terça-feira, 8 de junho de 2010

PIB cresce 9% no primeiro trimestre, o maior resultado da série histórica


A economia brasileira cresceu 9% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período de 2009, a maior alta da série histórica nesse tipo de comparação.A indústria cresceu 14,6%, seguida pelo setor de serviços, com 5,9% e a agropecuária, 5,1%. A formação bruta de capital (investimentos em máquinas e equipamentos) aumentou 26%, a construção civil aumentou 14,9% e importações de bens e serviços, 39.5%Na comparação com o quarto trimestre de 2009, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país - até março foi de 2,7%, o mais alto para o período desde 2004. A industria foi o setor que apresentou o maior avanço, com alta de 4.2%. O setor agropecuário teve expansão de 2,7% e o de serviços, de 1,9%.Os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são das Contas Nacionais Trimestrais.

DICAS= PARA QUE SERVE AQUELES BOTÕES F1,F2..F12?



F1=ABRE AJUDA DO PROGRAMA QUE ESTA SENDO EXECULTADO
F2=RENOMEAR
F3=Em navegadores como o Internet Explorer e o Mozilla Firefox, a tecla F3 substitui o Ctrl +F, que localiza termos em uma página
CETA + F3=LETRA MINUSCULA PARA MAIUSCULA
F4=No Internet Explorer, seleciona a barra de endereços. No Word, repete a última ação
CTRL+F4=Fecha a janela de um programa. Exemplo: se há vários documentos abertos no Word, ele fecha o que estiver sendo usado
F5=Atualiza uma página
F6=Circula pelos elementos da tela na área de trabalho do Windows
F7=word faz correção ortorafica
CETA + F7=Abre discionario de sinonimos do word
F8=Assim que passa a tela de boot na inicialização do computador, ao pressionar F8, o PC com sistema Windows entra em modo de segurança
F10=Semelhante ao ALT, ABRE UM PROGRAMA.
CETA+F10=Substituto" do botão direito do mouse
F11=HABILITA O MODO TELA CHEIA DOS PROGRAMAS.
F12=No Word, é um atalho para a opção Salvar como
CTRL+F12=ABRIR ARQUIVO DO WORD

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Estudo mostra que carga tributária embutida na conta de luz alcança 45%


Carga tributária repassada ao consumidor na conta de luz alcançou 45,08% em 2008A carga tributária repassada ao consumidor na conta de luz alcançou 45,08% em 2008. É o que revela a quarta edição de estudo elaborado em parceria pelo Instituto Acende Brasil e a empresa de consultoria internacional PricewaterhouseCoopers.Desde 1999, com exceção apenas para o ano de 2002, a carga de tributos e encargos se mantém acima dos 40% no Brasil. Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, esse é um dado negativo “porque é uma carga que nos coloca na pole position [dianteira] mundial de tributos e encargos cobrados na conta de luz”.Sales enfatizou que a energia elétrica é o insumo mais básico da sociedade moderna. “Em lugar nenhum do mundo, ela carrega tamanho peso morto de impostos porque isso se propaga ao longo de toda a cadeia de produção”. Ele observou que o impacto é maior para a população de baixa renda. “Não faz sentido cobrar tantos encargos de um consumidor que tem dificuldade para pagar o valor integral da conta”, disse.Na comparação com outros países, o Brasil aparece na 14ª posição em carga tributária de energia elétrica para consumidores industriais, de acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2004.A Eslováquia e a Espanha são os países com menor carga tributária na conta de energia, sendo inferior a 5%. Mesmo na Áustria, que aparece na 13ª posição, o peso da carga de impostos na conta de luz é menor do que 30%. Entre os consumidores residenciais, o Brasil detém a 23ª colocação, com uma carga entre 30% e 40%.O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi identificado como o grande vilão da carga tributária na conta de luz. Na média, ele representa em torno de 20% do valor da conta paga. O Instituto Acende Brasil acredita que a redução gradual da alíquota do ICMS em 1% ao ano seria suficiente para diminuir o peso desse imposto em até 12%, em 2020.“A redução gradual da tarifa de ICMS em 1% na conta de luz não implicaria em diminuição da arrecadação para estados e municípios”, alegou. Sales destacou que haveria o benefício de ter maior arrecadação com produtos de primeira necessidade, cujo consumo certamente aumentaria com a redução da conta de luz pela redução da carga tributária.Com base nas guias de recolhimento de impostos apresentados nos balanços das empresas, verifica-se que o setor elétrico recolheu em tributos e encargos um total de R$ 46,6 bilhões em 2008, o que daria para construir duas usinas hidrelétricas de Belo Monte. O acréscimo, em relação a 2006, foi de 18,4%, mostra o estudo.Sales avaliou que somente o aumento autorizado pelo governo na Medida Provisória 466, depois transformada em lei, da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), contribuirá para elevar o peso do imposto pago em toda a cadeia produtiva sobre a conta de luz para o consumidor, em 2009.“Somente isso implica um aumento na conta de luz de, pelo menos, 2%”. A CCC é um subsídio cobrado na conta para ser destinado à aquisição de combustível das usinas termelétricas do Norte do país, em regiões que não estão interligadas à malha de transmissão.O estudo sugere que a sociedade deve se mobilizar para mudar esse quadro e pressionar o governo e o Congresso Nacional para reduzir o volume de impostos e encargos que são cobrados pelas empresas pelos serviços prestados. É preciso, ainda, defendeu Sales, que haja maior transparência nas informações dadas ao consumidor brasileiro.“A pressão tem que vir de baixo. Aí, dá para a gente ser otimista e esperar que o governo e o Congresso reajam corretamente”.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Para que serve a Consultoria Administrativa???




O objetivo principal da CONSULTORIA ADMINISTRATIVA é diagnosticar pontos de ruptura na estrutura administrativa de uma empresa e eliminá-los, através da substituição de procedimentos ou re-elaboração parcial ou integral dos processos fragilizados.É duro admitir que no mundo dos negócios, muitos empresários estão se debatendo para entender as várias complexidades de um panorama hiper-competitivo, multi-cultural e interligado, resultantes da globalização, que vão desde dificuldades financeiras, administrativas, até os desafios de integrar o mercado doméstico e internacional. Pensando nos diversos desafios que uma gestão de negócios encontra, a Vanguarda , em sua divisão de Consultoria Administrativa conta com um pessoal qualificado e capacitado para atuar nos campos de marketing, finanças e gestão de negócios.Nossa missão é possibilitar o crescimento e desenvolvimento de empresas de pequeno e médio porte, de acordo com suas necessidades específicas.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Primeira impressão: Chery Cielo


