domingo, 14 de dezembro de 2008

Consumidores compram menos, mas se esforçam para manter status




A crise mundial pode estar reforçando a atitude do consumidor em países desenvolvidos em preterir algumas categorias às quais não ignoravam em favorecimento de outras. É o chamado “trading up” e “trading down”, conduta que a The Boston Consulting Group (BCG), consultoria em estratégia e gestão empresarial, analisa regularmente há alguns anos em 14 países, quatro deles emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China.
O “trading up” consiste na tendência do comprador por pagar preços mais elevados por produtos com maior valor agregado. Esse tipo de compra movimentou nos Estados Unidos, em 2006, US$ 735 bilhões - ou 21% do consumo total naquele ano. Por outro lado, o “trading down” é a prática de pechinchar em outros segmentos de bens e serviços para compensar o gasto maior em outros, sendo responsável por US$ 1,2 trilhão em compras dos americanos – 51%.
Esses dados levaram as companhias com produtos fora dessa tendência, ou seja, sem produtos com valor agregado ou preço atraente, a se espremerem em um buraco negro cada vez mais estreito: se em 2004 respondiam por 51% do consumo nos Estados Unidos, o número baixou para 46% em 2006.
Comportamento é reflexo de conjuntura sócio econômicaPara entender melhor esse comportamento e servir como referência às marcas, a BCG entrevistou 21 mil consumidores sobre 117 categorias de produtos e traçou o seu comportamento em relação a gastos diários e relação com a natureza, moradia e energia.
O levantamento reforçou a consolidação dessa tendência, que seria guiada de acordo com a conjuntura sócio-econômica global, incluindo aumento da qualidade de vida e educação, a influência da mulher no trabalho e o crescimento do varejo focado em preço baixo.
As categorias escolhidas para o “trading up” são aquelas que agregam maior valor emocional e que os caracterizem dentro da sociedade, expressando seu estilo pessoal. Para isso, são preferidos produtos que continuamente agreguem inovação e alta diferenciação, com a maior parte dos entrevistados escolhendo uma ou duas categorias para essa prática, de forma a transparecer ostentação.
Pesquisa ordenou conceitos de valor dos consumidoresPara compensar o luxo, os consumidores gastam menos em outras categorias não apenas por uma questão de economia, mas também de consciência, já que se vêem gastando sabiamente e sem exageros. As categorias escolhidas pelos consumidores nessa tendência diferem de região para região. Na China, Japão e Russia, fast-foods e lanches então entre os mais citados, enquanto que nos Estados Unidos e Europa, além da própria nação nipônica, são bastante citados serviços postais e de telefonia celular.
O estudo separou os atributos de um produto em ordem de agregação de valor. O menos valorizado, curiosamente, é o preço, seguido de conveniência, embalagem, qualidade, design, entre outros quesitos inerentes ao produto em si. Em seguida vêm a segurança reforçada pela marca do produto, sua consistência e serviços de pós-venda. Já os conceitos mais valorizados são os intangíveis, como sensação de status e influência, seguidos do valor integrado do ponto-de-venda e ações de Marketing no momento da compra.
Crise reforçará o “trading down”Os países emergentes diferem dos países desenvolvidos quanto à propensão de gastos. Enquanto que europeus, japoneses e americanos estão privilegiando compras de “trading down”, os chineses, indianos e russos estão privilegiando compras de “trading up”. O Brasil, por sua vez, se destaca na primeira tendência, o que pode ser explicado, segundo a Boston Consulting Group, por uma preocupação dos brasileiros em relação à economia instável do país, além da preferência por comprar em promoção.
Com a crise, os consumidores se dizem preocupados com a redução do poder de compra, como afirmam mais de 60% dos entrevistados na Europa e no Japão e 44% na Rússia, por causa do aumento no preço dos alimentos e dos combustíveis. Levando isso em conta, a BCG acredita que a prática do “trading down” seja ainda mais reforçada, já que os consumidores vão precisar comprar menos, ao mesmo tempo em que não querem perder status na sociedade.

Pré-sal atrai novos investidores


Marcello Casal /ABr PETROBRAS - Lobão disse que os chineses ofereceram US$ 10 bilhões para investimento na exploração do pré-sal14/12/2008 - Tribuna do Norte Brasília - Chineses, árabes e até as reservas internacionais brasileiras são candidatos a financiar os investimentos da Petrobras na exploração do óleo no chamado pré-sal. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que os chineses ofereceram US$ 10 bilhões. Os Emirados Árabes também acenaram com recursos de seu fundo soberano. Se necessário, acrescentou Lobão, parte das reservas internacionais brasileiras poderão ser emprestadas à Petrobras. “É uma possibilidade. É uma decisão do governo. Se a Petrobras, um dia, vier a precisar, socorreremos com essas reservas. Elas estão lá, paradas”, disse. “Há essa intenção. São reservas que estão lá, à nossa disposição, e que podem ser sacadas a qualquer momento.” Ele assegurou que o volume utilizado não colocaria a economia brasileira em risco. Nos bastidores, Lobão vem defendendo o uso das reservas para financiar o pré-sal desde antes do agravamento da crise internacional, que tornou o crédito mais escasso e caro. A idéia não encontra consenso na área econômica. Porém, segundo o ex-diretor financeiro da Petrobras e ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, ela não é ilegal nem inédita. No final dos anos 1980, a estatal tinha dificuldades em obter dólares para importar petróleo, como reflexo da moratória brasileira de 1987. Para resolver a situação, o BC passou a aplicar parte das reservas nos estatais Banco do Brasil e Banespa, que por sua vez aplicavam os recursos em títulos de dívida emitidos pela petrolífera no exterior. O ministro disse que os estudos técnicos sobre o novo marco regulatório do petróleo, com vista à exploração do pré-sal, estão prontos. Lobão disse acreditar que o plano estratégico da Petrobras será divulgado ainda este ano. “A Petrobras tem um planejamento de US$ 113 bilhões (de investimento). É um planejamento que se atualiza ano a ano”, disse. “Para surpresa dos senhores, até pode ser um planejamento mais alentado, com recursos mais elevados.” A revisão do preço dos combustíveis, disse Lobão, só será feita quando a cotação do petróleo se estabilizar. “Quando o (preço do) petróleo aumentou desordenadamente para US$ 145,00 o barril, não houve elevação do preço aqui. Portanto, quando baixa, agora, é preciso que se tenha calma, para que a Petrobras examine com cuidado esses números todos”, afirmou.Revisão só com petróleo estávelBrasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que só será possível pensar em uma revisão dos preços dos combustíveis no Brasil em razão da redução do preço internacional do petróleo quando este se estabilizar. “Quando o (preço do) petróleo aumentou, desordenadamente, para US$ 145,00 o barril, não houve elevação do preço aqui. Portanto, quando baixa, agora, é preciso que se tenha calma, para que a Petrobrás examine com cuidado esses números todos”, afirmou Lobão. A cotação internacional do petróleo, na semana passada, esteve em torno de US$ 41,00. O ministro disse acreditar que chegará um momento em que o preço se estabilizará. “É nesse momento que a Petrobrás terá que se manifestar. Mas, enquanto o preço estiver subindo e descendo, é cedo. Além do mais, os preços aqui não sobem há três anos. Por que baixar agora?”, disse o ministro. Ao ser lembrado de que, no ano passado, houve aumento no preço dos combustíveis no País, o ministro afirmou: “No ano passado, não foi aumento. Foi uma pequena compensação, e o consumidor sequer pagou.”

