades de participação e desenvolvimento de habilidades das pessoas, somente considera ao salário como o único estímulo. Estas considerações tem causado que não se utilizem todas as capacidades das pessoas, segundo a teoria Y, a Administração deve liberar potenciais rumo ao autodesenvolvimento. O estilo administrativo segundo a teoria Y, baseia-se em uma serie de medidas inovadoras e humanistas, dentre das quais salienta as seguintes:
Descentralização das decisões de responsabilidade.
Ampliação do cargo para maior significado do trabalho.
Participação nas decisões mais altas e administração consultiva.
Auto-avaliação do desempenho. McGregor classifica aos incentivos ou recompensas em diversas categorias:
Os incentivos extrínsecos – ligados ao ambiente, ralação comportamento com trabalho.
Os incentivos intrínsecos – Inerentes à próprias natureza da tarefa – realização do indivíduo em o desempenho de seu trabalho. A estratégia proposta por McGregor é a Administração deve criar condições tais que os membros da organização, em todos os nível , possam melhor alcançar seus próprios objetivos, dirigindo seus esforços para os objetivos da organização.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A estratégia da Souza Cruz no PDV





Quem não se lembra dos comerciais de cigarro que mostravam pessoas fazendo esportes radicais? Durante muito tempo, a Souza Cruz anunciou produtos na TV aberta. Com a legislação que entrou em vigor proibindo a propaganda de cigarros, a empresa teve que rever e reorganizar todo o departamento de Marketing. A partir deste momento, todas as atenções da companhia se voltaram para o ponto-de-venda.
Ao longo da história da Souza Cruz, o ponto-de-venda foi muito importante como meio de comunicação entre a empresa e o consumidor final. Desta forma, a companhia chegou ao 12º lugar no ranking das maiores marcas do Brasil e o PDV se consolidou como o seu principal canal de Marketing. Apesar disso, a empresa passou a veicular produtos com freqüência na TV até ser aplicada a lei que tirou os comerciais de tabaco do ar. Será que a tarefa de mudar o foco da empresa para o PDV causou problemas?
Pelo contrarário. A Souza Cruz está entre as principais empresas que perdem mercado com o avanço da pirataria. Os produtos falsificados agem como reais concorrentes da empresa, já que se tornam obstáculos para a distribuição e ocupam boa parte do percentual de concorrência da companhia.
Fiéis por escolha ou necessidade?A principal diferença entre a Souza Cruz e outras empresas do varejo está na fidelidade do público. Quando o consumidor tem uma marca de cigarros de sua preferência dificilmente ela será trocada por outra. Além de ser um produto de consumo diário, uma marca do cigarro está associada ao estilo e comportamento do consumidor.
De acordo com Rodrigo de Pádua, Gerente de Comunicação para o Varejo da Souza Cruz, o índice de lealdade dos consumidores de cigarros chega a 50%. “O melhor modelo para atingir o nosso consumidor sem usar as mídias de massa é estar presente em diversos pontos de contato com o cliente em sua cidade”, conta.
Do total de fumantes que consomem produtos da Souza Cruz, 65% deles compram um maço de cigarros diariamente. Enquanto o restante - 35% - vai até o ponto-de-venda a cada dois dias. Este produto não é saudável, não traz benefícios físicos aos consumidores, pelo contrário, e mesmo assim tem seus consumidores leais que não deixaram de ir ao PDV por causa da falta de anúncios da TV. “Existem diversas mídias e hoje as tradicionais mídias de massa não são mais tão eficientes”, acredita Rodrigo de Pádua.
Estudando para conquistar o consumidorAtravés do merchandising, a Souza Cruz atribuiu a sua reorganização de Marketing, que passa por cerca de 225 mil pontos-de-venda onde a companhia comercializa seus produtos diariamente. A estratégia de focar a comunicação no PDV deve ser segmentada para os distintos comportamentos de compra dos fumantes no varejo. Alguns compram pela embalagem, outros pelo sabor e alguns escolhem o cigarro que vão fumar por motivos de posição social.
Com a medida de regulamentação na comunicação das indústrias de tabaco, a concorrência pelos principais pontos-de-venda cresce a cada dia e é cada vez mais difícil falar com o consumidor tabagista. “A mensagem que passamos ao consumidor no ponto-de-venda é fundamental”, afirma o executivo durante o Seminário Tendências Mundiais em Merchandising, no Senac Rio.
Para estudar o comportamento do seu consumidor e saber a hora certa de mudar a comunicação no ponto-de-venda, a Souza Cruz faz pesquisas regularmente com o público a fim de atingir o cliente certo. A pesquisa aborda questões sócio-demográficas, geográfica, perfil psicográfico, hábitos de compra, a relação com a marca e o motivo ou razão da escolha por uma das marcas da companhia.