Neste mês o segmento de hatchs médios ganhou mais um participante. Ele é maior do que o VW Golf, mais potente do que o Ford Focus e tão completo como o Citroën C4. Além disso, seu preço é inferior a todos os seus concorrentes: R$ 41.900. Interessou? Faltou um detalhe: ele é chinês. Será que isso pesa? Produzido pela Chery, o Cielo chega ao Brasil repleto de dúvidas e preconceitos. Para conferir como anda o mais novo sino-brasileiro, o WebMotors viajou até Brasília (DF) e conta onde o Cielo nada de braçada - e onde ele pode se afogar.MultinacionalNome de brasileiro, cara de italiano e coração de chinês. Exemplo da globalização, o Cielo precisou ser rebatizado no Brasil devido a questões autorais com a Audi – na China seu nome é A3. Já o desenho foi feito pelo estúdio Pininfarina, famoso por desenhar os principais modelos da Ferrari.A mistura deu certo. O nome, escolhido por votação via internet, é fácil de pronunciar e está consolidado no vocabulário popular. Já o visual do carro explica por que a Itália é referência em design. Com linhas suaves, o hatchback tem desenho agressivo sem exagerar. A carroceria foi projetada nos mínimos detalhes, que incluem a maçaneta da porta traseira escondida, o brake-ligh proeminente no teto, duas ponteiras de escape (funcionais) e ausência de limpador traseiro. “Você não disse que o carro era tão completo como o C4?”, me questionarão os atentos leitores. De fato, o Cielo é recheado: ar-condicionado, direção hidráulica, trio-elétrico, ABS e airbag duplo vêm de fábrica. Contudo, o limpador traseiro não existe nem como opcional, apesar de haver espaço para a máquina do equipamento na tampa do porta-malas. A justificativa da fábrica é que o próprio desenho da carroceria se encarregaria de limpar o vidro traseiro. Apesar da inclinação da tampa ser próxima da encontrada no Ford Focus – que possui o equipamento –, somente o (mau) tempo dirá se a Chery acertou ao tirar a palheta traseira de seu hatch.Por dentroAo abrir a porta do Cielo, a primeira surpresa: os comandos das travas elétricas e o bloqueio dos vidros traseiros são iguais aos encontrados no Golf e Bora. Longe de ser um problema, o compartilhamento de componentes é comum entre fabricantes (apesar de boa parte dessas peças não estar ao alcance dos olhos).O banco tem tons claros e o encosto é envolvente, “abraçando” o motorista. Está longe de ser um Recaro, mas pode agradar aos motoristas (e seu carona) que gostam de fazer curvas mais rápidas. O console central conta com dois grandes portas-trecos, um deles similar a um painel digital central. O verdadeiro painel fica à frente do motorista, reunindo os mostradores básicos: velocímetro, conta-giros, indicador de nível de combustível e temperatura do motor, além de um pequeno visor de cristal líquido.O ar-condicionado de acionamento manual possui regulagens um pouco duras, mas tem potência suficiente para os mais calorentos. Abaixo dele ficam dois porta-copos escamoteáveis e outro porta-trecos. Do lado esquerdo do volante (com regulagem de altura) ficam os comandos dos retrovisores elétricos e alteração de altura do facho do farol.Com 2,55 m de entre-eixos, o espaço interno é suficiente para acomodar com conforto quatro adultos. A coluna C, muito inclinada, incomoda passageiros que tem mais de 1,75 m de altura. Os bancos são macios e possuem estampa clara, pouco comum no Brasil, mas que dá sensação de espaço. O acabamento geral do carro é bom, com plásticos agradáveis ao toque e com poucas rebarbas. A qualidade de construção é condizente com o preço.Ao volanteA unidade avaliada era destinada ao test-drive dos clientes da concessionária Dali. Por questões do seguro do veículo, nosso percurso ficou restrito a um trajeto de pouco mais de um quilômetro nos arredores da revenda. O traçado incluía uma avenida movimentada repleta de lombadas e semáforos, permitindo analisar o comportamento do Cielo nas grandes cidades.A chave canivete dá a partida no motor 1,6-litro 16V de 117 cv de potência (a 6.150 rpm). Movido somente a gasolina, o propulsor tem funcionamento silencioso, em parte graças às mantas acústicas adotadas no cofre do motor. O comando de válvulas não possui variador, o que justifica o torque em elevadas rotações. São 147 Nm (15 kgfm) entre 4.300 rpm e 4.500 rpm.O problema fica mais evidente em saídas de semáforos, obrigando o motorista a pisar fundo para acompanhar o fluxo. O quatro-cilindros só ganha fôlego acima das 3 mil rotações por minuto, o que pode elevar o consumo do carro, mensurável pelo mostrador digital no painel.A suspensão é firme sem incomodar e pode surpreender os críticos por sua arquitetura, independente nas quatro rodas, como no Ford Focus. Apesar de não ter exagerado nas curvas, foi possível notar que o carro transmite segurança para o motorista comum. O freio a disco nas quatro rodas é gradual e assistido pelo ABS. Pneus 205/55 com rodas de 16 polegadas entram na tendência do segmento de aros maiores.MercadoAté abril de 2010 foram vendidos 2.522 unidades entre os principais modelos chineses oferecidos no Brasil. A maioria entra no segmento de pequenas vans e picapes voltados para o comércio, mas os 698 Tiggo faturados indicam que o mercado está, gradualmente, recebendo os modelos oriundos da China.As dúvidas que ainda pairam sobre a confiabilidade e manutenção dos veículos estão entre as prioridades das chinesas. Assim como o Tiggo, o Cielo tem três anos de garantia total e conta com cerca de 50 revendas no Brasil inteiro. E vem mais por aí: os primeiros carros da JAC já chegaram ao país para homologação, com vendas previstas para o segundo semestre. A fatia do mercado nacional das chinesas ainda é pequena, mas pode aumentar. As fábricas do outro lado da grande muralha estão se afastando do estereótipo de fotocopiadoras e estão aprendendo a fazer carros melhores e mais atraentes – assim como fizeram as japonesas e sul-coreanas há duas décadas.ResumoCustando mais de R$ 10 mil a menos do que alguns concorrentes, o Cielo é honesto: possui acabamento e desempenho próximo de seus rivais, com a vantagem de um desenho atual. A dúvida se restringe apenas se o Cielo irá ficar restrito a um pequeno volume de vendas ou se terá forças para nadar no mar aberto dos hatchs médios.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

KIA MOTORS PREPARADA PARA COPA DO MUNDO


As concessionárias da rede Kia Motors, patrocinadora oficial da Copa do Mundo, começam a se preparar para o evento. As lojas colocarão banners e adesivos temáticos em suas dependências. A ação também inclui automóveis da linha Kia Soul adesivados com a bandeira brasileira e uniformes especiais para os vendedores.

Retomada da economia diminui registros no SPC


O reaquecimento da economia, do mercado de trabalho e as melhorias salariais registradas este ano ajudaram a reduzir em 10,25% a inadimplência no Rio Grande do Norte, de janeiro a abril, e a aumentar o contingente de potenciais consumidores em circulação no estado, na comparação com o mesmo período de 2009. A retração na lista de “nomes sujos” é apontada em relatório do SPC Brasil, divulgado ontem pela Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (FCDL/RN). De acordo com os dados, não só caiu o volume de registros no órgão, mas também cresceu o número de consultas, em abril. “Ter mais gente consultando é mais um indicativo de que o ano é de expansão para as vendas e de que há mais gente batendo à porta do comércio para comprar a prazo”, diz o presidente da FCDL RN, Marcelo Rosado.O SPC não divulga o tamanho do calote nem quantos são os devedores, em números absolutos. Aponta, no entanto, que 61,64% das pessoas registradas no SPC Brasil no Rio Grande do Norte, em abril, são do sexo feminino. Elas também foram maioria entre os que procuraram o órgão para quitar o que estavam devendo, com um índice de exclusão de registro de 57,10%, contra 42,90% dos homens. Segundo Marcelo Rosado, os dados refletem o crescente acesso das mulheres ao mercado de trabalho e ao crédito, um passo para que assumam compromissos parcelados. “Isso é mais uma comprovação da independência feminina e de que cada vez mais elas estão se tornando responsáveis por assumir as despesas do lar”, continua.Para o economista e consultor financeiro, Henderson Oliveira, o crescimento no número de empregos com carteira assinada no quadrimestre, quando houve 2.068 contratações a mais do que demissões no estado, segundo o Ministério do Trabalho, foi fundamental, mas não a única razão para estimular o consumidor a se manter ou se esforçar para ficar em dia. “As pessoas estão planejando melhor os gastos”, avalia. O presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Norte, Janduir Nóbrega, também reforça que, quanto melhor a distribuição de renda, menor tende a ser o índice de inadimplência. Ele lembra que planejamento é a palavra chave para quem quer fugir ou evitar cair na lista dos nomes sujos. “É primordial consumir exclusivamente o necessário e sempre ter dinheiro reservado”, observa. Priorizar o pagamento à vista também é recomendável, mas, se o jeito for comprar a prazo, Henderson Oliveira orienta que é preciso analisar as taxas de juros e o número de parcelas da compra. O cuidado é necessário para evitar o comprometimento do dinheiro por longo prazo e se pagar um valor muito superior ao que seria desembolsado à vista. “O melhor é comprar à vista e pedir desconto. O mínimo que se pode conseguir é 5% a menos no preço”, calcula o economista.Apelo da Copa ao consumo pode mudar númerosCom a economia aquecida, os especialistas preveem que a queda no número de inadimplentes continue. Alguns fatores ameaçam, no entanto, essa tendência. É o caso da Copa do Mundo, que será realizada na África do Sul a partir do próximo mês, aumentando a onda de gastos dos consumidores, principalmente a dos mais impulsivos. “É um período em que as paixões vão falar mais alto e em que, quem não tiver autocontrole, poderá ter problemas financeiros”, alerta o presidente do Conselho Regional de Economia no estado e professor do curso de Gestão Financeira da Universidade Potiguar (UnP), Janduir Nóbrega.Ele observa que, com a realização do mundial, o mercado como um todo fica aquecido e o consumidor se sente tentado a ir a restaurantes, bares e a adquirir produtos como eletroeletrônicos. São tentações que podem custar caro para quem não planejar os gastos, reforça. Henderson Oliveira, economista, também estima que o apelo ao consumo pode diminuir o ritmo de queda da inadimplência, se não houver “educação financeira”. O SPC não disponibilizou dados específicos sobre os registros em abril.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em ano de crise, álcool é destaque no mercado de combustíveis