domingo, 12 de outubro de 2008

O que a crise tem a ver com você



12/10/2008 - Tribuna do Norte Vinícius Albuquerque - Repórter
Enquanto especialistas de todo mundo tentam iluminar o escuro buraco que se formou na economia mundial e enxergar o fundo de uma crise que afeta bolsas de valores e caixas de governo, o consumidor comum torce o nariz diante das notícias que parecem ter pouco a ver com ele. Porém, apesar de declarações negando que o Brasil sofreria com a recessão, ela já chegou ao país. E não atingiu só na Bovespa (a bolsa de valores de São Paulo, a maior da América Latina); está no dia-a-dia, mais perto do que se pode imaginar. Do pão francês com margarina do café-da-manhã, passando pelo carro financiado e até mesmo na viagem de férias, todo o consumo pode sofrer as implicações das mudanças que se anunciam.O presidente Lula até tentou tirar o Brasil do jogo mundial da globalização: “Crise? Pergunte ao Bush”, afirmou em uma de suas entrevistas. Em seguida, afirmou que os efeitos no país seriam “quase imperceptíveis”. Por fim, declarou que a crise era “séria e profunda”. O economista Zivanilson Silva, especialista na área de globalização, condena a postura: “Não se pode dizer que o Brasil está blindado da crise internacional”. Ele explica que o país será sim influenciado pela recessão mundial. E os problemas chegam ao consumidor comum – aquele que não investe em ações, mas que está atento ao preço do feijão na prateleira do supermercado - embora ele não perceba ou não relacione alguns acontecimentos com a conjuntura internacional.Silva explica que o primeiro afetado será o crédito, o que de fato já está acontecendo. Isso atinge principalmente as compras de eletrodomésticos, imóveis, veículos e outros produtos que explodiram em consumo nos últimos meses graças ao “milagre econômico”. Outra mudança é com relação aos prazos das prestações. “A quantidade de parcelas começam a ser cada vez menores para evitar riscos”. Os juros também estão aumentando, fator que tem sido percebido, principalmente, no comércio de automóveis.Mesmo assim o diretor regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave RN), Tomás Filho, diz que ainda é cedo para fazer qualquer análise. “O mercado ainda está especulativo, tem muita coisa acontecendo e as pessoas têm muito medo do que vem pela frente”. Segundo ele, alguns bancos já subiram a tabela de juros que atualmente são praticados de 1,6% a 2% ao mês. As prestações passaram de 72 para 60 meses. “Isso já vinha acontecendo há uns quatro meses, por reflexo de outras situações. Não sabemos dizer quais serão os efeitos daqui há duas semanas”.
DólarDurante meses seguidos, a moeda americana em baixa viveu uma depreciação em relação ao Real. O dólar chegou a patamares abaixo de R$ 1,70 provocando euforia de compras de importados que ficaram com preços mais baratos. Porém, a festa do consumo acabou há algumas semanas. O câmbio voltou a subir e, na data de fechamento desta edição, chegou a R$ 2,30.Por isso, quem quer comprar artigos como MP3 players e notebooks precisará correr se quiser encontrar produtos ainda com um bom preço. Não se sabe em quanto tempo, mas os importados fatalmente voltarão a subir.O abalo não será apenas nos eletrônicos. Alimentos comuns no dia-a-dia poderão ter variações positivas de preço. É o caso do pão francês e a margarina, visto que 50% do trigo consumido pelo país – matéria-prima destes dois produtos - é importado. Os moinhos já deram sinais de preocupação esta semana, mas a representação local do Sindicato da Indústria de Panificação no Estado (Sindipan RN) diz que ainda é muito prematuro para falar em alterações no preço. “O setor vive um momento de instabilidade. Com a crise monetária internacional e a alta do dólar, vários insumos da panificação devem sofrer reajustes. Não sabemos até quando essa situação irá se prolongar, por isso devemos nos preparar para superar esses desafios”, informou o presidente da entidade, Evandro Galdino, através de sua assessoria de imprensa.Clima é de incertezas, dizem especialistasMesmo observando que a crise já está presente e provoca mudanças no cotidiano de compras, o economista Zivanilson Silva explica que é ainda não é possível prever quando chegaremos ao fundo da crise. Ou seja, este momento que já assusta os mercados pode não ser o pior. “Podemos chegar a uma recessão semelhante a de 1929”, cita lembrando a quebra das bolsas de Nova York que, de tão marcante, virou assunto hoje dos livros de História.O consultor Renato Garcia, da RGarcia Consultoria, também destaca que este é um momento de incertezas. “Não é possível prever até onde a crise se estenderá. Na verdade, só há uma certeza neste momento: todas as previsões se mostrarão erradas”. Ele explica que, a razão para que tudo ainda esteja em um campo obscuro, é que as medidas tomadas pelos governos e bancos centrais mundiais levarão tempo para surtir efeito. “Como essa crise é inédita, ninguém realmente sabe quanto tempo levará”.Ele faz também outra análise sobre o efeito para os empresários. “O crédito será afetado pela escassez de dinheiro na praça e pelo alto custo desse dinheiro. Portanto, com o crédito para o consumo mais escasso e caro, as vendas cairão trazendo as conseqüências previsíveis”.
CuidadoRenato recomenda ao consumidor cautela. “Esta postura é sempre a melhor nesse momento. Novos endividamentos são desaconselháveis, mas os investimentos previstos não devem ser revistos até que o cenário econômico geral fique mais claro”.Zivanilson Silva também orienta um caminho de prudência. Para quem gostaria de financiar um carro ou comprar um produto a prazo, ele sugere uma boa entrada, para reduzir as prestações que já ficarão altas com a diminuição do número de parcelas.Alimentos sofrerão com a criseObservar o andamento dos preços nas prateleiras do supermercado pode ser um bom exercício para quem quiser evitar que a crise econômica atinja o orçamento familiar. A repercussão dos problemas mundiais ainda não foi observada de maneira explosiva no varejo, mas pode chegar nas próximas semanas. Para o diretor comercial da Rede Mais, Eugênio Medeiros, se houverem as alterações nos preços poderão vir em cerca de 30 dias.“Por enquanto, não observamos nenhuma mudança e nem sabemos se ela virá. Pessoalmente, acredito que haverá uma repercussão”, declara. Medeiros explica que, pelo fato do setor trabalhar com estoques, a alteração não deve ser súbita. Um ponto importante que deve ser observado é que os produtos da cesta básica – segundo pesquisa do Procon Municipal – vêm aumentando nas últimas semanas e já acumulam alta de 2,18% em 30 dias.Porém, Eugênio Medeiros argumenta que o fenômeno da alta dos produtos não é de hoje. “Há uma crise dos alimentos mundial onde faltam produtos como soja, trigo e arroz, por exemplo. As produções não acompanham o consumo e preço sobe. O que estamos vendo é que, com o problema nos Estados Unidos, isso pode continuar”.Ele revela que nesta semana, os fornecedores já sinalizaram com aumentos no preço da carne. O reajuste já era esperado, mas o diretor comercial da Rede Mais declara que não é possível avaliar até onde a mudança tem ligação com a crise. Entretanto, ele é categórico: “a não ser que o mercado se recupere rapidamente, como os governos estão esperando, os alimentos vão sofrer”.
Comércio exteriorO efeito mais imediato deve vir para os produtos importados. O empresário anuncia que, se a situação se prolongar, provavelmente a mesa da ceia de Natal estará mais cara este ano. Itens como bacalhau, vinhos, azeites e frutas compradas no exterior, certamente, estarão mais caros com o dólar valorizado.Por outro lado, itens que o Brasil costuma exportar para os Estados Unidos como sucos, castanha de caju e lagostas poderão ter o preço reduzido, favorecendo o consumidor brasileiro. Isso ocorre também com outros itens da pauta de exportações e é provocado porque muitos empresários que exportam já começaram a perceber a retração do mercado externo em todo mundo. Para não terem prejuízo estão vendendo seus produtos no mercado interno, deixando-os no mesmo patamar de artigos mais básicos. O fenômeno já vem ocorrendo em alguns estados, mas ainda não foi observado aqui no estado, segundo Eugênio Medeiros.Viagens para o exterior são antecipadasCom a escalada rápida do dólar, viajar para o exterior pode deixar de ser uma das novas conquistas da classe média brasileira. O valor do câmbio em alta está deixando as viagens menos atrativas a cada dia que se passa. Mas, ao contrário do que se esperava um movimento intenso tem sido registrado nas agências de viagem nas últimas semanas. Isso porque, para fugir de preços ainda mais altos, os turistas estão apressando a compra dos pacotes.A presidente da regional da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav RN), Ana Carolina Costa, declara que o brasileiro tem memória curta. “No ano passado, nessa mesma época, o dólar estava em torno de R$ 2,08. O que aconteceu é que a moeda caiu muito nesse ano e as pessoas se assustaram com alta súbita”. Ela confirma a “corrida” dos interessados às agências, além dos indecisos que – temendo novas altas – estão cancelando os planos de viajar.Ana Carolina diz que a torcida dos empresários é para que a moeda não continue a aumentar. Ela relata que, mesmo com a crise, o mercado turístico no Nordeste voltou a ter atrativos para quem deseja conhecer a terra do Tio Sam. Recentemente, dois vôos das empresas American Airlines e Delta tiveram a confirmação de que voltarão a operar em Recife e Fortaleza. “São vôos diretos para os Estados Unidos que o Nordeste tinha perdido e voltam em novembro e dezembro”, afirma a presidente da Abav. Outra mudança é que o Consulado americano aumentou o número de diplomatas no órgão para atender a grande demanda de brasileiros que estão viajando par aos EUA. De acordo com Ana Carolina, também está se cogitando aumentar a validade dos vistos de cinco para dez anos. Caso haja quedas, ela explica que as agências terão prejuízo com o turismo internacional. Desde a queda do dólar, houve um incremento de 30% no setor de pacotes turísticos internacionais. “Não acredito que se tiver algum prejuízo seja na mesma proporção. Ainda tem preços bons para viajar”, avalia.

