
Marcello Casal /ABr PETROBRAS - Lobão disse que os chineses ofereceram US$ 10 bilhões para investimento na exploração do pré-sal14/12/2008 - Tribuna do Norte Brasília - Chineses, árabes e até as reservas internacionais brasileiras são candidatos a financiar os investimentos da Petrobras na exploração do óleo no chamado pré-sal. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que os chineses ofereceram US$ 10 bilhões. Os Emirados Árabes também acenaram com recursos de seu fundo soberano. Se necessário, acrescentou Lobão, parte das reservas internacionais brasileiras poderão ser emprestadas à Petrobras. “É uma possibilidade. É uma decisão do governo. Se a Petrobras, um dia, vier a precisar, socorreremos com essas reservas. Elas estão lá, paradas”, disse. “Há essa intenção. São reservas que estão lá, à nossa disposição, e que podem ser sacadas a qualquer momento.” Ele assegurou que o volume utilizado não colocaria a economia brasileira em risco. Nos bastidores, Lobão vem defendendo o uso das reservas para financiar o pré-sal desde antes do agravamento da crise internacional, que tornou o crédito mais escasso e caro. A idéia não encontra consenso na área econômica. Porém, segundo o ex-diretor financeiro da Petrobras e ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, ela não é ilegal nem inédita. No final dos anos 1980, a estatal tinha dificuldades em obter dólares para importar petróleo, como reflexo da moratória brasileira de 1987. Para resolver a situação, o BC passou a aplicar parte das reservas nos estatais Banco do Brasil e Banespa, que por sua vez aplicavam os recursos em títulos de dívida emitidos pela petrolífera no exterior. O ministro disse que os estudos técnicos sobre o novo marco regulatório do petróleo, com vista à exploração do pré-sal, estão prontos. Lobão disse acreditar que o plano estratégico da Petrobras será divulgado ainda este ano. “A Petrobras tem um planejamento de US$ 113 bilhões (de investimento). É um planejamento que se atualiza ano a ano”, disse. “Para surpresa dos senhores, até pode ser um planejamento mais alentado, com recursos mais elevados.” A revisão do preço dos combustíveis, disse Lobão, só será feita quando a cotação do petróleo se estabilizar. “Quando o (preço do) petróleo aumentou desordenadamente para US$ 145,00 o barril, não houve elevação do preço aqui. Portanto, quando baixa, agora, é preciso que se tenha calma, para que a Petrobras examine com cuidado esses números todos”, afirmou.Revisão só com petróleo estávelBrasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que só será possível pensar em uma revisão dos preços dos combustíveis no Brasil em razão da redução do preço internacional do petróleo quando este se estabilizar. “Quando o (preço do) petróleo aumentou, desordenadamente, para US$ 145,00 o barril, não houve elevação do preço aqui. Portanto, quando baixa, agora, é preciso que se tenha calma, para que a Petrobrás examine com cuidado esses números todos”, afirmou Lobão. A cotação internacional do petróleo, na semana passada, esteve em torno de US$ 41,00. O ministro disse acreditar que chegará um momento em que o preço se estabilizará. “É nesse momento que a Petrobrás terá que se manifestar. Mas, enquanto o preço estiver subindo e descendo, é cedo. Além do mais, os preços aqui não sobem há três anos. Por que baixar agora?”, disse o ministro. Ao ser lembrado de que, no ano passado, houve aumento no preço dos combustíveis no País, o ministro afirmou: “No ano passado, não foi aumento. Foi uma pequena compensação, e o consumidor sequer pagou.” 

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