Customizar é criar vínculoCom base nas informações adquiridas com estudos de comportamento e perfil, a Souza Cruz lança produtos customizados, assim como empresas do segmento de alimentação, que divulgam novas fórmulas de seus produtos em versão Light ou Diet. Com esta estratégia, a companhia faz com que o consumidor tenha a sensação de pertencer a alguma comunidade, gerando bem-estar individual e coletivo.
Ao direcionar a comunicação ao varejo, a Souza Cruz criou também uma forma para atender de forma diferenciada os pontos-de-venda com mais volume de venda, visibilidade e relevância para a empresa e o consumidor. A empresa criou parceria com PDVs estratégicos, o que passa a ser um negócio entre empresas. “Fazemos diferentes entregas para as bases de varejo diferenciadas”, explica o executivo.
Oferecer o produto certo para um determinado canal de venda é uma das metas não só da Souza Cruz, mas também de empresas de diversos setores. Com a criação de filtros para avaliar o que a empresa pode ou deve oferecer ao público de cada região fica mais fácil encontrar uma solução. Partindo do perfil de compra do consumidor, da localização e da atividade comercial de cada ponto-de-venda, a Souza Cruz avalia também a complexidade do negócio. “Saberemos se estamos diante de redes globais, locais ou varejos independentes a partir de pesquisas”, conta.
Sinalizar contra a concorrência deslealDe acordo com Rodrigo de Pádua, o varejo adequado para o produto da Souza Cruz é percebido pelo nível de relacionamento do consumidor com o PDV. Na estratégia da companhia existe um elemento extremamente importante para gerar o consumo, a movimentação do cliente dentro da loja. “O mais importante é saber por onde o cliente anda na loja para sinalizar corretamente e gerar o impacto de forma sutil”, ensina o executivo da Souza Cruz.
A principal indústria concorrente da Souza Cruz é a da pirataria. Os produtos falsificados que chegam ao Brasil estão incluídos em 30% da concorrência da empresa. Mas, segundo Rodrigo de Pádua, o crescimento da pirataria e a legislação foram recebidos como combustível para que a empresa repensasse seus conceitos e estratégias. Mesmo assim, é no trabalho de ponto-de-venda que ela continua vendendo. E vendendo bem.

domingo, 13 de abril de 2008

Os novos caminhos do Merchandising


Ao falar de inovações no merchandising, com certeza ouviremos alguns sentidos do ser humano sendo citados. A tecnologia jamais esteve em contato tão direto com o consumidor no ponto-de-venda como nos dias de hoje. Iluminação, cores, fantasias e simplicidade são as principais tendências do merchandising.
O consumidor do varejo no Brasil ainda precisa esperar para ver as tendências chegarem ao país enquanto na Europa a população já vive esta realidade. Apesar da tecnologia ter papel fundamental para encantar o cliente, o vendedor ainda é visto como peça-chave para a venda e na comunicação com o consumidor.
A feira Euroshop mostra a cada três anos as novidades no PDV. Este ano o evento aconteceu na Alemanha e contou com a participação de três empresas do Brasil. O cenário mundial favorece a boa expectativa de investimento em varejo e com o avanço tecnológico, o PDV ganhou um grande aliado na conquista de novos clientes. Profissionais de pesquisa e executivos do setor foram em busca das novidades no PDV e se encontraram no Seminário Tendências Mundiais em Merchandising para mostrar as tendências do trade marketing.
Luz, cores e açãoDe acordo com Elisabeth Veiga, especialista em Marketing & Vendas do Centro de Desenvolvimento Empresarial do Senac Rio, a principal inovação para o PDV é a iluminação. O LED é a forma mais barata de emitir luz e pode ser usado também como fonte de energia para refrigeradores tornando o ponto-de-venda mais econômico. Esta nova ferramenta ajuda a diferenciar produtos como perfume. Outro destaque é a tecnologia RFId, um identificador de código feito por rádio freqüência, promessa de ser o maior sucesso das inovações para o PDV, segundo a executiva.
As tendências e inovações no ponto-de-venda são necessárias para atrair cada vez mais a atenção do consumidor. Cores e iluminação surgem como as principais maneiras de fazer o cliente escolher por uma marca no PDV. O varejo alimentício não está fora destas inovações e a tendência do setor é usar frutas posicionadas estrategicamente para aumentar a percepção do público.
O trade tende a apresentar novos canais ao consumidor com multiformatos, mais experiência de compra e segmentação. O mercado nacional avança rapidamente neste sentido. “A L’occitane de São Paulo foi a primeira loja da rede a criar um Spa para os clientes”, diz Simone Terra, consultora em varejo e diretora de Pesquisa do POPAI Brasil. A executiva ressalta a nova identidade e conceito da Drogaria Onofre como referência em inovação.