domingo, 21 de setembro de 2008

Motivação para melhorar o Call Center


O segmento de Call Center sofreu diversas alterações legislativas impostas pelo Governo, que visam melhorar o atendimento ao público, que reclama constantemente deste serviço hoje oferecido por empresas de diversos setores. Para alguns especialistas e profissionais de Call Center, as companhias deste setor precisam buscar a diferenciação na equipe, através da motivação dos seus operadores.
Por isso, a Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) realizou um evento no Rio de Janeiro para incentivar e ressaltar a importância da liderança nos Call Centers. O objetivo do encontro foi demonstrar que a prática é bastante diferente da teoria de que o operador e as empresas de Call Center estão sendo valorizados cada vez mais.
Com o crescimento de profissionais buscando o primeiro emprego nesta área, o Call Center acompanha a demanda por serviços de atendimento ao cliente. Mas ainda é necessário não só treinar os operadores, mas também motivá-los para que o atendimento e a imagem do Telemarketing saiam do gerúndio e cheguem ao presente com qualidade e adequadamente valorizado.
Motivar X DesmotivarEm um ambiente onde é preciso paciência e concentração para dar informações corretas ao consumidor, o contraste se dá por conta dos diversos profissionais de primeira viagem que recebem esta responsabilidade. Para conduzi-los de forma correta e ainda buscar o diferencial no atendimento, o papel principal do líder é motivar a sua equipe.
De acordo com Fernanda Louzada, gerente de relacionamento com o cliente da Casa & Vídeo, este profissional é responsável por entender porque alguns atendentes não cooperam tanto quanto outros. Ele deve motivar e lidar com diferentes personalidades de forma linear e objetiva. “A motivação nasce na necessidade, mas o líder precisa estimular e provocar a motivação dos profissionais mostrando o significado do trabalho deles e desafiando-os constantemente”, acredita Fernanda.
Uma das maneiras de motivar os operadores é através do que a empresa oferece. Benefícios, determinar o papel social de cada um em uma organização e na sociedade, reconhecer o trabalho e criar desafios são as propostas mais comuns. Porém, nem sempre estes atributos são divulgados ou reconhecidos em uma operação de Call Center. Quando isso acontece, a motivação do operador termina como uma ligação por engano. “Não reconhecer o trabalho, ignorar o desempenho da equipe ou não ter tempo para escutar estes profissionais gera o resultado inverso”, diz Fernanda.
::Dia Diferente Casa & Vídeo::A rede de varejo de eletroeletrônicos do Rio de Janeiro promove o Dia Diferente com o objetivo de integrar os funcionários e descontrair o ambiente de trabalho. Máscaras, óculos, brega e peruca foram alguns dos temas do Dia Diferente onde o funcionário mais original ganha uma folga no mês. A companhia oferece ainda o Dia do Envolvimento, onde a gerente Fernanda Louzada faz reunião no último dia de cada mês com os funcionários para envolvê-los nas estratégias e objetivos da Casa & Vídeo.Maiores salários e planos de carreiraNa Casa & Vídeo, Fernanda Louzada participou da aplicação de ações de envolvimento para melhorar o ambiente entre os funcionários e, conseqüentemente, os resultados da operação. Segundo a executiva, compartilhar a missão, visão e valores da empresa com os agentes – tarefa que pode parecer simples e pouco representativa para motivar – tem grande impacto se inserida no contexto do trabalho. “Relacionamos a estratégia da empresa com a visão da Casa & Vídeo, além de reuniões com os agentes para identificar melhorias necessárias”, conta.
A estratégia de envolver o colaborador com as causas e objetivos da empresa agregou algumas ações comuns ao setor como comemorações em datas especiais do calendário e aniversariantes do mês, decoração do ambiente de trabalho, entre outras. Mesmo assim, ainda não havia algo realmente diferente do que já é apresentado nos Call Centers atualmente.
A partir daí, a Casa & Vídeo começou a rever a política salarial da empresa, que estava abaixo do mercado. “Esta foi uma das formas que encontramos para diminuir a rotatividade de funcionários na empresa, além dos planos de carreira desenvolvidos para os agentes”, avalia Fernanda.
Pensar fora da caixaDesafiar o que está estabelecido pode parecer ousadia se aplicada ao dia-a-dia de uma empresa. Porém, no serviço de Call Center pode gerar grande impacto e novos caminhos. “Uma instituição financeira usa a URA - vista com desprezo por muitos consumidores – para fechar empréstimos com pessoas que não querem explicar o motivo para pegar empréstimo. Isto é pensar fora da caixa”, aponta Jefrey Costa, professor de Marketing Direto, Call Center, Relacionamento, Atendimento a Clientes e Negociação da FGV, Estácio de Sá e IBMEC.
De acordo com Costa, existem cinco princípios que fazem de um executivo um verdadeiro líder. “É preciso ter também uma visão do futuro, dar liberdade para os agentes sugerirem melhorias, mostrar para eles o caminho certo a seguir na empresa e despertar a motivação que já existe dentro destas pessoas”, resume o Diretor de regionais da Abemd.
Benefício educacional como motivaçãoHá oito anos atuando no Brasil, a Contax se tornou uma das principais empresas empregadoras de Call Center, atingindo aproximadamente 67 mil empregos em diferentes regiões do país. Atualmente, a empresa é sustentada por três pilares básicos. “Capacitação e desenvolvimento de profissionais para outros cargos na empresa, gestão de desempenho, motivação e engajamento”, ressalta Anna Letícia Azevedo, Gerente de RH da Contax.
A Contax também desenvolve programas para que seus colaboradores percebam o seu valor na equipe e não migrem de uma empresa para outra como normalmente acontece neste setor. Evoluir Contax, Degrau Contax Apareça e Cresça, Programa Crescer e Trilha Contax fazem parte da estratégia de motivação para seus funcionários.
O Programa Crescer oferece aos agentes de Call Center a oportunidade de ingressar em uma faculdade através de cursos relacionados ao trabalho desenvolvido na Contax. “Patrocinamos cursos universitários para supervisores e atendentes que se destacam na empresa. Temos parceria com a Estácio de Sá no Rio de Janeiro e com a Universidade Nove de Julho (Uninove) em São Paulo. Este ano temos 650 alunos participando”, diz Anna Letícia.