De 2008 para 2009, mercado de combustível cresceu 5,4%O mercado de combustíveis no país cresceu 5,4% de 2008 para 2009, tendo atingido 67 bilhões de litros. Os dados fazem parte do Relatório Anual da Revenda de Combustíveis 2010, divulgado, hoje (13), pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) e indicam que o etanol foi o principal destaque do setor, com crescimento de 23,9%.Foram comercializados 16,5 bilhões de litros no ano passado contra os 13,3 bilhões de litros vendidos em 2008. Já a demanda pela gasolina cresceu apenas 0,9%, tendo atingido 25,4 bilhões de litros contra 25,2 bilhões de litros no ano anterior. A crise econômica que atingiu o mundo em 2009 freou o consumo de óleo diesel, que ficou praticamente estável. A variação foi positiva em apenas 0,2%, de 25,1 bilhões para 25,2 bilhões de litros.Já o mercado de gás natural veicular (GNV) caiu 10%, registrando 5,7 milhões de metros cúbicos diários comercializados no ano passado. O faturamento total do setor de combustíveis chegou a R$ 179 bilhões, resultado 3,6% maior do que os R$ 192 bilhões faturados em 2008.

sábado, 15 de maio de 2010

Corte é pouco para frear economia!


São Paulo (AE) - O governo pouco pode fazer para conter o forte crescimento econômico brasileiro previsto para este ano. Segundo analistas, o corte de R$ 10 bilhões do Orçamento anunciado na quinta-feira terá impacto marginal, assim como o efeito da perspectiva de alta da taxa Selic em 2010. Duas das ferramentas de política econômica restantes, que seriam aumento do IOF e/ou do compulsório, também não teriam reflexo neste ano.
DivulgaçãoAceleração da economia é tão forte que será difícil de conter“Economia é timing e não há na teoria econômica nada que se possa fazer que nos dê resultados de um dia para o outro”, defende o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Para ele, mesmo que se promova um aperto monetário com elevação do compulsório bancário, o efeito só ocorreria a partir do final deste ano.Do lado da taxa de juros, um dos instrumentos clássicos de política monetária, o efeito de uma elevação ou redução da Selic sobre a economia se dá, teoricamente, ao final de um período entre seis e nove meses. Além disso, segundo ele, essas medidas perdem eficácia em um cenário em que todos os indicadores, como crédito, mercado de trabalho e renda, estão em expansão.Opinião idêntica tem o coordenador técnico da Tendências Consultoria Integrada e ex-funcionário do Banco Central, Márcio Nakane. “Se fosse agir por meio do compulsório e pelo aumento de juros, teria que ser uma medida cavalar. Não creio que seja isso que o BC queira fazer agora”, comenta, referindo-se a um ano eleitoral. Para ele, o esforço do governo é ancorar as expectativas da inflação em 2011. “Mas isso não quer dizer que ele vá deixar 2010 ir para qualquer direção”, ressalta.Crédito“Estamos quase na metade do ano e o que o governo pode fazer agora é segurar o crescimento para o 2011”, explica o professor de economia da USP, Heron do Carmo. Ele concorda com Vale, da MB Associados, de que em economia as medidas de estímulo ou retração levam tempo para fazerem o efeito desejado. O que o governo pode fazer agora, sugere o professor, é conter a demanda agregada e aumentar a poupança interna para os próximos anos, expandindo a poupança do setor público.Em última análise, Vale e Heron concordam que a alternativa única seria a adoção de medidas de restrição ao crédito. Vale pondera, no entanto, que é pouco provável que o governo adote medidas neste sentido em um ano de eleições. “Isso o governo não fará de jeito nenhum, principalmente em um ano eleitoral”, afirma. Ele lembra que a expansão do crédito é uma das bandeiras eleitorais do Partido dos Trabalhadores (PT).Analistas dizem que governo despertou tarde demaisPara analistas, o governo despertou muito tarde para o que eles e até o board do Banco Central vinham alertando há tempos: que os elevados gastos públicos, os incentivos fiscais e monetários e a política de ampliação do crédito desembocariam em taxa de crescimento indesejável da economia vista pela perspectiva da inflação. “O governo perdeu a mão. Exagerou na dose quando iniciou a política de estímulos à economia. E não só nós economistas já vínhamos alertando para isso há muito tempo”, diz Vale.Para o economista-chefe da MB Associados, qualquer medida adotada agora só surtirá efeito a partir do final do ano. “Enquanto isso, teremos que nos acostumar com a economia crescendo de 7% a 8% por trimestre e a inflação caminhando para um patamar acima do centro da meta”, avalia.Heron do Carmo critica também a declaração do ministro Mantega de que o governo não “vai deixar a economia crescer mais de 7%” neste ano. “Não depende dele. Trata-se de um processo que já está em andamento. E se estamos crescendo muito neste ano é porque não crescemos nada no ano passado. Na média do crescimento deste e do ano passado, a economia esta crescendo 4% por ano”, calcula Heron.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ponto Frio afirma que incêndio não vai prejudicar entrega de produtos!


Após o incêndio que atingiu um centro de distribuição de mercadorias do Ponto Frio nesta quarta-feira, a empresa afirmou que todas as compras já realizadas por consumidores terão suas entregas garantidas pelos demais centros de distribuição do Grupo Pão de Açúcar, responsável pela marca.Equipes do Corpo de Bombeiros de Guarulhos (Grande São Paulo) controlaram o fogo por volta das 19h30. A operação de rescaldo na área atingida foi iniciada pelos bombeiros que estão no local --foram enviados ao menos 20 carros da corporação, auxiliada por equipes da cidade de São Paulo.Durante o incêndio foi possível ouvir pequenas explosões dentro do depósito. Segundo os bombeiros, devido à queima de eletrodomésticos como televisores. Ainda não há informações sobre a área atingida nem os motivos do incêndio, que começou por volta das 16h30.O Ponto Frio informou que instituiu uma comissão interna para apurar o que ocorreu, e que "irá tomar todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto desse incidente".O depósito foi esvaziado pela brigada de incêndio logo após o início do fogo. Não havia registro de vítimas até a noite desta quarta.O depósito fica na avenida João Paulo 2º, altura do 5.500, perto da via Dutra. De acordo com a Polícia Rodoviária, a fumaça não atrapalhou os motoristas. O incêndio também não prejudicou as operações no aeroporto de Guarulhos, conforme a Infraero."A empresa informa que trabalha de acordo com as normas de segurança vigentes e mantém o mais alto nível no controle de suas instalações para garantir a segurança e bem estar dos seus colaboradores", informou o Ponto Frio, em nota. FumaçaA Defesa Civil de Guarulhos (Grande São Paulo) retirou os moradores de dois condomínios de classe média localizados próximo ao depósito do Ponto Frio.Segundo Paulo Victor Novaes, coordenador da Defesa Civil, não havia risco do fogo chegar às residências, mas a fumaça que sai do depósito é tóxica. A região foi tomada por um forte cheiro de plástico queimado."O problema é a fumaça densa e tóxica que passa por cima das casas. O vento pode levar para dentro. O risco de intoxicação é grande e vamos controlar a situação até que a fumaça atinja um nível aceitável", disse.Um dos condomínios tem casas térreas e o outro é de apartamentos --ao todo, são cerca de 200 residências. Os moradores foram alojados em áreas comuns dos próprios condomínios, como salões de festa, mas alguns já eram autorizados a voltar por conta da diminuição da fumaça.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vendas de veículos sobem 60,09% e batem recorde