Experiência e interatividade para encantarSimone também esteve na Euroshop 2008 e lá percebeu que as lojas de eletro-eletrônicos estão propensas a fazer parcerias. Tudo em nome de melhores serviços, produtos e experiências de compra que ofereçam interatividade. Já o PDV de lojas de material de construção, por exemplo, caminham da mesma forma. “Na França é fácil pintar o seu apartamento porque o ponto-de-venda te ensina a pintar, cortar vidro, cortar um tapete na medida da sua sala. A loja até aluga o material para o cliente se for necessário”, conta a Diretora de Pesquisa do POPAI.
Inovação não é só em atendimento, serviços ou produtos. Para chamar a atenção das pessoas e fazer com que elas voltem a querer um contato com a uma marca, é preciso encantá-lo. Perceber suas necessidades e supri-las apenas não basta. É preciso ir além das expectativas, buscar o diferencial que nenhuma empresa é capaz de oferecer.
Europa vive as tendênciasJá imaginou ir ao supermercado fazer compras sem filas no caixa, sem precisar aturar um possível mau-humor do funcionário? Na Europa isto já acontece e lá o consumidor faz o papel de caixa, passando suas compras pelo leitor e efetuando o pagamento na própria máquina. “Isto já é realidade em quase toda a Europa e aumenta a satisfação do consumidor”, diz Simone, durante o Seminário Tendências Mundiais em Merchandising, no Senac Rio.
Das novidades e tendências para o ponto-de-venda, o que mais chamou a atenção dos especialistas em varejo que estiveram no evento foi o sistema RFId. Trata-se de uma etiqueta que é colocada no produto que aciona um terminal inteligente através de rádio freqüência. Este mecanismo permite, por exemplo, que o consumidor pegue uma garrafa de vinho na gôndola e saiba pelo monitor, a marca do produto, procedência e até o acompanhamento ideal para um jantar.
Lojas de artigos esportivos ou calçados podem identificar características, preço e consultar o estoque da loja através do RFId. Esta é uma interatividade nova para o consumidor que oferece como vantagem a sugestão de combinações a partir de uma peça escolhida, informações sobre o estoque da loja, precificação de produtos à distância, entre outras. As desvantagens da etiqueta ficam por conta do alto preço, aplicação manual no produto e a necessidade de mudar toda a leitura de preços das lojas.
PDV atrativo e ações relevantesQuanto às novidades em stands, design e estrutura de eventos, as tendências principais seguem para o uso de cores, efeitos e texturas, sem falar da sustentabilidade. Segundo Simone Terra, a fantasia faz com que o ponto-de-venda tenha peso importante na hora da compra. “Não basta criar uma loja atrativa se ela não gerar fantasia, curiosidade ou chamar a atenção no PDV”, acredita a Diretora de Pesquisa do POPAI.
Em meio a tantas inovações direcionadas ao consumidor no ponto-de-venda, as empresas também inovam e criam cargos direcionados ao seu público. A Coca-Cola tem executivos especializados em entender o que faz o seu consumidor ser fiel a marca, porque ele compra o seu produto, qual o perfil e o que ele quer. Para entender o consumidor, é preciso trabalhar o lado racional.
Por outro lado, existe a estratégia de shopper e customer marketing, que desperta o emocional do cliente fazendo com que ele precise do produto. “O Merchandising não é só uma boa idéia”, avalia Claudia Lorenzo, diretora de shopper and customer Marketing da Coca-Cola Brasil.
O papel do shopper na Coca-Cola é gerar mais freqüência, fidelidade e negócios para a empresa, entendendo as razões e emoções que levam a compra. Segundo pesquisa da marca, o consumidor de Coca-Cola tem estilo de vida diferente de quem compra o produto eventualmente. O público-alvo é jovem, consome o produto em momentos de lazer e não tem compromissos. Mas quem compra Coca-Cola é a mãe deste jovem cujo perfil é de quem quer agradar a todos, é ocupada e tem pressa.
Canais dentro de canaisNeste cenário, é comum que haja uma mistura de comportamentos no ponto-de-venda, já que a experiência de compra é cada vez mais diferenciada. “Os canais estão se misturando e ficando cada vez mais relevantes e pulverizados”, afirma a diretora de shopper and customer Marketing da Coca-Cola Brasil.
A mistura é visível no mercado mundial. Basta ir até a farmácia da esquina e ver que sandálias e shampoos estão nas gôndolas destas lojas. “Os supermercados se tornaram centros de conveniência, basta ver que o Extra é a rede que mais vende computadores no Brasil. Hoje todos os canais vendem de tudo”, conta a diretora da Coca-Cola Brasil.
Isto é um reflexo do poder do consumidor. O cliente de hoje quer conveniência, produto e sustentabilidade e procura por serviço, diferenciação e desenvolvimento. Partindo destes princípios, a Coca-Cola desenvolveu um sistema especialmente para as lojas de conveniência. Após perceber que o cliente deixa de buscar o produto para não perder o lugar na fila do caixa, a empresa implantou um sistema que leva a garrafa até o cliente. Quando ele retira o produto da gôndola, uma outra garrafa atravessa a loja pelo alto até chegar o topo do recipiente e completá-lo novamente.