Plano do pré-sal sai em dezembro


Divulgação / Steferson FariaPETROBRAS - José Formigli21/09/2008 - Tribuna do Norte
Rio - A Petrobras lançará em dezembro um plano diretor para a área do pré-sal na Bacia de Santos, que definirá todo o sistema logístico e de escoamento do petróleo e gás produzidos na região. No caso do gás, disse o gerente executivo do pré-sal da companhia, José Formigli, a tendência é que a companhia combine o uso de gasodutos com a produção de gás natural liquefeito nas plataformas de produção, alternativa que garante maior flexibilidade no transporte do produto. Ele apresentou o cronograma de avaliação das oito descobertas da região, segundo negociações que estão sendo finalizadas com a Agência Nacional do Petróleo (ANP): Tupi, com reservas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris, tem de ser avaliado até dezembro de 2010; Carioca, até 2011; e Júpiter, no ano seguinte. Já os projetos Guará e Caramba têm prazo até 2012. Os três únicos planos de avaliação ainda não aprovados pela agência, Bem-te-vi, Iara e Júpiter, devem ser concluídos em 2014. Na fase de avaliação, o concessionário ganha prazo para aprofundar os estudos sobre o potencial das reservas, com a perfuração de poços ou a produção em fase de testes. A estatal já encomendou quatro plataformas projetos-piloto nas descobertas. Duas serão colocadas em Tupi. As duas restantes dependem ainda de negociações com os sócios. Além disso, anunciou a encomenda de oito plataformas de produção, com capacidade para até 120 mil barris por dia cada. Os locais onde serão instaladas também não foram definidos, disse Formigli. Segundo o executivo, todas estarão operando até 2017, ano considerado chave para os projetos do pré-sal em Santos. É nesse ano que a empresa pretende concluir a fase 1A de desenvolvimento das jazidas, quando terá uma capacidade instalada de 1,26 milhão de barris por dia. Formigli afirmou, porém, que a produção não estará neste nível, pois há declínio natural na produção. Para a fase 1B, além de 2017, a companhia ainda avalia novas tecnologias de produção e escoamento, que serão divulgadas no plano diretor. Formigli, no entanto, afirmou que o plano deve ser revisto anualmente, de acordo com os resultados obtidos pela avaliação dos projetos. A primeira fase de produção, disse, será fundamental para conhecermos o comportamento dos reservatórios: qual a taxa de declínio da produção, quais os tipos de fluido que produzem, dentre outros fatores. Um grande desafio, segundo o executivo, são as altas taxas de gás carbônico (CO2) encontradas nos reservatórios. “Misturado à água, o CO2 vira ácido carbônico, que é altamente corrosivo”, explicou. Por isso, a companhia já estuda com os fabricantes de dutos o desenvolvimento de novos materiais mais resistentes à corrosão. O CO2 extraído junto ao óleo ganhará um “destino verde”, nas palavras de Formigli. “Uma das alternativas é reinjetar nos poços. Não queremos lançá-lo na atmosfera.” Os primeiros dados sobre produção na região serão divulgados com o planejamento estratégico da companhia, previsto para as próximas semanas. A Petrobras montou um grupo para avaliar o pré-sal de forma global, desde a produção até o refino e comercialização do petróleo e gás produzidos. Parte do gás será escoada por gasoduto até a plataforma de Mexilhão, alçada ao posto de “hub” (centro) da produção de gás na porção norte de Santos e ao sul de Campos. Outra parte deve ser transformada em GNL ou combustíveis (tecnologia conhecida como “gas to liquids”) nas plataformas. Um primeiro gasoduto, ligando Tupi a Mexilhão, já foi projetado, com capacidade de 10 milhões de metros cúbicos por dia. Nova estatal para o pré-sal será menor que a PetrobrasBrasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a nova estatal que o governo pretende criar para explorar óleo na camada pré-sal não terá o tamanho da Petrobras. Em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, ele avaliou que a empresa teria cerca de 60 funcionários, como na Noruega. “Quando falamos em empresa estatal, não queremos criar uma outra Petrobras”, ressaltou. “É um fundo, uma pequena empresa.” Embora tenha ponderado que ainda não decidiu sobre a criação da empresa, Lula disse que a nova estatal atuará na venda e na negociação do preço do petróleo. “É essa empresa que vende o petróleo, essa empresa que negocia o preço do petróleo. É isso o que nós poderemos fazer”, afirmou. “Não está certo ainda porque eu não recebi a proposta”, completou, referindo-se ao estudo que está sendo preparado por um grupo de ministros sobre a melhor forma de explorar o óleo em campos profundos. Segundo fontes, no último encontro com os governadores do Rio, Sérgio Cabral, do Espírito Santos, Paulo Hartung, e de Sergipe, Marcelo Déda, na semana passada, o presidente disse que tinha desistido de criação de uma nova empresa estatal. Entenda o que é a camada pré-salJacson Damasceno - RepórterNo início deste mês, o presidente Lula iniciou a produção do primeiro óleo da camada pré-sal, no campo de Jubarte, no Espírito Santo. A gigantesca descoberta da Petrobras, em tempos de crise energética em todo o mundo, deu início a intermináveis discussões nos campos dos recursos energéticos, economia e política. No Rio Grande do Norte, as trocas de idéias também já estão sendo fomentadas, mas seguramente grande parte da população ainda não sabe o que vem a ser a tão falada camada pré-sal, muito menos o que o petróleo e o gás depositados nela podem significar para o país. Uma reserva já encontrada, mas que cujas dimensões ainda não foram completamente definidas pelos especialistas. Se estendendo do Espírito Santo até Santa Catarina, a camada pré-sal está a mais de 7 mil metros de profundidade, tendo cerca de 800km de extensão por 200km de largura. O reservatório está abaixo de uma camada de sal, que, por sua vez, se encontra abaixo do leito oceânico. Sua capacidade total ainda é estudada, mas crê-se que esteja entre 70 bilhões e 100 bilhões de barris de petróleo. Só para se ter uma idéia, em 55 anos de existência a Petrobras explorou em todo o país algo em torno de 14 bilhões de petróleo. A exploração da pré-sal deve estar consolidada em nove anos. A expectativa é de que poderão ser retirados, por dia, cerca de dois milhões de barris. Atualmente a produção é de 1,8 milhão de barris/dia em todas as outras reservas do país.Levando-se em conta o preço do barril, de US$ 110, fazendo as contas, chega-se a uma lucratividade de US$ 200 milhões, a cada dia, ou cerca de R$ 400 milhões, para arredondar. Tudo isso se o Brasil vendesse aos outros países o óleo bruto, antes de transformá-lo nas dezenas de outros produtos derivados. Nesta rápida explanação, fica fácil perceber porque o petróleo do pré-sal pode elevar o Brasil à categoria de principais exportadores do mundo. Atualmente, o país sequer produz para seu próprio consumo, importando entre 200 mil e 300 mil barris por dia. Fica fácil entender também porque a recente descoberta da Petrobras está rendendo tantas discussões.O petróleo retirado no Rio Grande do Norte vem da Bacia Potiguar, mais tardia que a formação da camada recém- descoberta entre os litorais do Espírito Santo e Santa Catarina. Mesmo assim, com a quantidade de barris retirados da grande reserva, refinarias pequenas como a de Guamaré podem operar exclusivamente com a produção local. Para o diretor da Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Geraldo Pinto, o “Geraldão”, é hora de a discussão sair somente das rodas entre especialistas e vir para as das classes de trabalhadores. “Estão acostumados a somente discutir a pobreza. Agora é hora de discutir a riqueza. Discutir o quanto a camada pré-sal é importante para o Brasil”, disse Geraldão, que também é gerente e geofísico da Petrobras.O subsolo é patrimônio da União, e atualmente, a Petrobras atua na prospecção, isto é, na pesquisa sobre a existência dos poços, e após as descobertas leiloa o direito à perfuração a grandes empresas, algumas estrangeiras. Mas no caso do pré-sal, Geraldão defende que a exploração seja feita somente pela própria Petrobras. “Tem que gritar que o petróleo é nosso de novo. É uma questão de segurança nacional. Defendemos que a reserva seja explorada pela Petrobras e que o financiamento seja público”, disse o diretor da Potigás. O Governo Federal já retirou a camada do pré-sal do leilão, e agora estuda como ela deverá ser explorada. Está sendo ventilada a possibilidade da criação de uma nova estatal, somente para a nova produção. Uma grande reservaA camada pré-sal é uma reserva de petróleo e gás natural localizada entre 7 mil e 8 mil metros de profundidade, em uma faixa de 800km de extensão por 200km de largura, que se estende entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina. Leva tal nome por ter sido formada abaixo de uma extensa camada de sal, localizando-se abaixo dela na estratificação. As estimativas sobre a capacidade da camada pré-sal ainda são imprecisas. Mas especialistas dizem que a produção deverá ser plena daqui a nove anos, e poderão ser retirados de lá 2 milhões de barris de óleo por dia. O que equivaleria a uma lucratividade de R$ 400 milhões a cada dia de produção, isso levando-se em conta o preço do óleo bruto sem beneficiamento.