São Paulo (AE) - As vendas de veículos novos no mercado brasileiro somaram 353.734 unidades em março de 2010, o que significa uma alta 60,09% na comparação com fevereiro e 30,33% em relação a igual mês do ano passado, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No acumulado do ano, as vendas somaram 788.033 unidades, com avanço de 17,93% sobre igual período de 2009. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.Considerando apenas automóveis e comerciais leves, as vendas de 337.381 mil unidades apresentaram uma alta de 59,61% ante fevereiro e de 29,27% em relação a março de 2009. Já a comercialização de caminhões e ônibus, com 16.353 unidades em março, mostrou melhora de 70,68% em relação a fevereiro e de 56,91% sobre março do ano passado.A Fenabrave informa ainda que no terceiro mês do ano foram vendidas 163.333 motocicletas, o que representa um crescimento de 35,18% ante o mês anterior e de 9,64% sobre igual mês de 2009 O comércio de implementos rodoviários englobou 4.820 unidades em março, o que indica uma alta de 46,02% sobre fevereiro e de 27,45% ante o mesmo mês do ano passado.Ao levar em conta o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, o setor automotivo vendeu 526.875 unidades em março, com expansão de 50,78% sobre fevereiro e elevação de 25,87% ante março de 2009.RecordeAs vendas de veículos zero quilômetro registraram em março um novo recorde. Os números são justificados pelo fato de ter sido o último mês com a redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o que levou os consumidores a anteciparem suas decisões de compra para aproveitar o benefício fiscal. Com a volta do imposto integral, as alíquotas passam a ser de 7% para carros com motor 1.0 e 11% para os modelos 2.0. Apesar de avaliar que a volta da alíquota integral do IPI não deve alterar os resultados para o setor em 2010, a Fenabrave revisou para baixo, de 9% para 6,5%, a expectativa de crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves. A federação acredita que as vendas em 2010 devem totalizar 3,2 milhões.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Saldo positivo da balança comercial encolhe 70% no trimestre


O Ministério do Desenvolvimento registrou um superavit comercial de US$ 668 milhões para o mês de março, ante um saldo positivo de US$ 394 milhões em fevereiro. O desempenho da balança ficou bem abaixo do registrado em março do ano passado. Na época, o saldo ficou positivo em US$ 1,756 bilhão.
No trimestre, a balança está com saldo positivo de US$ 895 milhões. O número é 70% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 2,988 bilhões).
Em março, as exportações somaram US$ 15,727 bilhões, com média diária de US$ 683,8 milhões. O valor total das importações foi de US$ 15,059 bilhões com registro diário de US$ 654,7 milhões.
A comparação para o resultado em 12 meses --abril de 2009 a março 2010-- também houve queda no superavit. Em março do ano passado, a conta acumulada durante os 12 meses anteriores havia ficado positiva em US$ 25,188 bilhões. Neste ano, o acumulado foi de US$ 23,202 bilhões, o que representa uma variação negativa de 6,8%.
Os dados ainda mostram maior aquecimento no volume total do comércio exterior em relação a 2009. A conta corrente de comércio subiu 30,7% na comparação trimestral, saltando de US$ 973, 2 milhões no período do ano passado para US$ 1,271 bilhão em 2010.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Aprendendo sobre RH ( IDALBERTO CHIAVENATO)


A função de recursos humanos é constituída por uma série de atividades entre as quais assume um importante papel o recrutamento e selecção (Rocha, 1997). Esta é uma actividade que permite à organização o restabelecimento dos meios humanos de que necessita e desta forma colmatar as carências sobre o quantitativo de recursos humanos que deverá existir na organização (Caetano e Vala, 2002), assumindo assim um dos principais momentos da gestão dos recursos humanos (Marques e Cunha 1996).
O recrutamento e selecção embora constituam um processo contínuo são termos diferentes com fronteiras entre si. De um modo geral o recrutamento consiste na procura e atracção de candidatos para uma determinada função (e.g. Câmara, Guerra e Rodrigues, 2003; Caetano e Vala, 2002; Chiavenato, 2000; Rocha, 1997; Marques e Cunha, 1996; Mejia, Balkin e Cardy, 1995), enquanto que a selecção consiste na escolha e tomada de decisão do candidato que ocupará o cargo disponível (e.g. Câmara, Guerra e Rodrigues, 2003; Caetano e Vala, 2002; Chiavenato, 2000; Rocha, 1997; Marques e Cunha, 1996; Mejia, Balkin e Cardy, 1995).


1. Recrutamento

Apesar de existir concordância de que o recrutamento consiste na procura e atracção de candidatos, os autores divergem quanto às fronteiras do conceito. A discordância diz respeito à inclusão, ou não da triagem de candidaturas. Iremos adoptar aqui o conceito de recrutamento de Câmara, Guerra e Rodrigues (2003) que aponta para a inclusão da triagem de candidaturas no processo de recrutamento:
“O recrutamento refere-se ao processo que decorre entre a decisão de preencher um cargo vago e o apuramento dos candidatos que preenchem o perfil da função e reúnem condições para ingressar na empresa” (p.315).

O objectivo do recrutamento consiste em atrair candidatos e, para que seja eficaz, deverá fazê-lo em número suficiente para fornecer o processo de selecção e assim permitir que este funcione. Trata-se pois de um “sistema de informação” que visa a divulgação de oferta de oportunidades de emprego ao mercado de recursos humanos (Chiavenato, 2000). Mas, antes da divulgação e antes do recurso ao mercado de trabalho, ou seja, antes de proceder ao recrutamento propriamente dito, é necessário efectuar um planeamento (Rocha, 1996) das “necessidades presentes e futuras de recursos humanos na organização” (Chiavenato, 2000, p.198). Desta forma, Chiavenato (2000) especifica as fases em que ocorre o planeamento do recrutamento.

1.1. Fases do Planeamento do Recrutamento
Chiavenato (2000) refere três fases no planeamento do recrutamento nomeadamente: pesquisa interna dos recursos humanos necessários; pesquisa externa do que o mercado pode oferecer; e definição das técnicas de recrutamento.

Pesquisa Interna/ Planeamento de Recursos Humanos
A pesquisa interna refere-se ao levantamento interno das necessidades de recursos humanos da organização em todas as áreas e níveis da mesma a curto, médio e longo prazo (Chiavenato, 2000).
A pesquisa interna dá lugar, em várias organizações, ao planeamento de recursos humanos (Chiavenato, 2000). Este consiste na determinação prévia da quantidade e qualidade dos recursos humanos necessários e das acções a realizar para angariar os recursos humanos que irão possibilitar o alcance dos objectivos da organização (Rocha, 1997). Este planeamento realiza-se mediante vários métodos e técnicas (Rocha, 1997) que não serão de análise pertinente para a nossa explanação.

Pesquisa Externa
A pesquisa externa refere-se a uma pesquisa de mercado (Chiavenato, 2000). Como não existe um mercado de trabalho em abstracto (Rocha, 1997), há necessidade de o segmentar e diferenciar para que se possa fazer uma abordagem mais específica (Chiavenato, 2000).
Torna-se assim necessário dividir o mercado em classes de candidatos, cada uma com determinadas características diferenciadoras e diferentes abordagens, sendo que a segmentação faz-se tendo em conta os interesses particulares de cada organização. Mas por outro lado, o recrutamento deve diagnosticar e focalizar-se nas fontes de recursos humanos que têm interesse no mercado, concentrando-se assim em “alvos específicos” para direccionar as técnicas de recrutamento (Chiavenato, 2000).
Deste modo, segmentar o mercado, ou seja, decompô-lo em diferentes segmen­tos e localizar as fontes de recrutamento são os aspectos que assumem ênfase na pes­quisa externa (Chiavenato, 2000).

Técnicas de Recrutamento
A escolha das técnicas de recrutamento constitui a última fase do planeamento do recrutamento. Iremos abordar as técnicas de recrutamento mais adiante inseridas no recrutamento externo.