Pagando pelo olhoO visual merchandising também pode ser feito de forma criativa através da ambientação. “É possível acolher o produto e o cliente através da sensação de bem-estar no ponto-de-venda”, explica Maurício de Paula, Diretor de Criação da agência Questro. De acordo com o executivo, este segmento envolve de vitrines a displays e quiosques, mas de nada adianta se não tiver o vendedor preparado. “É necessário que haja união entre vitrine, fachada e treinamento aos vendedores. O achismo não tem espaço no ponto-de-venda”, diz.
Telas de LCD ou Plasma estão na crista da onda quando se fala em merchandising. De acordo com Gilberto Strunch, sócio-diretor da Dia Comunicação, o Digital Signage é uma ferramenta que oferece conteúdos personalizados em telas de LCD e Plasma de diversos tamanhos. Sucesso no ponto-de-venda, a sinalização digital pode proporcionar grandes experiências de compra, mas é preciso cuidado. “Colocar a tela na loja não pode ser feito com olhar de decoração, tem que ser eficaz na comunicação com o consumidor”, afirma o executivo.
O sócio-diretor da Dia Comunicação ressalta que este conceito pode e deve ser aplicado em qualquer PDV. A tecnologia DS faz parte de uma comunicação diferenciada com o consumidor. Com esta ferramenta é possível ampliar conteúdos de informações sobre produtos e serviços e aumentar a eficiência do PDV, além de poder ser usada em outros segmentos. “Em redes de fast-food, por exemplo, existe a possibilidade de fornecer ofertas no DS ao consumidor que entra na loja na hora do almoço”, diz Strunch.
Simplicidade a serviço do PDVInovar requer criatividade e para criar nem sempre é preciso fazer grandes investimentos. Outras tecnologias podem ajudar bastante na diferenciação do PDV, basta que sejam aplicadas de forma simples e objetiva. Motores à pilha podem chamar a atenção do consumidor pela idéia de movimento, como por exemplo um manequim em uma loja de esportes “correndo” ou cortinas que passeiam pela loja com desenhos projetados.
Entre as tecnologias mais recentes do varejo, as telas de Touch Screen e as projeções através de hologramas são as mais populares e as que causam maior impacto ao consumidor. Porém, o que mais importa é a mensagem que é passada ao público e não a tecnologia usada como meio. A mensagem deve ser sedutora, emocional e precisa falar com o consumidor acima de tudo.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Kodak faz maior investimento no Brasil após quatro anos de reestruturação


Junta, junta mais. Todos a postos para a fotografia? Olha o sorriso... A Kodak está de novo no páreo para sair bem na foto. A companhia que esteve no olho do furacão de uma revolução tecnológica teve que repensar o seu negócio e agora faz o seu maior investimento no Brasil para promover seus produtos no país. Uma promoção incentivará a compra dos filmes analógicos e uma campanha publicitária tentará convencer o brasileiro a imprimir suas fotos digitais.
No Brasil, a empresa diz que nunca perdeu dinheiro. Desde os anos 2000, porém, a Kodak viu o seu principal produto ficar para trás e perder participação no mercado. Desde então, o mundo passou a tirar fotos digitais. Comprar filmes e revelá-los era coisa do passado. E a companhia demorou a perceber isso.
Somente em 2003 preparou um plano de reestruturação que só ficou pronto em 2007. “Ao observar o que aconteceria no mercado, realmente a empresa percebeu que perdeu o timing do mercado”, afirma Márcio Daniel (foto), Gerente de Marketing da Kodak Brasileira, em entrevista ao Mundo do Marketing. “Mas estávamos preparando a empresa para um novo cenário”, completa.
Do inferno ao céuQuestionada por investidores, as ações da companhia caíram. No Brasil, mesmo nos piores momentos, a Kodak atingiu suas metas, aumentou o faturamento e registrou lucro. O próximo passo, então, era desenvolver novas idéias. Mundialmente, a empresa passou a concorrer no desenvolvimento de máquinas digitais, vendeu empresas e passou a apostar no mercado de impressão de fotografias.
Agora, o foco é digital e no estudo do comportamento do consumidor para oferecer os produtos certos a cada momento de compra. Segundo o Instituto GFK, a marca é líder de mercado no Brasil. Por aqui, as classes A e B são os principais públicos das máquinas digitais, a classe C tem como objeto de desejo e a classe D começa a entrar no mundo da fotografia ainda pelo caminho analógico. Por isso, o flash tem que ir em todos.
A Kodak está vendendo uma câmara analógica que vem com um filme de 24 poses e duas baterias custando R$ 19,00. “Temos que aproveitar as oportunidades com novos produtos e novos modelos de distribuição”, ressalta Daniel. Para os outros públicos, a meta é vender máquinas digitais com ferramentas diferenciadas e fazê-los imprimir as fotografias.