domingo, 14 de setembro de 2008

Natal é premiada com medalha de ouro pela Aviesp


DivulgaçãoPREMIAÇÃO - Presedente da Aviesp, William Alberico fez entrega da medalha de ouro ao secretário Fernando Bezerril14/09/2008 - Tribuna do Norte Natal ganhou medalha de ouro da Aviesp (Associação das Agências de Viagem do Interior de São Paulo) como melhor destinação turística do Brasil. O prêmio foi entregue esta semana em solenidade no teatro do Hotel Transamérica, em São Paulo. O secretário de Turismo de Natal, Fernando Bezerril, recebeu a distinção e aproveitou o momento para divulgar o “Natal em Natal”. Para Bezerril a distinção dada a Natal representa todo o trabalho desenvolvido pelo prefeito Carlos Eduardo com apoio da governadora Wilma de Faria que vem realizado obras de infra-estrutura o que deixa a cidade aprazível para receber os turistas nacionais e estrangeiros. Bezerril destacou ainda as promoções de divulgação realizada pelas secretarias estadual e de municipal de turismo. “Natal está presente em todos os eventos nacionais e internacionais, além da participação maciça do empresariado que comparece e reforça a divulgação da cidade”. Estiveram presentes à entrega do prêmio, entre outros, o presidente da holding CVC, Guilherme Paulus; o presidente da rede Blue Tree, Mário Lúcio; o diretor da American Airlines no Brasil, Dílson Verçosa; o presidente da Tam, David Barione; o diretor da Tap no Brasil, Mário Carvalho; e o diretor da Gol Linhas Aéreas, Tarcísio Gaglione, além de outros presidentes de redes hoteleiras, secretários de Turismo, operadores, agentes de viagem e jornalistas de turismo. Apenas duas instituições receberam medalha de ouro (notas entre 9 e 10): o destino Natal e a Iberostar Hotels & Resorts. Os demais premiados ganharam medalha de prata. A escolha ficou a cargo das agências de viagem do interior paulista, que são o segundo maior pólo emissor para Natal, atrás apenas da capital paulista.O presidente da Aviesp, William Alberico, que reúne mais de 300 agências de turismo do interior de São Paulo ressaltou na ocasião a importância de Natal para o turismo nacional, já que se trata de um dos destinos mais preparados para a atividade turística, segundo ele. A decoração do teatro do Hotel Transamérica exibiu vários painéis de Natal, com destaque para a logomarca da Prefeitura de Natal.

sábado, 13 de setembro de 2008

Elsève explora pesquisas como estratégia de lançamento de produtos



A busca pela mensuração de resultados no Marketing é feita com cada vez mais detalhes e cuidados. A meta é interpretar de forma correta e eficaz para que a leitura seja informativa e confiável. A pesquisa de mercado ainda é o carro-chefe nas estratégias de lançamento de produtos ou para mensurar o retorno de uma campanha ou ação de Marketing.
A Elsève lançou um produto para o público feminino controlar o volume dos cabelos e, para tratar deste tema, a empresa estruturou a comunicação para que não se falasse mais desta característica capilar como um problema. Uma das atitudes que pode ter sido decisiva para o sucesso da campanha foi denominar este tipo de cabelo como volumosos e não “cabelos secos ou quebradiços”.
O produto Volume-Control foi lançado pela empresa com o mote “Liberte-se do elástico” e atingiu o público com ações de Marketing digital, pontos-de-venda e principalmente em mídias de massa como a TV, impressos e também nas mídias exteriores. A pesquisa esteve presente em todos os momentos, principalmente antes do produto chegar às gôndolas.
PDV e Internet como fonte de pesquisaApesar de a TV ser uma grande impulsionadora de vendas de muitos produtos, as mulheres têm mais facilidade em consumidor no ponto-de-venda. O aprimoramento das gôndolas e a ajuda da tecnologia fizeram do PDV um lugar onde as mulheres testam os produtos.
“No ponto-de-venda a mulher tem uma interatividade maior porque ela pode pegar o produto, cheirar, ler as referências e imaginar como vai ficar no cabelo dela. Por isso, é importante destacar o PDV”, aponta Alessandra Orgler, gerente de Pesquisa de Mercado da L'Óreal em entrevista ao Mundo do Marketing.
Na Internet, o Volume-Control ofereceu uma ação que premiou as consumidoras que participaram de um concurso. “A frase mais criativa sobre como controlar o volume do cabelo foi premiada. Esta estratégia foi importante para o lançamento assim como usar como porta-voz da marca a modelo e atriz Alinne Moraes”, conta Paula Neherer, gerente de Inteligência de Mercado da L'Óreal durante o V Fórum ABA Rio de Pesquisa, no Rio de Janeiro.
Paula Neherer e Alessandra Orgler apresentam os resultados da pesquisa
Estudo leva ao caminho certoO plano de pesquisa para o lançamento do Volume-Control da Elsève foi divido em quatro partes. Três delas foram aplicadas antes do produto chegar ao mercado. “A estratégia era trabalhar o volume dos cabelos e depois partimos para a pesquisa exploratória, que definiu as características, o universo e as referências do target”, diz Paula ao site.
Após estruturar um plano de pesquisa robusto antes de entrar no mercado, a Elsève obteve informações necessárias para minimizar qualquer risco no lançamento. “Fizemos testes de conceito, fórmula, material de comunicação, além das pesquisas de campo qualitativas e quantitativas”, lembra Alessandra.
Além do trabalho de pesquisa elaborado para cada produto, a Elsève investe em estudos sobre o comportamento e o perfil de seu público para cada lançamento. “A cada três anos realizamos pesquisa de hábitos e atitudes. Graças a este estudo sabíamos como era o cabelo destas consumidoras”, explica a gerente de Pesquisa de Mercado da L'Óreal.
Resultados superam expectativasApós o lançamento do Volume-Control a Elsève buscou informações sobre a aceitação do público, a qualidade do produto e entender mais sobre o perfil das usuárias. A pesquisa denominada Call Back avaliou mulheres de 18 a 34 anos, das classes A, B e C, com cabelos rebeldes, secos e com muito volume, cacheados e crespos.
O resultado mostra a eficiência do produto já que, dentro do target, 43% das consumidoras conheciam o Volume-Control, 58% já tinham experimentado o produto e 80% das mulheres que experimentaram disseram que iriam continuar usando, segundo a pesquisa feita pela Elsève.
“Na avaliação que fizemos sobre Overall Liking, ou satisfação total com o produto, o Volume-Control obteve notas maiores que nove de um total de 10. Basta ver que 75% dos consumidores acharam o produto melhor do que o esperado”, diz Paula Neherer.
Minimizar imprevistos e conhecer o mercadoA comunicação com o público foi determinante para causar impacto e penetração do produto no mercado. As mídias mais importantes, segundo Paula, foram as que atingiram o grande público. “Porém, o atributo ‘volume’ foi o principal gancho que resultou no sucesso do lançamento”, avalia a executiva.
A experiência adquirida no mercado de pesquisa fez com que a empresa percebesse a necessidade de inovar e gerar visibilidade para a marca. “Atuamos em um mercado muito dinâmico onde o lançamento de um produto sofre queda de venda e de visibilidade pouco depois de chegar às gôndolas”, diz Alessandra. “Se uma empresa ficar muito tempo sem lançar um produto ou uma ação, a marca perde Market Share em pouco tempo”, completa Paula.
O mais importante em um plano de pesquisa de mercado é saber que não é possível minimizar completamente os imprevistos de um lançamento. “Se tivéssemos mais verba disponível certamente faríamos muito mais coisas, como pesquisa de embalagem, impacto na gôndola, entre outros”, salienta a gerente de Inteligência de Mercado da L'Óreal.
Além do investimento na busca por informações valiosas sobre os consumidores e seus hábitos, a experiência com o mercado também oferece bases ao profissional que desenvolve as pesquisas de mercado. “O mais importante é saber quais são os maiores riscos para então dar o passo seguinte. A pesquisa nos ajuda a obter respostas importantes, mas para riscos menos relevantes, o profissional pode decidir através da sua intuição e conhecimento do mercado”, conclui Alessandra Orgler.