1.2. O Processo de Recrutamento
O processo de recrutamento passa por vários momentos que iremos de seguida analisar, nomeadamente: decisão de preenchimento do cargo vago, preenchimento da ficha de pedido de pessoal, definição da função, escolha das técnicas de recrutamento e eventual atracção dos candidatos.

Decisão de Preenchimento de um Cargo e Requisição de Pessoal
O recrutamento tem início com a tomada de decisão de preenchimento do cargo vago por parte do órgão que possui a vaga (Chiavenato, 2000). Esta pode surgir por abandono de um cargo (por transferência do respectivo colaborador ou por este abandonar a empresa), ou quando surge um novo cargo (Câmara, Guerra e Rodriguês, 2003).
Contudo nem sempre o surgimento de uma vaga é sinónimo de recrutamento (Rocha, 1997). Preencher uma vaga é uma decisão importante para a organização pois além de esta ser feita por tempo indeterminado vai implicar custos fixos, pelo que se devem ponderar alternativas ao início do processo de recrutamento nomeadamente: a) redistribuição das tarefas do cargo vago pelos outros colaboradores; b) eliminação ou automatização de tarefas; c) alteração ou enriquecimento das competências das funções próximas ao cargo vago mediante uma reanálise das mesmas (Câmara, Guerra e Rodrigues, 2003); d) estabelecimento de horários flexíveis; e) recurso a trabalho em part-time; f) recurso a agências (Rocha, 1997).
Se a necessidade de preencher o cargo vago persistir, há que oficializá-la mediante a emissão da requisição de pessoal. Este documento é preenchido pelo responsável do departamento que tem a vaga disponível (Chiavenato, 2000) e transmitido ao serviço responsável pelo recrutamento, contendo informações acerca da qualificação, remuneração, data e duração da necessidade, bem como nível de conhecimentos, formação e experiência necessária à realização da função, meio envolvente do posto de trabalho e variáveis circunstanciais (Peretti, 2001).

BB permitirá que cliente escolha valor das notas no saque


A partir desta semana, o Banco do Brasil começa um piloto de sua nova solução para os caixas eletrônicdeverá operar em todos os caixas eletrônicos os. Com a mudança, os clientes poderão escolher cédulas ao sacar o dinheiro.Por exemplo, um cliente que resolva sacar R$ 440 poderá escolher entre sacar duas cédulas de R$ 100, duas de R$ 50, cinco de R$ 20 e quatro de R$ 10, ou três de R$ 100, duas de R$ 50 e duas de R$ 20. Se o cliente não escolher um grupo de cédulas dentro de dez segundos, o terminal faz a opção automaticamente e libera o dinheiro para saque.A previsão é de que o projeto piloto funcione por 15 dias e do BB até o final de 2011.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Burger King coloca o Brasil como prioridade na América Latina!


Há pouco mais de cinco anos no Brasil, o Burger King quer conquistar a liderança do mercado, mas sabe que tem um longo caminho pela frente, uma vez que ainda não chegou nem perto de seus principais concorrentes. Enquanto a rede tem 75 pontos-de-venda, o McDonald’s conta com 577 restaurantes e o Bob’s com 675 PDVs, incluindo os quiosques. Até o fim do ano, o Burger King pretende aumentar em 20% o número de lojas, o dobro de inaugurações em 2009, chegando a 90 unidades.
Ainda é pouco, mas a matriz está apostando no Brasil. O país se transformou em prioridade na América Latina, região onde a rede está presente em 28 mercados e diz ser líder em 17, incluindo o maior deles, o México, de onde foi destacado o novo comandante do Marketing do Burger King para o Brasil. “Há uma oportunidade de crescimento para o negócio no Brasil. É nossa prioridade número um”, afirma Rafael Romero, Gerente Sênior de Marketing da marca no país. “Vai demorar para crescer no Brasil, com certeza, mas com um pouco de tempo e a abertura de novas lojas queremos chegar à liderança”, ressalta.
Para a rede de fast food, o Brasil é um mercado que tem mostrado estabilidade e propício a se investir. A receita para conquistar o brasileiro é a mesma que dá certo lá fora: o produto carro chefe Whopper, uma comunicação irreverente e a possibilidade de personalizar os sanduíches. “A marca Burger King é jovem, irreverente e brincalhona, o que gera uma identificação com o público brasileiro”, aponta Romero, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Modelo de sucessoUm dos trunfos da rede é a diferenciação de seu produto. A carne é grelhada e dá um gosto de churrasco, o que está ligado à cultura brasileira. Os sanduíches grandes geram percepção de maior valor e bom custo-benefício. Colocar até 10 hambúrgueres empilhados e encher o sanduíche de queijo ainda é novidade para o brasileiro dentro de um sistema que até pouco tempo atrás sequer tirava a cebola do produto. Por isso, eles não se cansam em dizer que no Burger King o cliente é o rei.
O consumidor tem experimentado e gostado de suas criações, já que 60% dos produtos da rede vão para a barriga do cliente com algum tipo de modificação, desde as mais básicas até as mais malucas. “Estamos bastante felizes porque a recepção tem sido boa e temos crescido no Brasil. A recompra tem sido muito boa, o que dá um bom retorno sobre o investimento”, conta o Gerente Sênior de Marketing.
O modelo de franquias da rede também está sendo replicado no Brasil. Diferente de suas concorrentes que franqueiam loja por loja em microrregiões, cada uma com um investidor diferente, o Burger King divide o país em regiões e dá a licença para operar para apenas um investidor por estado. Em São Paulo, por exemplo, há um único responsável pela abertura e pela operação. No Rio outro e assim por diante. “Temos um processo de seleção muito cuidadoso porque buscamos um fraqueado que tenha poder de expansão dentro do território dele. Este processo pode levar muitos meses”, aponta o gerente da rede.
Modelo diferenteE aqui está o principal erro do Burger King no mercado brasileiro na avaliação do especialista no assunto Marcelo Cherto. “Esse modelo de desenvolvimento de área tem se mostrado bastante complicado no Brasil e de difícil crescimento”, analisa o CEO da consultoria Growbiz. “Eles fizeram uma entrada muito boa aqui, mas perderam a oportunidade de crescer quando o McDonalds’s enfrentava uma briga com ex-franqueados. O Burger King é uma grande marca, mas se não crescer vai gerar clientes para os outros”, completa Cherto, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Os concorrentes podem ganhar os consumidores do Burger King por uma simples razão bem conhecida pelos profissionais de Marketing. Se a rede faz campanha publicitária e gera fluxo de potenciais consumidores buscando seus produtos, mas se chegam num shopping e não encontram a marca, migram para uma semelhante. “É importante que o consumidor conheça a nossa marca, os nossos produtos e que estejamos onde ele quer a nossa presença. Por isso, o investimento em campanhas de Marketing tendem a ser maiores conforme o nosso número de lojas. Somos realistas, pois não gostaríamos de gerar uma insatisfação do consumidor”, reconhece o executivo da empresa.
Por isso o Burger King quer reforçar a experiência de marca personalizando seus sanduíches. “Convenhamos: isso qualquer lanchonete de esquina faz, mas produto por produto eles são muito bons”, avalia Marcelo Cherto. “Nos preocupamos e cuidamos muito da experiência de marca, o que não significa apenas oferecer um produto diferenciado, mas criar um relacionamento com o consumidor, atendendo o cliente como ele quer. O treinamento dos funcionários envolve isso”, constata Rafael Romero (foto), do Burger King.
Mesmo com pouca expressão no Brasil, a marca tem feito história por aqui. Em dezembro, o Burger King brasileiro foi pioneiro em colocar a foto dos clientes estampadas nas caixas do whopper. “Esta ação virou referência no mundo e pudemos reforçar que o sanduíche era feito na hora com a cara dele”. O sucesso da ação com mais de 500 consumidores em São Paulo será replicado em todo o país e exportado. “Estamos muito felizes por estar no Brasil e nosso objetivo é crescer e oferecer nossos produtos para o mercado brasileiro por muitos anos”, atesta Romero.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O olho eletrônico contra o crime