Plano de açãoMas não será uma missão fácil. Mesmo com aproximadamente 10 milhões de pessoas com câmeras digitais, mais 30 milhões com celulares com captura de imagens e 600 fotos armazenadas em média por cada pessoa por ano, apenas 15% são reveladas. Nos Estados Unidos, esta média é de 25%. “Temos uma oportunidade muito grande para crescer”, informa o Gerente de Marketing da Kodak.
Para isso, a marca desenvolveu uma campanha publicitária que terá mídia nos principais meios de comunicação do país. A ação chamará o consumidor para imprimir suas fotos nos centenas de quiosques da Kodak espalhados por todos os estados do país. Há pontos-de-venda em lojas licenciadas e na rede Wal-Mart. “Dobramos o número de quiosques entre 2006 e 2007 e este ano esperamos crescer mais 40%”, conta Márcio Daniel. Segundo o executivo, a tendência é aumentar a impressão depois da primeira experiência. A empresa não revela quantas máquinas de “revelação digital” tem nem o valor de investimento na campanha e na promoção que fará para a baixa renda.
Para este público, a Kodak quer incentivar a compra de filmes com a promoção Sua Casa Num Clique. Na compra de dois produtos da linha Ultramax, o consumidor concorrerá a uma casa no valor de R$ 50 mil e a 540 prêmios instantâneos, divididos em microondas, bicicletas e filmes Kodak Ultramax com 36 poses. A promoção também terá campanha publicitária e, assim como os lançamentos de novas câmeras digitais e do incentivo à impressão das fotos digitais, servem como caminho para a Kodak sair bem na foto.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Coca-Cola leva o consumidor às urnas em campanha nacional


A Coca-Cola anunciou a nova campanha "Quem foi o Melhor" onde o público poderá votar nos ex-craques Maradona e Biro Biro, colocando tampinhas de Coca-Cola em urnas espalhadas por bares de todo o Brasil. A campanha começa no dia 13 de abril e pretende explorar de forma bem-humorada a polêmica sobre quem foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos. O resultado será anunciado no final da campanha, daqui a aproximadamente dois meses.
De acordo com Ricardo Fort, Diretor de Marketing da Coca-Cola, a escolha de Maradona não é uma resposta a AmBev por usar a imagem do ex-craque em uma campanha recente, e sim por ele ser um personagem reconhecido no futebol e por já ter participado de uma campanha da marca durante a Copa do Mundo na Espanha, em 1982. Já Biro Biro foi escolhido pela sua história no futebol e por ser um dos personagens mais populares do esporte.
Fort disse ainda que não haverá ações via celular e que, além dos personagens da campanha, Zagallo, Maguila e Sócrates darão seus depoimentos durante a campanha sobre esta homenagem feita aos dois ex-jogadores.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Oposição pressiona e Senado cria segunda CPI dos Cartões Corporativos


O Senado criou nesta terça-feira a nova CPI dos Cartões Corporativos que será integrada por 11 senadores, depois de forte pressão da oposição. O requerimento de criação da comissão foi lido pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), primeiro-secretário da Mesa Diretora, por determinação do presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
A decisão de criar a nova CPI foi tomada depois de uma reunião de duas horas conduzida por Garibaldi com líderes da oposição e da base aliada. Diferentemente da CPI mista (formada por deputados e senadores) que já está em funcionamento, a nova comissão deve funcionar só no Senado --onde o governo não tem maioria, como na Câmara.
Garibaldi chegou a reunir lideranças da oposição e da base governista num almoço para tentar chegar a um acordo que impedisse a criação da segunda CPI.
"Isso contraria qualquer pessoa de bom senso. Qualquer pessoa de bom senso concluirá que uma CPI precisa ter tranqüilidade para apurar. Eu faço pouca fé nesse trabalho. Vou ler o requerimento em respeito à Constituição e ao acordo", afirmou ele após a reunião.
Para que a CPI seja instalada, os líderes partidários têm agora que indicar os integrantes da comissão. A nova comissão não vai garantir ao DEM e ao PSDB equilíbrio de forças entre oposição e governistas. Das 11 vagas de senadores que vão integrar a CPI, apenas três serão destinadas a partidos de oposição.
Como os governistas são contrários à criação da CPI, a expectativa é a de que a base aliada indique parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto para a composição da comissão, e não dissidentes, como espera a oposição.
Articulação
No almoço realizado na casa de Garibaldi, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apelou para que a oposição recuasse na decisão de criar uma nova CPI. Na conversa, Jucá ressaltou que houve um acordo entre a base aliada e os oposicionistas para formar uma CPI dos Cartões no Congresso. No entanto, a oposição insistiu para ser criada a nova comissão. "A leitura é regimental. Eu entendo que essa nova CPI quebra o acordo e o entendimento anterior sobre os cargos acaba", afirmou Jucá.