Cesta básica natalense de supermercados volta a subir


Elisa ElsiePROCON - Consumidor voltou a pagar mais pela cesta básica nos supermercados e hipermercados13/09/2008 - Tribuna do Norte
Depois de três semanas seguidas em queda, o preço da cesta básica natalense voltou a aumentar em setembro. Em comparação com a última semana de agosto, a lista de produtos – que está custando R$ 314,34 – aumentou R$ 7,65. Este é o resultado do levantamento do Procon Municipal sobre a segunda semana deste mês. Em comparação com o período anterior, o preço da cesta subiu, em média, 1,4%. Esta é a segunda variação positiva registrada pelo órgão em setembro.O Procon analisa uma lista de 40 itens considerados básicos entre alimentação e limpeza. Destes, 25 subiram esta semana, 14 sofreram redução e um (sal refinado) se manteve estável. O levantamento é feito em seis supermercados e seis hipermercados da capital. O trabalho toma como base o consumo mensal de uma família de seis pessoas (quatro adultos e duas crianças). Na semana passada, a cesta estava cotada em R$ 310,00, passando para R$ 314,34. Os produtos industrializados e semi-elaborados subiram 1,29% (média), os hortifrútis subiram 1,14% e os produtos de higiene e limpeza, 3,39%. Mas o aumento geral foi impulsionado pelo setor de frutas, legumes e verduras. Uma grande variação foi observada também no preço de dois produtos de limpeza e higiene: o detergente líquido e o sabonete comum. Estes itens tiveram uma elevação de 12,1% e 9,7%, respectivamente.Ainda no rol de produtos que tiveram variações positivas estão os industrializados e semi-elaborados. A farinha de mandioca aumentou 6,0%. Já o arroz agulhinha tipo 2 3,3%. Em seguida vêm o pão francês (3,2%), café moído (2,9%) e biscoito cream cracker (2,7%).Por outro lado, as maiores reduções foram observadas no jerimum leite (14,3%), cebola pera (13,6%) e batata doce (12,5%). Depois vêm o filé de merluza (6%), biscoito de maizena (5,3%) e açúcar cristalizado (3,4%).A diferença percentual entre o maior e o menor valor da cesta básica dentre os estabelecimentos pesquisados é de 25%. Nesta semana o custo da cesta básica estava 15,2% mais caro nos hipermercados (R$ 336,65) do que nos supermercados (R$ 292,17).

domingo, 7 de setembro de 2008

Negociações de reajustes salariais são favoráveis para trabalhadores


Trabalhadores tiveram reajustes superiores a variação do INPC07/09/2008 - Tribuna do Norte As negociações de reajustes salariais no Rio Grande do Norte apresentam um cenário favorável para os trabalhadores. De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), 62,6% dos 16 acordos registrados no primeiro semestre deste ano conseguiram recompor as perdas acumuladas desde a última data-base. Estes reajustes são iguais ou superiores à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) medido pelo IBGE.No entanto, o resultado do estudo – denominado Balanço das negociações dos reajustes salariais no primeiro semestre de 2008 - ficou abaixo do verificado nas negociações firmadas no ano passado. Em 2007, 90% dos reajustes representaram situação favorável para os trabalhadores potiguares.A situação local segue uma tendência do país. Em nível nacional, entre janeiro e junho de 2008, 85,8% dos reajustes asseguraram, no mínimo, a recomposição da inflação acumulada, segundo o INPC-IBGE. O resultado foi inferior ao apurado nas negociações salariais firmadas nos primeiros semestres dos últimos dois anos. Neles, foram registrados percentuais de 96,5% (2006) e 96,6% (2007). Ainda assim, o Dieese considera o patamar mais favorável do que o verificado no período compreendido entre 1996 e 2004. Isso porque neste período a média dos 80% não foi transposta em nenhum momento. Segundo a análise do Dieese, o resultado favorável da pesquisa é reflexo “do crescimento econômico, expansão do nível de emprego e inflação controlada”. O cenário acaba por influenciar no poder de barganha das entidades sindicais.Nos últimos anos, os trabalhadores brasileiros têm gozado de um cenário favorável à negociação coletiva, que resulta, principalmente, do crescimento econômico, expansão no nível de emprego e inflação controlada, num contexto político democrático. A soma desses fatores, entre outros particulares a cada setor, segmento ou categoria profissional, tem influído no crescimento do poder de barganha das entidades sindicais de trabalhadores e se reflete nos bons resultados dos balanços de reajustes salariais publicados pelo Departamento.Com o repique inflacionário observado nos últimos meses, as negociações salariais foram afetadas, embora, como os dados revelam, não intensamente. No entanto, qualquer análise com pretensão a projetar linhas de tendências de médio e longo prazo é precipitada, dada a ainda recente manifestação do fenômeno e o desconhecimento sobre a sua extensão e durabilidade. Sabe-se que a aceleração dos preços é um fenômeno mundial e tem afetado somente parte das mercadorias comercializadas. Porém, se é um fenômeno de longa duração ou quanto e como afetará os países, em conjunto e individualmente, isto ainda é incerto. Mesmo assim, a comparação entre os resultados dos primeiros semestres de 1996 a 2008 revela que o presente ano.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Consumidor brasileiro culpa empresas e governo pela pirataria


O problema da falsificação de produtos e a percepção do consumidor brasileiro nessa questão foi tema de uma pesquisa elaborada pelo Instituto Akatu, entidade especializada no consumo consciente. O levantamento, patrocinado pela Microsoft, dá voz aos consumidores desses produtos, que desprezam ações anti-pirataria por não confiarem em empresas privadas e instâncias governamentais, a quem culpam e consideram como os verdadeiros responsáveis pelo problema.
A pesquisa levou em conta dados já existentes de duas pesquisas, em especial as realizadas pelo Ibope em 2006, que ouviu 1.715 moradores de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e outra realizada pela Fecomércio no ano passado, em mil residências espalhadas por 70 cidades do país.
A segunda fase consistiu em uma pesquisa qualitativa com homens e mulheres de 18 a 40 anos das classes A, B e C na cidade de São Paulo, entre consumidores comuns e formadores de opinião.
Consumo de produtos piratas cresceu em todas as classes sociaisSegundo dados do Ibope, entre 2005 e 2006 houve um crescimento no consumo de produtos piratas em todas as classes sociais do Brasil. Os números mostram que a classe A passou de 50% para 58%, a classe B saiu de 61% e pulou para 65% enquanto a classe C aumentou de 60% para 68%. Apenas as classes D e E mantiveram patamar estável entre 56% e 57%, respectivamente.
Como resultado, a Akatu constatou que os consumidores sabem que estão comprando produtos ilegais e falsificados associados ao crime organizado e à sonegação de impostos, e que têm conhecimento de que seu consumo prejudica o comércio formal.
Apesar disso, os motivos apontados por eles variam desde o custo benefício até a própria falta de repressão a esse comércio ilegal, com produtos vendidos à luz do dia em lugares públicos, dando a impressão de uma permissão implícita.
Consumidor culpa empresas e governo pelo problemaEles acreditam ainda estar ajudando os camelôs a não seguirem o caminho do roubo como sobrevivência e que os fabricantes, artistas e autores de produtos legais já seriam “muito ricos”, e não seriam afetados por essa prática. Não há ainda uma consciência da relevância de sua compra no alimento do crime organizado, por conta do baixo valor pago em cada mercadoria. O consumidor não se sente o principal culpado pelo problema da pirataria e rejeita campanhas que o acusam pelo problema.
“Para eles, os grandes responsáveis são as instâncias governamentais ao permitirem a entrada, fabricação e comercialização de produtos e não desenvolverem políticas sociais que dêem empregos a todos na economia formal”, explica Débora Rocca, coordenadora de Pesquisas e Métricas do Instituto Akatu, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Eles culpam ainda as empresas e marcas, por praticarem preços inacessíveis e, ao mesmo tempo, estimular o desejo de consumo em ações de Marketing e Publicidade.
Descrença motiva desprezo a ações anti-piratariaSegundo a Akatu, ações voltadas exclusivamente contra a pirataria tendem “a cair no vazio”, devido ao contexto de descrença em instituições governamentais e de iniciativa privada. As marcas devem investir em ações de responsabilidade social para afastar a imagem de empresas focadas apenas em gerar lucro e, desta forma, acabam se distanciando da sociedade.
“Uma campanha anti-pirataria tem mais chances de dar certo se fizer o consumidor refletir, em vez de adotar tom acusatório; se ficar claro que envolve também o governo e as empresas, não deixando o consumidor isolado com a responsabilidade de mudar toda a sociedade”, aconselha Rocca.
Solução pode estar em Responsabilidade SocialA solução pode estar em ações de apoio a camelôs, por mais contraditório que isso possa parecer, para sensibilizar e atrair consumidores. “Isso com certeza daria certo. Não adianta esconder camelôs em becos ou colocarem para trabalhar em fábricas, por exemplo, se eles querem é trabalhar com comércio onde tenha movimento”, explica Suzane Strehlau, professora da ESPM especialista em falsificação de produtos de luxo.
Uma estratégia seria ajudá-los a exercer o comércio de forma legal, seja através do suporte de registro de CNPJ, financiamento de capital de giro ou mesmo na formação de cooperativas.
Outras opções são ações em conjunto com o governo além da simples busca e apreensão de produtos falsificados, como ações junto às fronteiras nacionais de forma a averiguar o valor em nota fiscal de determinado tipo de produto. Se este for muito baixo, é bastante provável que se trate de um artigo pirateado. Strehlau atenta ainda para a importância de valorização da marca, como diferencial importante contra falsificações. “É verdade que a marca encarece o produto, mas as pessoas pagam por isso”, diz a professora.
Brasil ainda não é o pior dos cenáriosO objetivo é fazer com que o Brasil se aproxime dos índices de países desenvolvidos, onde a pirataria é mais branda. Uma pesquisa realizada em 2005 pela Business Softwares Alliance (BSA) sobre o consumo de softwares no mundo, registra índices de 20 a 30% de softwares piratas em países como Japão, Estados Unidos e Bélgica.
Em comparação com outros países da América Latina, no entanto, o cenário brasileiro vence, com índice maior apenas que a Colômbia (57%). Aparecemos também como a nação que menos falsifica softwares no grupo de países emergentes da BRIC - Brasil (64%), Rússia (83%), Índia (72%) e China (86%).