Diariamente, pequenos capítulos da vida urbana dos natalenses são registrados pelas lentes de câmeras instaladas em uma região denominada ‘área especial de interesse turístico’. Ao todo, 23 câmeras transformaram a Orla Potiguar (de Ponta Negra, passando pela Via Costeira, praias de Areia Preta, Artistas, Meio e Forte, além da Ponte de Todos e Redinha) em uma espécie de ‘Big Brother’ de prevenção ao crime. Colocadas em pontos estratégicos, elas funcionam como um mirante privilegiado de onde é possível captar as situações suspeitas. Filmam num ângulo de 360 graus, aproximam a imagem 80 vezes e possibilitam a visão do material capturado no raio de até dois quilômetros. “Temos três policiais por turno, assim cada um monitora oito câmeras num sistema de varredura. Quando encontra alguém em atitude suspeita focaliza na pessoa até que a situação se desfaça ou se confirme. Nesse último caso, o próprio policial aciona a viatura mais próxima da ocorrência”, explica o chefe de Operações da Polícia Militar na Capital, major Alarico Azevedo.
Emanuel AmaralInstaladas na orla marítima que vai de Ponta Negra à Redinha, 23 câmeras monitoram todo o movimento 24 horas por diaApesar de não ter dados estatísticos fechados, pois as câmeras estão funcionando há uma semana, a Polícia considera satisfatório os primeiros resultados. “Conseguimos impedir três tentativas de suicídio na Ponte Forte Redinha. Mas também foram registradas ocorrências como furtos e outras naturezas”, explica o major Alarico. Segundo um dos coordenadores do sistema de monitoramento da PM, Jeferson Pereira, na primeira experiência feita com esse tipo de monitoramento – quando em 2006 foram colocadas câmeras apenas na orla de Ponta Negra, houve uma redução considerável dos crimes. “Em 2006 reduzimos em 40% os números de ocorrências na área. Acredito que com esse novo sistema, vamos ter uma redução maior, mas só vamos ter como avaliar depois do primeiro mês de funcionamento”, disse Jeferson.O problema é que o alcance do monitoramento está restrito a um pequeno pedaço da cidade, que aliás, não é nem um dos mais perigosos e violentos. Existem áreas, as periféricas, por exemplo, que se possuíssem essas câmeras poderiam ter os seus índices de violência reduzidos.“Precisamos começar por algum lugar e a orla foi escolhida porque é uma área de interesse turístico. Além disso, tem o problema da exploração sexual e do uso de drogas. Temos câmera instalada no final da avenida João XXIII, em Mãe Luiza, que costuma ser uma rota de fuga de muitos traficantes. Mas a intenção da Secretaria de Segurança e Defesa Social é ampliar o monitoramento para outros pontos da cidade”, disse o major Alarico.Ainda segundo o major, o tempo de chegada da polícia no local da ocorrência diminuiu bastante, mas a meta é chegar aos três minutos, índice dos países desenvolvidos, que possuem sistemas de monitoramento semelhantes. “As câmeras enviam as imagens em tempo real para o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), no Comando Geral da Polícia Militar, não é preciso ligar para o 190 e solicitar a viatura. O próprio policial que está monitorando pede o deslocamento da equipe mais próxima”, disse o chefe de Operações da PM.FlagrantesNa última quinta-feira (11), a equipe da TRIBUNA DO NORTE passou a tarde na sala de monitoramento do Ciosp. Entre as cenas captadas pelos equipamentos, dois jovens que conversavam tranquilamente no calçadão de Ponta Negra, chamaram a atenção dos policiais. Eles seguravam objetos que a policia imaginou tratar de algum tipo de droga. Imediatamente o policial aproximou a imagem e viu que se tratava de uma carteira de cigarros.“Nesse caso não era nenhum delito, mas se fosse, teríamos encaminhado uma viatura para o local e conseguiríamos chegar a tempo de dar o flagrante”, diz Alarico.O ‘BB-Natal’ consumiu investimento do Governo na ordem de R$ 21 milhões em 23 novas câmeras de monitoramento, operadas pelo Ciosp, que hoje possui a mesma tecnologia de monitorada utilizada em Washington, capital dos Estados Unidos. Câmeras vão melhorar a segurança dos turistas Além de enviar imagens em tempo real e de boa qualidade para a Polícia Militar, o novo sistema de monitoramento consegue verificar os automóveis que trafegam na região, realizando automaticamente a fiscalização junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).“Em questão de segundos a gente consegue saber se o carro está com algum documento atrasado e até mesmo se foi objeto de furto. Isso porque a câmera captura a placa do veículo e o nosso sistema já faz o rastreamento. Não é preciso acionar viatura, nem muito menos o Detran. Fazemos isso do Ciosp”, explica um dos coordenadores do sistema de monitoramento da PM, Jeferson Pereira.Esse projeto faz parte de um plano estratégico do Detran e da Secretaria de Segurança e Defesa Social para integrar as ações desenvolvidas para melhorar a segurança dos moradores da região metropolitana.Existe ainda o ViaPK, um veículo para monitoramento móvel que possui duas câmeras (dianteira e traseira) e dois equipamentos fixos com tecnologia OCR (Optical Character Rcognition) que permitem a leitura automática de placas para detecção de roubos e irregularidades dos veículos. “ Com o ViaPK, o policial que está na rua não precisa nem abordar o condutor para saber as informações dos veículos. Essa tecnologia permite o envio de informações em tempo real sobre os veículos que passam por ele, permitindo que policiais abordem apenas os veículos com problemas, deixando”, diz major Alarico.Segundo o chefe de Operações da Polícia Militar na Capital, a PM conta com um sistema de acompanhamento via satélite de viaturas. “Quase 50% das nossas viaturas já são monitoradas. Assim podemos saber onde estão todos os veículos a serviço da Polícia e qual deles deslocar para que a ocorrência seja atendida o mais rápido possível”, explica.População ainda desconhece o ‘Big Brother contra o crime’A população de Natal ainda não está muito bem informada sobre o novo sistema de monitoramento da orla potiguar. A dona de casa Ronilda Viana era uma das que não conheciam, e não se incomoda com a ideia de ser monitorada.“É uma boa solução para combater o crime aqui em Natal. E se for para a nossa segurança, não me incomoda em nada o fato de ser filmada”, disse a dona de casa.O garçom de um quiosque da Praia do Meio também não considera o fato de ser filmado uma invasão de privacidade. “Eu não estou nem aí, quem deve se preocupar é quem está fazendo algo de errado. Não é um Big Brother, é para nossa segurança”, conta Cosme Antônio da Silva, que já tinha conhecimento das câmeras instaladas na praia.O major Alarico Azevedo explica que não há intenção de invadir a privacidade do cidadão. “As pessoas são filmadas até o limite da sua privacidade. Não estamos de forma alguma expondo o cidadão, mas no momento que alguém está em atitude suspeita a polícia tem o dever de investigar”, explica.Além disso, as imagens captadas pelas 23 câmeras são guardadas e só são liberadas mediante autorização judicial. “Os próprios policiais assinam todos os dias um termo de compromisso sobre a segurança dessas imagens”, afirma Jeferson Pereira.Para os policiais que ficam diariamente nas ruas, a instalação das câmeras já estão dando mais segurança à população. “A gente nota que a população está mais tranquila e os bandidos mais temerosos. Houve inclusive redução das ocorrências aqui no posto”, diz o sargento da Polícia Militar, Clonildo Nascimento.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Páscoa: marcas apostam em lançamentos e no PDV