A base aliada do governo vai reivindicar a presidência e a relatoria da CPI dos Cartões do Senado. O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse que a oposição rompeu o acordo de criação da CPI mista --que entregava a presidência da comissão para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) em troca da instalação de uma única CPI.
Com a quebra do acordo, Raupp disse que os governistas vão brigar pelos postos de comando da nova CPI. "A base do governo vai colocar o presidente e o relator [na comissão] porque foi quebrado o acordo. E mais uma vez a CPI não vai produzir. Então eu pergunto: será que interessa ao Senado ficarmos trabalhando somente em investigação? Há outros órgãos para investigar, como a Polícia Federal, o Ministério da Justiça, o Tribunal de Contas."
Já o líder da minoria, Demóstenes Torres (DEM-GO), que falou em nome da oposição, disse que os oposicionistas fazem questão de indicar o presidente ou o relator da CPI a ser criada. "Nós vamos resistir à pressão do governo. Exatamente como da outra vez. Vamos ter um dos cargos", disse o democrata.
Independentemente da disputa, Garibaldi disse que está preocupado com os desdobramentos das atividades nas duas CPIs, uma vez que os governistas prometem esvaziar a comissão exclusiva do Senado e os oposicionistas pretendem fazer o mesmo na CPI do Congresso.
"Estou acumulando reservas de paciência e tranqüilidade porque acho que o final dessa novela pode ser feliz", disse Garibaldi.
Nova CPI
O requerimento com o pedido de criação da CPI do Senado foi apresentado em fevereiro pela oposição. Na época, porém, houve acordo com os governistas para que somente a comissão mista fosse instalada. Mas a oposição mudou de idéia após a 'blindagem' de aliados ao Palácio do Planalto nas investigações.
A estratégia da oposição, na nova CPI, é recorrer ao plenário do Senado para a aprovação de requerimentos rejeitados pela comissão --já que no plenário DEM e PSDB têm o apoio de parlamentares da base aliada conhecidos pela tradicional 'dissidência' ao Palácio do Planalto.
Das 32 assinaturas do requerimento que solicita a criação da CPI do Senado, nove são de parlamentares que integram a base aliada do governo. A maioria deles, porém, é conhecida pela 'dissidência' às orientações do governo. Por este motivo, a oposição não acredita que haverá uma retirada em massa das assinaturas por orientação do Palácio do Planalto.
Na semana passada, Garibaldi disse que a retirada de assinaturas do requerimento seria uma atitude de "falta de caráter" dos parlamentares. "Se forem retiradas as assinaturas, eu mesmo vou sair de porta em porta e providenciar as assinaturas. Eu não estou aqui para ser acossado pela postura parlamentar, ou não parlamentar, de ninguém", enfatizou na ocasião.
O regimento da Casa Legislativa permite a retirada de assinaturas do requerimento até a meia-noite do dia em que o texto for lido no plenário do Senado.

O Boticário, Sadia e Tramontina são eleitas marcas de prestígio e reputação por consumidores


O Boticário, Sadia e Tramontina são as marcas de maior prestígio e reputação no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respectivamente. Homens e mulheres das classes A, B e C que moram na capital e no interior dos três estados avaliaram a qualidade de produtos e serviços das marcas, admiração e confiança, responsabilidade social e ambiental, capacidade de inovação, história e evolução das empresas.
Seis mil consumidores foram entrevistados por um estudo pioneiro conduzido pela Troiano Consultoria de Marca em parceria com a Revista Amanhã. Entraram na votação as 30 maiores empresas de cada um dos estados de acordo com um estudo da PriceWaterhouseCoopers.
As marcas brasileiras, principalmente O Boticário em Curitiba, disputaram a admiração com grupos multinacionais como Renault, HSBC e Kraft. “Ficar em primeiro lugar competindo com estas companhias significa que há um trabalho de branding consistente e que está sendo reconhecido pelo consumidor”, explica Levi Carneiro, Diretor da Unidade de Reputação Corporativa da Troiano.
Números além dos númerosA principal diferença entre outras pesquisas relativas à marca e o estudo que mede o Índice de Prestígio da Marca Corporativa – IPMC – é que são avaliados atributos tangíveis das empresas, como a qualidade de seus produtos e serviços. Este quesito foi o de maior importância para os entrevistados. Em todos os estados, foi responsável por mais de 23% do resultado final.
O segundo driver que mais influenciou no resultado foi a admiração e confiança na marca, responsável por pouco mais de 20% no levantamento geral, seguido de responsabilidade social e ambiental, capacidade de inovação e história e evolução. “De uma maneira geral, todos os critérios ficaram equilibrados, de modo que uma empresa que tenha tido destaque em uma avaliação não ficou em primeiro lugar em âmbito geral. O consumidor está de olho em tudo”, aponta Levi Carneiro(foto) em entrevista ao Mundo do Marketing.