Governo vai fazer nova securitização de royalties do petróleo


Emanuel AmaralOPERAÇÃO - Vagner disse que o governo está em fase de negociação com a CEF e o BB05/09/2008 - Tribuna do Norte Depois de três anos, o governo estadual vai fazer uma nova securitização dos royalties do petróleo. Dentro de 60 dias deverá ser escolhido o banco que vai financiar cerca de R$ 200 milhões para o Estado, mais do que o dobro do valor da primeira operação. O dinheiro será revertido para a construção de estradas.A securitização é uma antecipação de recebíveis. O governo “vende” os royalties e participação especial futuros a serem pagos pela Petrobras; e o banco adianta o valor, cobrando uma taxa para isso. Segundo o secretário de Planejamento do Estado, Vagner Araújo, com o dinheiro em caixa, é possível fazer obras maiores gastando praticamente o mesmo do que se faria aos poucos (e geralmente com menor resolutividade). Agora, o governo está em fase de negociação com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil, procurando a melhor taxa, que deverá ser composta por CDI (Certificados de Depósito Interbancário) mais 1%.Vagner Araújo orgulha-se do fato de que o RN foi o primeiro caso do país em que lançou mão desse instrumento para captar recursos no mercado. A operação foi realizada em 2005, envolvendo R$ 90 milhões. A verba foi utilizada para a recuperação “de uma só vez” de 1,5 mil quilômetros de estradas, como um trecho da BR-117 entre Mossoró e Umarizal.Esse primeiro financiamento durou até o fim da primeira gestão da governadora Wilma de Faria. O que está sendo negociado agora vai durar até o fim desta administração, em 2010. Vagner diz que a expectativa é captar cerca de R$ 200 milhões, que serão destinados a construção de acessos e rodovias. “Se usássemos esse dinheiro à medida que ele chega da Petrobras para manutenção das estradas, gastaríamos mais, reconstruindo e construindo elas, do que fazendo uma obra maior de uma vez”, explica. Além deste modelo ter sido utilizado em estados como Sergipe e Rio de Janeiro depois de 2005, esse movimento do RN poderá ser reproduzido em nível nacional. De acordo com reportagem publicada no jornal Gazeta Mercantil na semana passada, a idéia de securitizar as receitas futuras com royalties de petróleo voltou a ser estudada como possibilidade de financiar a exploração de petróleo das reservas do pré-sal e capitalizar a nova empresa estatal. A idéia é defendida por um grupo da comissão interministerial brasileira do pré-sal, que estuda a possibilidade de lançar títulos lastreados nas receitas geradas com a exploração de petróleo dessas reservas, que seriam garantidos pelo Tesouro.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Usuário terá que pagar R$ 4 para mudar de operadora e manter número de telefone


Diário do Grande ABCO usuário que quiser trocar de operadora de telefonia sem alterar o número terá que pagar uma taxa de R$ 4 à prestadora para a qual está mudando. O valor foi anunciado nesta sexta-feira pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, que explicou o funcionamento da portabilidade numérica.O sistema começa a vigorar em oito regiões na próxima segunda-feira (1º). Sardenberg explicou que o custo da portabilidade é de R$ 4,90, mas a diferença de 90 centavos será absorvida pelas empresas.O presidente disse também que as 12 operadoras que apresentaram mais problemas para efetivar a portabilidade assumiram o compromisso com a Anatel de elaborar medidas internas para casos de falhas técnicas. “Isso nos dá uma tranqüilidade maior e nos permite saber que existe um planejamento das empresas no caso de problemas.”Inicialmente, a portabilidade numérica será implantada nas regiões com código 14 (SP), 17 (SP), 27 (ES), 37 (MG), 43 (PR), 62 (GO), 67 (MS) e 86 (PI). A previsão é que até março de 2009 o sistema esteja disponível em todo o país.

Oeste vira pólo de empregos no RN


Com economia pujante, a região Oeste do Estado abre novas frentes de trabalho 31/08/2008 - Tribuna do Norte Vinícius Albuquerque - Repórter
As vagas estão lá, à espera de quem as ocupe. Mas se, por um lado, a demanda de desempregados é grande, por outro, falta a eles o perfil necessário para ocuparem os novos postos de trabalho. A situação, bastante conhecida dos empresários de diversos setores de Natal, não é diferente em algumas cidades do interior do estado. As cidades de Mossoró e Pau dos Ferros são sinônimo de desenvolvimento para o Alto Oeste potiguar. Nelas, o emprego têm crescido rapidamente, em especial nos setores de Construção Civil, Comércio, Serviços e Extração Mineral. No entanto, a carência de qualificação de profissionais tem preocupado.Uma rápida análise na evolução do mercado de trabalho nestas cidades dá idéia de que as oportunidades têm sido absorvidas rapidamente pela população. No entanto, a velocidade com que as mudanças ocorreram parece não ter permitido que os futuros (e atuais) candidatos a um emprego perceber as necessidade imediata de qualificação. Para se ter uma idéia do crescimento acelerado, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram uma Mossoró bem diferente em 1999.Há quase dez anos, em julho, o saldo de empregos chegou a 106 vagas. Isso quer dizer que este foi o número de novos postos criados naquele mês. Durante o ano, porém, o município já registrava dados negativos: 1.480 demissões a mais do que as contratações. No mesmo período de 2008, a situação é bem diferente. O saldo de empregos em julho chegou 1.198 e a análise do ano, apresenta apenas 10 desligamentos acima do número de admissões.O setor de serviços ainda lidera o número de contratações neste ano com 3.722 admissões realizadas, impulsionado pelo grande número de eventos realizados na cidade neste ano. Em seguida, vem o comércio com 3.250 carteiras assinadas. O terceiro lugar está com a construção civil, 2.960 empregados.Mas a população mossoroense ainda está acordando para a necessidade de qualificação para ocupar as novas vagas. Esta é uma das grandes preocupações da Fundação Municipal de Geração de Emprego e Renda de Mossoró (Funger). Há dois anos, o número de pessoas cadastradas para oportunidades de emprego nas empresas cadastradas junto à prefeitura era de aproximadamente cinco mil. Em dois anos, o número saltou para 26 mil. Porém, embora a oferta de vagas entre as 400 empresas parceiras seja ampla, a demanda não atende aos perfis procurados.Há dificuldades em encontrar pessoal com noções básicas de informática ou mesmo qualquer outro curso dentro de sua área de interesse. A Funger desenvolve então um trabalho para orientar desde a elaboração do currículo até oferecer cursos gratuitos de capacitação para formar a mão-de-obra adequada.Segundo o presidente da Funger de Mossoró, Sebastião Almeida, alguns problemas são constatados entre os candidatos que procuram o órgão em busca de um emprego. “As pessoas muitas vezes não têm foco, não sabem o que querem. Você percebe isso pela falta de qualificação ou mesmo por um exagero de cursos no currículo, sem nenhuma ligação entre si”. A solução é voltar à pergunta-clichê da infância: o que você vai ser quando crescer? Com a resposta na mão, o candidato já pode elaborar seu currículo e procurar os cursos que vão qualificá-lo naquela área.Embora não tenha números detalhados da demanda, Almeida acredita que a maior procura hoje na cidade venha do setor de comércio. Em seguida, a indústria do petróleo vem como grande contratadora. Já a construção civil, que tem se destacado cada vez mais, também carece de empregados para funções básicas como pedreiro e marceneiro.Mossoroenses são beneficiados com empregoDepois de uma experiência de dez anos trabalhando no comércio, tanto de varejo quanto de atacado, Clebis Ciris dos Santos, 26, viu uma boa oportunidade de crescimento profissional com a chegada do Atacadão em Mossoró. Para exercer suas funções de “líder de setor”, ele passou por um treinamento de 30 dias nas unidades de Recife, Olinda e Natal. Mas acredita que o primeiro passo para garantir a vaga foi a experiência que já tinha, aliada a cursos de qualificação anteriores.Marcus Winnicius França, 19, é morador do município Governador Dix-sept Rosado e também foi beneficiado com uma oportunidade no Atacadão. Trabalhando no setor de frios do supermercado ele realiza, diariamente, 40 minutos de viagem para trabalhar. Mas se sente satisfeito com a primeira experiência com carteira assinada. Ele é um dos que foi totalmente capacitado pelo empreendimento para exercer as funções. “Antes eu só tinha trabalhado como garçom em uma lanchonete na minha cidade”.Mudanças também para Cláudia Daiane Gomes, 21, que trabalha como caixa de uma sorveteria no Mossoró West Shopping. Ela já tinha experiência em outra empresa semelhante e conseguiu a vaga desde janeiro deste ano. “Pretendo fazer alguns cursos para melhorar minha qualificação. Tanto na área de comércio quanto outras, como técnico de segurança. Acho que é importante estar qualificada para estas oportunidades que surgem”.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Gasolina sobe 10,49% em Natal