A Páscoa é o Natal para o mercado de chocolates. A data é o momento em que as empresas apostam em seus produtos para conquistar a preferência do consumidor. Somente em 2009, o período movimentou R$ 736 milhões em vendas de ovos de Páscoa, segundo dados da Nielsen. No último ano, foram 500 mil toneladas de chocolate vendidas, de acordo com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim, Balas e Derivados), um crescimento de 4%. Para este ano, o mercado espera crescer 10%. De olho nisso, marcas como Nestlé, Lacta, Mars, Top Cau e Lindt investem em lançamentos e ações no ponto-de-venda para chamar atenção dos clientes, bombardeados por inúmeras opções.A Lacta, da Kraft, é uma das que mais investe no período e chega a levar 18 meses para se preparar para a data. Este ano, a marca traz 16 novidades para a Páscoa, quatro lançamentos a mais do que em 2009. Entre eles, destaca-se o ovo Chicabon (foto), resultado de uma parceria com a Kibon, da Unilever. Outra novidade é o Lacta Delice, com recheio na própria casca e em uma embalagem diferenciada, desenvolvida para quem deseja presentear. A Nestlé também oferece opções para quem deseja um produto mais sofisticado.A marca apresenta a edição limitada de Páscoa da caixa de bombons Alpino, em embalagem com 20 unidades do tradicional bombom. Outra que acredita nos chocolates como opção para presentear é a Lindt. A marca traz para o Brasil o Gold Bunny (foto), um coelho de chocolate de um quilo com apenas 50 unidades disponíveis no país e espalhadas por Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Quem quiser adquirir um dos coelhos exclusivos terá de desembolsar cerca de R$ 370,00.Mars traz edições limitadas de M&M’s e TwixMas há opções para todos os gostos. Quem preferir também pode ter o Gold Bunny nas versões de 100g e 200g ou até mesmo a cartela com cinco Mini Gold Bunnies. Apesar dos coelhos serem a tradição da Lindt na Páscoa, a marca suíça traz para o Brasil pela primeira vez o Lindor Egg em formato vertical.O modelo é aquele de ovo de Páscoa que todo mundo conhece por aqui, mas que ainda não tinha sido lançado pela marca no Brasil. Até o ano passado, todos os ovos da Lindt vinham em uma cesta, um formato mais europeu. Com as novidades, a empresa espera registrar um crescimento de 30% nas vendas em relação à Páscoa do ano passado.Sabendo da importância de trazer novos produtos para a data, a Mars inova nos sabores de marcas já conhecidas dos consumidores. Este ano, os chocólatras poderão encontrar os famosos M&M’s em edição especial de chocolate branco (foto). Já o Twix ganha a versão Trilogia (foto). Além da versão original, a caixa vem com o Twix Triple Chocolate, lançado em edição limitada em 2009, com receita de biscoito e caramelo sabor chocolate, e o Twix Frutas Vermelhas.Especialidades Nestlé tem novos bombonsAssim como a Mars, a Nestlé também acredita em seus produtos tradicionais. A empresa reformulou a caixa de bombons Especialidades, que agora, além de uma nova embalagem, conta com os bombons Classic Chocolate, Classic Avelã, Chokito Branco e mini tablete Crunch. A marca oferece também a versão dos ovinhos (foto).Seguindo neste mesmo caminho, a Lacta lança versões para uma de suas marcas mais fortes. Este ano, os consumidores poderão encontrar o ovo de Páscoa Sonho de Valsa em formato de bombom. O sucesso da marca é tanto que, de acordo com a Nielsen, a cada 10 ovos de Páscoa vendidos no Brasil, um deles é Sonho de Valsa.Com tantos lançamentos, o ponto-de-venda passa a ser o canal fundamental para que as marcas promovam seus produtos. “A Páscoa da Lacta é apoiada em três pilares: inovação, grandes marcas e execução no ponto-de-venda, que é extremamente importante”, aponta Carlos Cortez, Gerente de Chocolates da Lacta, em entrevista ao Mundo do Marketing.Lacta espera vender 23 milhões de ovos De olho nos consumidores e na infinidade de ovos de chocolate e bombons de todos os tipos e marcas, as empresas precisam garantir visibilidade e atrair a atenção dos clientes no local de decisão de compra. Para isso, a Lacta contratou seis mil funcionários temporários e espera vender 23 milhões de ovos de chocolate, dois milhões a mais do que no último ano. Além dos materiais de ponto-de-venda, as empresas contam com ações promocionais. A Lindt faz degustação nas 20 principais lojas entre Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, a cada R$ 89,00 em produtos da marca, o consumidor ganha um coelho de pelúcia. O mesmo acontece com os clientes Lacta, que recebem o mascote da marca de pelúcia a cada três ovos adquiridos.A Nestlé dá continuidade à ação Chocolover, lançada no ano passado, que levará consumidores para a Suíça, onde visitarão a fábrica de chocolates da marca. Haverá ainda sorteios de ovos de três quilos para quem enviar o código promocional das embalagens dos produtos da marca via SMS.Para reforçar ainda mais a sua presença, a Lindt conta com um coelho inflável de quatro metros de altura em pontos da cidade de São Paulo e terá um balcão no shopping Higienópolis em parceria com a artista plástica Suzy Gheler. Já a Mars terá uma Ilha de Páscoa nos supermercados brasileiros lotada de produtos das marcas M&M’s e Twix.Licenciamentos fazem sucesso com a garotada“Nesse período, o foco é muito grande no ponto-de-venda, onde a maioria das decisões é tomada. O volume total de produtos sazonais mostra que metade é atendido na última semana. Por isso a decisão no PDV é fundamental”, acredita Valdir Nascimento, Gerente de Marketing e Trade de chocolates da Mars Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.Uma estratégia da Mars, que também detém a marca Snickers, é tirar o foco dos ovos de chocolate. “Realizamos uma pesquisa que indicou que mais de 40% dos domicílios compram outros produtos que não ovos de Páscoa. É nesse nicho que decidimos atuar”, diz Nascimento.Mas os fãs dos simpáticos confeitos coloridos podem se alegrar. A Mars fechou uma parceria com a Top Cau para licenciar o ovo de Páscoa M&M’s. Sucesso entre as crianças, a cada ano surgem mais ovos licenciados. A Top Cau, empresa responsável pelos ovos dos personagens da Disney, traz para esta Páscoa, além de M&M’s, licenciamentos das marcas Toy Story, Pica-Pau, Padrinhos Mágicos e Maisto Internacional.A empresa também mantém licenciamentos importantes como Princesas, Mickey, High School Musical, Minnie, Ursinho Pooh, Pequena Sereia, Senninha e Fofolete. A produção de ovos da Top Cau este ano chega a sete milhões de unidades, número 2% maior comparado a 2009.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Empresas apostam em novas mídias no Salão Imobiliário


Empresas do setor imobiliário estão apostando em redes sociais e em novos canais de interação com o consumidor, como forma de despertar o interesse dos compradores e garantir aquecimento extra aos negócios, com redução de custos. Mostras desse tipo de estratégia estão sendo exibidas desde ontem no Salão Imobiliário de Natal, evento que reúne cerca de 10 mil opções de imóveis e 250 empresas entre construtoras, imobiliárias e incorporadoras e pretende estimular o fechamento de R$ 200 milhões em vendas este ano. O Salão segue até domingo, no Centro de Convenções, com entrada e estacionamento gratuitos. A perspectiva é atrair mais de 30 mil visitantes.Na entrada da feira, o convite a interagir é feito pelas empresas Cyrela e Plano&Plano. Dentro das estratégias desenvolvidas para chamar a atenção para o Vita Residencial Clube, lançamento que desenvolvem em conjunto e prevê a construção de 900 apartamentos, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 139 milhões, as companhias apostam na campanha “Eu vou mudar”, criada pela Eugênio em parceria com a Armação e a agência de marketing on line Borghierh/Lowe. A campanha abre o leque de opções de moradia ao consumidor, por meio, por exemplo, de um concurso em que os clientes poderão dizer o que esperam mudar, através de um site exclusivo. Mas, para atrair o público, as apostas vão além. E permitem criar desde um avatar – personagem virtual - até as chamadas pet trees, chaveiros em forma de plantas que devem ser regadas e expostas ao sol para sobreviver, como um “tamagoshi” real, da vida moderna, que estão sendo distribuídas pelas empresas. FerramentasNo ano passado, a campanha que marcou o lançamento do primeiro empreendimento da Cyrela Plano&Plano no estado também abrangeu a realização de flash mobs, mobilizações relâmpago em que, a um comando “x”, atores faziam posições de mergulho, em alusão ao L´Acqua, lançado na ocasião. “Essas ações permitem impactar mais pessoas, com menos investimento. Buscamos nos comunicar com todas as ferramentas que existem”, diz a gerente nacional de marketing das empresas, Adriane Cardoso. “Uma venda online pode ter metade do custo de uma venda tradicional e largo potencial para aumentar as vendas”, afirma. Para o consumidor, a adoção desse tipo de ferramenta traz, entre outras vantagens, comodidade. Com um click é possível fazer um tur virtual por alguns empreendimentos, sem a necessidade de sair de casa para ver apartamento decorado, ou ainda, conversar online com um corretor e negociar pela internet. Promoções realizadas ou difundidas pelo Twitter, como também fez ontem a construtora Ecocil, estão incluídas no rol de investidas. A nova postura já invadiu também as imobiliárias. A Abreu, do Grupo Brasil Brokers, movimentou R$ 13 milhões em vendas com o primeiro Feirão de Imóveis exclusivo via Twitter, em fevereiro.

quarta-feira, 10 de março de 2010

COMPRAR ROUPAS PELA INTERNET, CRESCE E AS MARCAS INVESTEM!


