
Com economia pujante, a região Oeste do Estado abre novas frentes de trabalho 31/08/2008 - Tribuna do Norte Vinícius Albuquerque - Repórter
As vagas estão lá, à espera de quem as ocupe. Mas se, por um lado, a demanda de desempregados é grande, por outro, falta a eles o perfil necessário para ocuparem os novos postos de trabalho. A situação, bastante conhecida dos empresários de diversos setores de Natal, não é diferente em algumas cidades do interior do estado. As cidades de Mossoró e Pau dos Ferros são sinônimo de desenvolvimento para o Alto Oeste potiguar. Nelas, o emprego têm crescido rapidamente, em especial nos setores de Construção Civil, Comércio, Serviços e Extração Mineral. No entanto, a carência de qualificação de profissionais tem preocupado.Uma rápida análise na evolução do mercado de trabalho nestas cidades dá idéia de que as oportunidades têm sido absorvidas rapidamente pela população. No entanto, a velocidade com que as mudanças ocorreram parece não ter permitido que os futuros (e atuais) candidatos a um emprego perceber as necessidade imediata de qualificação. Para se ter uma idéia do crescimento acelerado, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram uma Mossoró bem diferente em 1999.Há quase dez anos, em julho, o saldo de empregos chegou a 106 vagas. Isso quer dizer que este foi o número de novos postos criados naquele mês. Durante o ano, porém, o município já registrava dados negativos: 1.480 demissões a mais do que as contratações. No mesmo período de 2008, a situação é bem diferente. O saldo de empregos em julho chegou 1.198 e a análise do ano, apresenta apenas 10 desligamentos acima do número de admissões.O setor de serviços ainda lidera o número de contratações neste ano com 3.722 admissões realizadas, impulsionado pelo grande número de eventos realizados na cidade neste ano. Em seguida, vem o comércio com 3.250 carteiras assinadas. O terceiro lugar está com a construção civil, 2.960 empregados.Mas a população mossoroense ainda está acordando para a necessidade de qualificação para ocupar as novas vagas. Esta é uma das grandes preocupações da Fundação Municipal de Geração de Emprego e Renda de Mossoró (Funger). Há dois anos, o número de pessoas cadastradas para oportunidades de emprego nas empresas cadastradas junto à prefeitura era de aproximadamente cinco mil. Em dois anos, o número saltou para 26 mil. Porém, embora a oferta de vagas entre as 400 empresas parceiras seja ampla, a demanda não atende aos perfis procurados.Há dificuldades em encontrar pessoal com noções básicas de informática ou mesmo qualquer outro curso dentro de sua área de interesse. A Funger desenvolve então um trabalho para orientar desde a elaboração do currículo até oferecer cursos gratuitos de capacitação para formar a mão-de-obra adequada.Segundo o presidente da Funger de Mossoró, Sebastião Almeida, alguns problemas são constatados entre os candidatos que procuram o órgão em busca de um emprego. “As pessoas muitas vezes não têm foco, não sabem o que querem. Você percebe isso pela falta de qualificação ou mesmo por um exagero de cursos no currículo, sem nenhuma ligação entre si”. A solução é voltar à pergunta-clichê da infância: o que você vai ser quando crescer? Com a resposta na mão, o candidato já pode elaborar seu currículo e procurar os cursos que vão qualificá-lo naquela área.Embora não tenha números detalhados da demanda, Almeida acredita que a maior procura hoje na cidade venha do setor de comércio. Em seguida, a indústria do petróleo vem como grande contratadora. Já a construção civil, que tem se destacado cada vez mais, também carece de empregados para funções básicas como pedreiro e marceneiro.Mossoroenses são beneficiados com empregoDepois de uma experiência de dez anos trabalhando no comércio, tanto de varejo quanto de atacado, Clebis Ciris dos Santos, 26, viu uma boa oportunidade de crescimento profissional com a chegada do Atacadão em Mossoró. Para exercer suas funções de “líder de setor”, ele passou por um treinamento de 30 dias nas unidades de Recife, Olinda e Natal. Mas acredita que o primeiro passo para garantir a vaga foi a experiência que já tinha, aliada a cursos de qualificação anteriores.Marcus Winnicius França, 19, é morador do município Governador Dix-sept Rosado e também foi beneficiado com uma oportunidade no Atacadão. Trabalhando no setor de frios do supermercado ele realiza, diariamente, 40 minutos de viagem para trabalhar. Mas se sente satisfeito com a primeira experiência com carteira assinada. Ele é um dos que foi totalmente capacitado pelo empreendimento para exercer as funções. “Antes eu só tinha trabalhado como garçom em uma lanchonete na minha cidade”.Mudanças também para Cláudia Daiane Gomes, 21, que trabalha como caixa de uma sorveteria no Mossoró West Shopping. Ela já tinha experiência em outra empresa semelhante e conseguiu a vaga desde janeiro deste ano. “Pretendo fazer alguns cursos para melhorar minha qualificação. Tanto na área de comércio quanto outras, como técnico de segurança. Acho que é importante estar qualificada para estas oportunidades que surgem”.
