
Escritório do grupo espanhol Nicolás Mateos está fechado há meses22/05/2008 - Tribuna do Norte O projeto do resort Lagoa do Coelho, no local homônimo, em Touros (Litoral Norte do estado), teve parte de seu controle vendido ao grupo espanhol Terravisa. Agora, ele é sócio do Nicolás Mateos, também da Espanha e que idealizou o empreendimento. Apesar das dificuldades financeiras que o mercado espanhol enfrenta com a crise imobiliária, as obras deverão começar em julho do próximo ano. Desde quando foi concebido, o Projeto Lagoa do Coelho Resort pertence à empresa brasileira de capital espanhol Lagoa do Coelho Empreendimentos Turísticos Ltda, cujos sócios eram o grupo Nicolás Mateos e seu presidente, Luis Nicolás Mateos. Chegou a existir um escritório em Natal, localizado no shopping Seaway, em Capim Macio (Zona Sul de Natal), mas ele foi fechado há meses. Em outubro do ano passado, 40% das ações da firma brasileira foram vendidas para o grupo Torrevisa S/A, da Espanha e que tem entre suas empresas controladas a Masa Internacional. O negócio foi divulgado na mídia especializada espanhola e no mercado, comenta-se que o valor do negócio ficou em torno de seis milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões). Com os novos sócios, a empresa agora está revendo o projeto, incluindo concepções técnicas de arquitetura, como maior espaçamento entre os prédios, e o campo de golfe. Neste novo cenário, a previsão para o início das obras é julho do próximo ano. No projeto inicial, entretanto, estava prevista a construção de 12,8 mil unidades habitacionais e outros equipamentos, como campos de golfe, marina, área comercial e boate. Essas estruturas estariam dispostas em 432 hectares (o equivalente ao bairro de Capim Macio).FalênciaFontes ligadas ao mercado e consultadas pela reportagem chegaram a falar em falência do Nicolás Mateos na Espanha, reflexo da mesma crise imobiliária que levou o grupo Sánchez - cuja subsidiária brasileira está tentando construir um mega-resort em Pitangui, também no Litoral Norte - a pedir concordata preventiva naquele país. Contudo, um advogado do Armando Holanda Advocacia - escritório que trabalhou para a Lagoa do Coelho até março passado -, Leonardo Braz, assegura que esta informação não é verdadeira. “O grupo Nicolás Mateos, assim como todas as empresas no setor sofreram enormes perdas financeiras decorrente da crise do mercado imobiliário americano que se estendeu para Europa e Japão”, disse ele, em entrevista à TRIBUNA na segunda-feira passada. Ele disse ainda que este movimento gerou uma profunda retração no consumo imobiliário, mas o grupo Nicolás Mateos não pediu falência ou concordata na Espanha ou no Brasil. “Obviamente este grupo está passando por dificuldades financeiras, assim como todos os demais do setor. Estas dificuldades financeiras, aliada a necessidade de mudanças técnicas do projeto o paralisaram”, esclarece.

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