A principal leitura a ser feita pelas empresas que tiveram suas marcas julgadas é a avaliação de sua estratégia de negócios. Segundo a Troiano, a marca da empresa e a sua reputação assumem cada vez mais um papel capital dentro de uma nova realidade de um mercado mais competitivo e mais informado. “A marca corporativa passa a ser uma espécie de chancela, de aval, de garantia para quem quer ter a certeza da boa procedência do que compra e evitar os simulacros e as imitações”, afirma o estudo.
“Esses resultados mostram se está havendo um equilíbrio entre aquilo que a empresa está promovendo, o que ela está realizando e o reconhecimento público deste trabalho. Uma empresa pode estar fazendo um excelente trabalho de responsabilidade social, mas se isso ainda não aparece da maneira como elas gostariam, não está dando conhecimento público a isso”, aponta Levi Carneiro.
DNA da marca reconhecidoAs marcas que obtiveram a melhor avaliação por parte dos consumidores ficaram no topo da maior parte dos quesitos avaliados. No Paraná, o destaque foi O Boticário. “O que chama atenção é como a empresa tem sabido evoluir de forma consistente. Ela demonstra uma grande responsabilidade social em toda a cadeia de produção, os funcionários reconhecem a saúde no ambiente de trabalho, na recompensa e a empresa nunca deixará de ser inovadora”, avalia o Diretor da Troiano.
Já a Sadia, campeã em Santa Catarina, chama atenção por apresentar a mesma marca em diversos produtos de forma única. “Eles conseguiram fazer o que chamamos de arquitetura monolítica, que dá o nome corporativo a todos os produtos. A Sadia tem um sistema muito forte de garantia de qualidade, o que significa que cada novo produto é uma bem sucedida experiência da marca”, avalia o especialista em marcas.
No quesito qualidade, não houve marca mais bem avaliada que a Tramontina entre os três estados pesquisados, com um índice de 77,8%. “O reconhecimento mais forte é com relação a sua qualidade, tanto que foi uma das mais bem avaliadas neste quesito em todos os estados pesquisados”, ressalta Levi Carneiro.
Como foi a avaliaçãoNo quesito Admiração e Confiança, o consumidor mostra o que sente em relação à empresa. Em inovação, como está sendo vista a atitude da empresa ao inovar e incorporar novidades. Qualidade de produtos ou serviços indica qual é a percepção do cliente sobre a qualidade geral de produtos e serviços. Em Responsabilidade social e Ambiental são avaliados os projetos e ações sociais e ambientais de cada organização e, por fim, no Histórico e evolução da empresa, o público diz como vê o processo de evolução e crescimento da empresa. Conheça o Índice de Prestígio da Marca Corporativa dos três mercados pesquisados.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Gestão moderna aplicada ao Call Center



Os Call Centers do Brasil crescem a cada dia. Com o aumento no consumo de serviços via telefone, empresas apostam no telemarketing como uma ferramenta valiosa de atendimento rápido. Ativo ou receptivo, os gestores de Call Center sabem da importância de solucionar ou informar o cliente de forma clara, objetiva e satisfatória em qualquer segmento de atuação da empresa. Vendas, cobrança, retenção, entre outros.
Para acompanhar a evolução dos serviços de telemarketing é preciso que os responsáveis e profissionais líderes deste mercado se atualizem constantemente para evitar surpresas. Com a grande demanda por profissionais capacitados para ocupar cargos de gestão em Call Center, é cada vez mais comum que gerentes e supervisores com pouca bagagem neste mercado se tornem líderes de dezenas, centenas e até milhares de colaboradores também iniciantes.
Treinamento e postura não são apenas atributos necessários para novos colaboradores que chegam sem experiência. A falta destes componentes atinge cargos de gerência e preocupa diretores e consumidores deste serviço. Com base nesta realidade fica fácil entender porque a reputação dos operadores de telemarketing se transformou em tema de personagens humorísticos que os caracterizam com palavras no gerúndio, frases robotizadas ou abordagens em horários impróprios.Qualidade e modernidade na gestãoBaseado na necessidade de melhorar a qualidade e a percepção de valor do Call Center, Roberto Madruga, mestre em gestão empresarial, fundador e presidente da consultoria Conquist, lançou o livro Gestão Moderna de Call Center & Telemarketing (Atlas), que abrange além das necessidades de melhoria, os desafios para o novo gestor, a monitoração moderna e a influencia na motivação do colaborador. Segundo Madruga, para melhorar a qualidade de uma central de atendimento é preciso primeiro que a empresa busque entregar a informação ao consumidor para aprimorar a percepção do público e apresentar o principal diferencial sobre a concorrência.