As vagas estão lá, à espera de quem as ocupe. Mas se, por um lado, a demanda de desempregados é grande, por outro, falta a eles o perfil necessário para ocuparem os novos postos de trabalho. A situação, bastante conhecida dos empresários de diversos setores de Natal, não é diferente em algumas cidades do interior do estado. As cidades de Mossoró e Pau dos Ferros são sinônimo de desenvolvimento para o Alto Oeste potiguar. Nelas, o emprego têm crescido rapidamente, em especial nos setores de Construção Civil, Comércio, Serviços e Extração Mineral. No entanto, a carência de qualificação de profissionais tem preocupado.Uma rápida análise na evolução do mercado de trabalho nestas cidades dá idéia de que as oportunidades têm sido absorvidas rapidamente pela população. No entanto, a velocidade com que as mudanças ocorreram parece não ter permitido que os futuros (e atuais) candidatos a um emprego perceber as necessidade imediata de qualificação. Para se ter uma idéia do crescimento acelerado, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram uma Mossoró bem diferente em 1999.Há quase dez anos, em julho, o saldo de empregos chegou a 106 vagas. Isso quer dizer que este foi o número de novos postos criados naquele mês. Durante o ano, porém, o município já registrava dados negativos: 1.480 demissões a mais do que as contratações. No mesmo período de 2008, a situação é bem diferente. O saldo de empregos em julho chegou 1.198 e a análise do ano, apresenta apenas 10 desligamentos acima do número de admissões.O setor de serviços ainda lidera o número de contratações neste ano com 3.722 admissões realizadas, impulsionado pelo grande número de eventos realizados na cidade neste ano. Em seguida, vem o comércio com 3.250 carteiras assinadas. O terceiro lugar está com a construção civil, 2.960 empregados.Mas a população mossoroense ainda está acordando para a necessidade de qualificação para ocupar as novas vagas. Esta é uma das grandes preocupações da Fundação Municipal de Geração de Emprego e Renda de Mossoró (Funger). Há dois anos, o número de pessoas cadastradas para oportunidades de emprego nas empresas cadastradas junto à prefeitura era de aproximadamente cinco mil. Em dois anos, o número saltou para 26 mil. Porém, embora a oferta de vagas entre as 400 empresas parceiras seja ampla, a demanda não atende aos perfis procurados.Há dificuldades em encontrar pessoal com noções básicas de informática ou mesmo qualquer outro curso dentro de sua área de interesse. A Funger desenvolve então um trabalho para orientar desde a elaboração do currículo até oferecer cursos gratuitos de capacitação para formar a mão-de-obra adequada.Segundo o presidente da Funger de Mossoró, Sebastião Almeida, alguns problemas são constatados entre os candidatos que procuram o órgão em busca de um emprego. “As pessoas muitas vezes não têm foco, não sabem o que querem. Você percebe isso pela falta de qualificação ou mesmo por um exagero de cursos no currículo, sem nenhuma ligação entre si”. A solução é voltar à pergunta-clichê da infância: o que você vai ser quando crescer? Com a resposta na mão, o candidato já pode elaborar seu currículo e procurar os cursos que vão qualificá-lo naquela área.Embora não tenha números detalhados da demanda, Almeida acredita que a maior procura hoje na cidade venha do setor de comércio. Em seguida, a indústria do petróleo vem como grande contratadora. Já a construção civil, que tem se destacado cada vez mais, também carece de empregados para funções básicas como pedreiro e marceneiro.Mossoroenses são beneficiados com empregoDepois de uma experiência de dez anos trabalhando no comércio, tanto de varejo quanto de atacado, Clebis Ciris dos Santos, 26, viu uma boa oportunidade de crescimento profissional com a chegada do Atacadão em Mossoró. Para exercer suas funções de “líder de setor”, ele passou por um treinamento de 30 dias nas unidades de Recife, Olinda e Natal. Mas acredita que o primeiro passo para garantir a vaga foi a experiência que já tinha, aliada a cursos de qualificação anteriores.Marcus Winnicius França, 19, é morador do município Governador Dix-sept Rosado e também foi beneficiado com uma oportunidade no Atacadão. Trabalhando no setor de frios do supermercado ele realiza, diariamente, 40 minutos de viagem para trabalhar. Mas se sente satisfeito com a primeira experiência com carteira assinada. Ele é um dos que foi totalmente capacitado pelo empreendimento para exercer as funções. “Antes eu só tinha trabalhado como garçom em uma lanchonete na minha cidade”.Mudanças também para Cláudia Daiane Gomes, 21, que trabalha como caixa de uma sorveteria no Mossoró West Shopping. Ela já tinha experiência em outra empresa semelhante e conseguiu a vaga desde janeiro deste ano. “Pretendo fazer alguns cursos para melhorar minha qualificação. Tanto na área de comércio quanto outras, como técnico de segurança. Acho que é importante estar qualificada para estas oportunidades que surgem”.

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