O hábito de comprar roupas pela internet ainda é pouco comum no Brasil, mas a evolução do e-commerce e o aumento de marcas especializadas em vestuário e acessórios que apostam neste canal está mudando este cenário. Enquanto empresas como Marisa mostram-se experientes no varejo de moda pela internet, outras se aventuram e começam a lançar suas lojas virtuais ou apostam numa reformulação de seu e-commerce. É o caso de marcas como Marisa, Renner, C&A, Cantão, Redley, Osklen e Checklist.O segmento de moda e acessórios registrou um crescimento de 108% na variação de pedidos na comparação de outubro de 2009 com o mesmo período do ano anterior. Já o faturamento do varejo de moda no e-commerce obteve alta de 115%, aponta a e-bit. Os números indicam que este mercado ainda tem muito a evoluir no Brasil, especialmente se comparado ao modelo americano.Nos Estados Unidos, o costume de comprar por catálogos levou o consumidor a aderir mais rapidamente a compra de roupas pela internet. Por aqui, o contexto é diferente. Um dos principais desafios para as marcas é convencer o cliente a abrir mão da experiência de compra no ponto-de-venda, tendo contato direto com os produtos e vendedores, em prol do conforto e da praticidade oferecidos pela internet.Tamanhos precisam de padronizaçãoOutro obstáculo para a indústria de moda brasileira refere-se à questão da falta de um padrão nos tamanhos. “A grande maioria das empresas não tem padronização. Mas a indústria está se movimentando para mudar isso, visando o mercado internacional. E, uma vez que obtém-se produtos padronizados, o comércio eletrônico vem de carona”, explica Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, em entrevista ao Mundo do Marketing.Pensando nisso, a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) está definindo novas normas de medidas. A ação em parceria com a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) começou com a padronização de meias. Desde de julho de 2009 foi colocado em consulta pública o projeto de norma infantil e, nos próximos meses, serão analisados tanto o vestuário masculino quanto o feminino.No entanto, isto não deve ser encarado como uma barreira para as marcas que desejam vender seus produtos virtualmente. “O Brasil deve uniformizar os tamanhos. Mas a partir do momento que o consumidor tem preferência por uma determinada marca que tem loja física, ele passa a conhecer a sua modelagem e tem mais facilidade para comprar os produtos também pela internet”, acredita Alessandra Marins, consultora e sócia do Instituto Rio Moda, em entrevista ao site.Mais importante do que a uniformização das medidas é a experiência que se oferece no e-commerce. Atualmente, a tecnologia contribui para aprimorar a compra na internet. Lá fora já é possível, inclusive, ver as peças em uma espécie da avatar que retrata o consumidor, facilitando a escolha. No Brasil, o e-commerce de moda caminha a passos mais lentos, mas tem recebido investimentos maiores nos últimos meses.Marisa: 10 anos de e-commerceAinda sem loja virtual, a Renner planeja entrar no e-commerce nos próximos meses. A estratégia da marca é fundamentada em muita pesquisa e relacionamento com o consumidor. Já a C&A realiza a pré-venda das peças C&A Collection, coleções em parcerias com estilistas brasileiros, como Amir Slama, Reinaldo Lourenço e Isabela Capetto. As marcas têm um concorrente de peso: a Marisa, que completa 10 anos de e-commerce e é uma das pioneiras nesta área. Para acompanhar a evolução do mercado eletrônico, a empresa lançará ainda neste semestre a sua nova loja virtual.Mensalmente, o canal recebe 1,2 milhão de visitantes e é responsável por 0,7% do faturamento da marca, que conta hoje com 226 lojas físicas e um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão em 2009. Entre os atrativos da loja virtual estão as vantagens oferecidas ao cliente Cartão Marisa. “Sabemos que muitos clientes virtuais são clientes Marisa porque boa parte compra com o cartão da loja, que oferece benefícios como promoções, frete grátis, brindes e descontos”, diz Thiago Barros Pereira, Gerente de e-commerce da marca, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Outro diferencial é a integração entre o e-commerce e as lojas físicas. O cliente que compra pela internet pode trocar a mercadoria em qualquer uma das unidades presentes em todos os estados brasileiros. Além disso, toda vez que uma loja é inaugurada no país, o site oferece descontos para os consumidores. Nos pontos-de-venda da marca, os clientes também encontram materiais de divulgação, assim como algumas roupas têm etiquetas que comunicam a loja virtual.
Cantão e Redley oferecem conveniência Desde o final de 2009 na internet, o Cantão e a Redley também preocupam-se com a política de troca. As empresas não só permitem que o cliente troque as peças nas unidades físicas, como – a partir de uma parceria firmada com os Correios – coletam os produtos na casa do consumidor e efetuam a troca gratuitamente.Para oferecer uma experiência de compra agradável e conquistar a confiança dos clientes virtuais, as marcas ainda contam com um guia de medidas para todas as peças e dicas sobre outros produtos para compor o look, além da descrição técnica das peças.Uma vantagem do e-commerce para as empresas é o tíquete médio elevado em relação ao varejo tradicional. Tanto a Marisa quanto o Cantão e a Redley observam uma alta no valor das compras efetuadas em seu canal eletrônico. “No e-commerce, o internauta tem mais tempo para ver as vitrines virtuais e os detalhes das roupas. A loja virtual também oferece mais variedade do que a física, por uma questão de estoque”, aponta Yan Gracindo, Diretor de Novos Negócios do Cantão e da Redley, durante entrevista ao site.Jovens são a maioriaOutra justificativa para o aumento do tíquete médio é o fato de que os consumidores costumam comprar várias peças de uma vez só para pagarem apenas um frete ou, até mesmo, ficarem isentos do valor, como acontece na Marisa. “Nas compras acima de R$ 150,00 a entrega é gratuita para o sul e o sudeste. O frete hoje barra as vendas, por isso o cliente prefere juntar todos os itens numa compra só”, conta o Gerente de e-commerce da empresa.Pereira explica ainda que a loja virtual da Marisa, apesar de ser focada na classe C, assim como as lojas tradicionais, também recebe consumidores com mais poder aquisitivo, interessados nas ofertas. De forma geral, a procura por itens em oferta ou com preços mais baixos é um consenso na internet.O perfil destes consumidores é, em sua maioria, composto por mulheres jovens, especialmente adolescentes, em busca do chamado fast fashion. Ou seja, a moda rápida, que segue tendências, mas não demanda um grande investimento. “Os consumidores já têm vontade de comprar moda pela internet, especialmente a geração mais nova, que acessa sites internacionais e monitora o que as marcas estão lançando. Procuram produtos mais baratos, se não der certo, vendem para a amiga”, compara a consultora Alessandra Marins.A procura dos jovens pela moda na internet leva empresas especializadas neste público a investirem no mercado. Ainda este semestre, a carioca Checklist colocará sua loja virtual no ar, depois de muitos pedidos das consumidoras. Já a Osklen reformula o seu e-commerce nos próximos dois meses. Para os que ainda planejam entrar no mercado virtual, Alessandra dá a dica. “É importante que o site tenha personalidade, transmita o lifestyle, a mesma história e o posicionamento da marca para que o consumidor conheça, identifique-se e deseje”.