Teoricamente parece fácil aplicar e oferecer qualidade ao consumidor através do Call Center, mas na prática é um pouco mais complicado. A base é entender a necessidade do consumidor para que a empresa entregue produtos e serviços de maior qualidade, fator chave para o sucesso dos negócios. Para diminuir a dificuldade de oferecer melhores serviços, os Call Centers têm um grande aliado chamado avanço tecnológico.
Para apimentar a busca pela qualidade, os gestores podem direcionar de uma forma melhor as práticas já presentes no dia-a-dia da operação, como a competição, mas sempre com foco em passar credibilidade. Aplicadas estas medidas, as empresas certamente estarão mais propensas a aumentar a produtividade, a satisfação dos colaboradores e do cliente, além de reduzir custos, informa o especialista.
Valores que geram bom desempenhoO sistema de telemarketing no Brasil é variado e os serviços oferecidos são cada vez mais segmentados. Porém, todos eles “vendem” o mesmo conceito, seja no segmento que for. Em todas as operações o cliente compra baseado na qualidade, preço e desempenho de um produto ou serviço. “Estes elementos combinados compõem o valor das empresas para o consumidor”, afirma Roberto Madruga, que também ministra o curso Gestão Moderna de Call Center.
As características que constroem um bom desempenho são, segundo o presidente da Conquist, a reciclagem de idéias, produtos e serviços, aplicação de campanhas para motivar os funcionários e colaboradores, oportunidade de crescimento profissional e um plano de carreira. “O bom desempenho une o treinamento, ambiente de trabalho agradável, a facilidade de acesso ao trabalho (transporte) e o feed-back”, explica Madruga.
Com tantas precauções e cuidados no trato com o consumidor, o serviço de Call Center não pode e nem deve esquecer de motivar seus funcionários. Afinal, eles são o elo de ligação entre o serviço e o cliente. Por isso, para ultrapassar as expectativas internas, estas companhias buscam - no mínimo - alcançar o resultado planejado usando a ferramenta certa. “Temos que entregar serviços superiores a custos competitivos, através de um método prático que é o reconhecimento do funcionário. Esta é a mais barata ferramenta motivacional”, conta o fundador da Conquist.
Motivação começa pelo gestorPara motivar os colaboradores não basta apenas criar ações de endomarketing. Em pesquisa feita pela Conquist, a qualidade dos serviços prestados pelo telemarketing não é só trabalho para a monitoria, mas também do gestor. O estudo mostra que os profissionais responsáveis pelas operações devem apresentar um perfil multidisciplinar.“Entre as características deste gestor, a pesquisa aponta que ele deve ser visionário, ter idéias, ser rígido nos prazos e flexível nas convicções, ser detalhista e desapegado, ser formal e simples, ter autonomia e ressaltar o trabalho em equipe, além de planejar e também agir”, informa o especialista.
Se o livro e o curso aplicado por Roberto Madruga abordam a gestão moderna de Call Center, a motivação dos funcionários e colaboradores também deve passar pelo processo de modernização. Neste caso, observar e aplicar o check list, definir metas e planos de ação juntamente com a monitoração e coaching do atendimento, são promessas de um modelo moderno para motivar uma equipe de telemarketing.
Madruga ainda aponta para o reconhecimento dos operadores, a estratégia e a imagem do gestor como ferramentas para evitar a falta de entusiasmo e de sistemas engessados. Sobre o possível fim dos scripts devido à robotização da comunicação do telemarketing, Madruga reflete. “O mercado quer flexibilizar a comunicação do operador e deixá-lo menos robotizado. Porém, o jovem que chega sem experiência na operação precisa de um script. Assim como a falta de visão do gestor engessa o operador”, diz em entrevista ao Mundo do Marketing.
Indicando falhas e virtudesPara explicar como monitorar e avaliar os indicadores de uma operação de Call Center como planejamento, processos, gestão e infra-estrutura, Maximiliano Lima, que atua nas áreas de marketing, CRM, call center, pesquisa de mercado, análises setoriais e estatísticas, apontou as mudanças e os pontos fortes e fracos da operação, controle de desempenho e melhorias em relação à meta como fontes seguras de indicadores neste segmento.
Segundo Max, as características destes indicadores de Call Center consistem em avaliar um objeto ou monitorá-lo, avaliar o espaço, tempo, as variáveis que compõem os indicadores e um sistema de informação. “O nível de serviço, por exemplo, relaciona a capacidade de atendimento com a demanda, com o comportamento do cliente, com o custo da operação e com o relacionamento com o consumidor”, explica.
O indicador de planejamento de Call Center é importante para garantir ao consumidor e à empresa a quantidade ideal e necessária de recursos e pessoas treinadas e qualificadas para o atendimento. Neste processo de aplicação dos indicadores, Max aponta para o planejamento referente à demanda. “É fundamental definir premissas, analisar e mapear as informações. Qualquer mudança deve ser informada ao planejamento que deverá entender e se preparar para a demanda”, completa.