Preço do álcool e da gasolina dispara na capital potiguar27/08/2008 - Tribuna do Norte
O natalense está pagando mais caro pela gasolina e o álcool. Esta é a principal constatação da última pesquisa feita pelo Procon Municipal nos dias 19 e 20 deste mês. A gasolina teve um incremento de 10,40% em relação ao mês passado e passou a custar R$ 2,67 (média). Isso significa que, para conseguir encher um tanque de 40 litros, o consumidor terá que desembolsar R$ 10,40 a mais que no mês passado. O acréscimo no preço médio foi de R$ 0,26 em relação a julho. Mas as opções de escolha dos motoristas estão cada vez mais reduzidas. Segundo a pesquisa, a diferença entre o maior e o menor preço da gasolina (R$ 2,69 e R$ 2,62, respectivamente) é de apenas 3,02%. Esta é a menor diferença constatada desde abril de 2006 e equivale a apenas oito centavos por litros. Em julho, a diferença chegava a R$ 0,44. “Com valores tão próximos, o consumidor fica praticamente sem opções, inviabilizando a busca por melhores preços”, afirma a pesquisa.O preço mais comum da gasolina constatado pelo Procon foi de R$ 2,69. E o aumento do combustível foi observado na maioria dos postos, sendo que em 61% deles a variação chegou a 17,22%.Já o álcool aumentou 5,6% ficando com preço médio de R$ 1,97. O incremento é de R$ 0,10 no preço médio chegando a R$ 1,97. O resultado é ruim para os proprietários de carros do tipo bicombustível. Isso porque o derivado do álcool não é vantajoso quando equivale a mais de 70% do valor da gasolina. Em Natal, o preço representa 74%. O valor mais comum do álcool é de R$ 1,99.Gás naturalApesar dos acréscimos no valor da gasolina e do álcool chamarem atenção, o maior crescimento entre os combustíveis foi do Gás Natural Veicular (GNV). Visto como uma opção barata para os consumidores, o gás subiu 22,29%. De acordo com o Procon, o metro cúbico do GNV passou de R$ 1,38, em julho, para R$ 1,68. O preço mais comum registrado na pesquisa foi de R$ 1,69. Cerca de 89% dos postos promoveram aumento no preço do gás natural, enquanto 11% mantiveram os mesmos preços de julho.Com menos expressão, estão as variações do diesel e o do gás de cozinha, abaixo de 1%. O litro do diesel, que custava em média R$ 2,08, aumentou para R$ 2,09. Já o gás de cozinha apresentou uma pequena queda em relação a julho: passou de R$ 33,46 para R$ 33,32.A pesquisa foi feita em 124 postos de gasolina de Natal e Nova Parnamirim. A Zona Norte continua sendo a região com o maior número de postos na lista dos menores preços do Procon. Os postos da Zona Sul apresentaram preços médios para o álcool e a gasolina (R$ 1,98 e R$ 2,68, respectivamente). O álcool mais barato está nos postos da Zona Oeste (média de R$ 1,95) e a gasolina na Zona Norte (R$ 2,65).

domingo, 24 de agosto de 2008

Porto de Natal passa por reestruturação


Boa parte dos problemas do Porto de Natal, um dos mais focados pelos empresários consultados, estão próximos de uma resolução. Pelo menos é isso que se pode crer diante das expectativas do presidente da Companhia Docas do RN (Codern), Emerson Fernandes.Um dos maiores entraves para o crescimento do terminal, a relocação das famílias da comunidade do Maruim – área que pertence ao porto – está esperando somente que as eleições passem para chegar à etapa de licitação das obras. Com a ampliação, Emerson diz que a negociação junto às empresas de cabotagem (transporte dentro do país) será mais fácil, tendo em vista que hoje não há espaço suficiente para armazenagem de cargas. A dragagem, também considerada essencial, tem licitação prevista para o próximo mês, via governo federal. Com o Rio Potengi mais fundo na área de acesso ao porto – a profundidade será aumentada dos atuais 10 metros para 12,5 metros – navios mais pesados e mais extensos poderão entrar no terminal. Entre outros investimentos, ele também cita a pavimentação do porto, que está sendo executada. Outro serviço para melhoria da estrutura é o aumento do número de tomadas para contêineres: eram 170, já são 250 e, ao fim das obras, serão 340.Presidente da Fiern comenta dadosPara o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Flávio Azevedo, as parcerias público-privadas e as concessões são a única saída para resolver os problemas crônicos de infra-estrutura enfrentados no país e no RN. “Nas áreas de infra-estrutura em que o governo reconheceu sua incapacidade de gestão, há sucesso”, disse ele, referindo-se a serviços como distribuição de energia e telefonia. “Não adianta excesso de nacionalismo quando o governo não tem dinheiro para construir e para manter os empreendimentos de infra-estrutura que precisamos”. Contudo, o presidente da Fiern defende que a mão pública continue pesando sobre a regulação e a fiscalização. Ele destacou ainda que os gestores públicos precisam entender que políticas públicas refletem anseios da sociedade, que permanecem, e não de quem está à frente do poder público, que é transitório.Já na área de qualificação, Flávio admite que a classe empresarial deixou lacunas. Ele explica que esse é um ponto em que não se pode esperar do governo sequer para a educação básica. É aí onde entram as instituições empresariais – em especial o Sistema S, no qual o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, gerido pela Fiern, está inserido. “Deveríamos ter previsto que existiria, a curto prazo, caso o país continuasse crescendo, uma enorme demanda de pessoas qualificadas”, diz o presidente da Fiern. Ele coloca que o investimento em qualificação deve estar entre as principais metas. “É uma missão, que nós, dirigentes institucionais, devemos ter de forma prioritária”.Bate PapoAdriana Benevides - ConsultoraComo a senhora analisa o comportamento do setor em geral?O que podemos afirmar de uma maneira geral é que as indústrias estão em níveis de excelência de gestão impressionantes, talvez porque estão cada vez mais conscientes de que atingir altos índices de competitividade necessários no mundo global de hoje, depende em grande parte dos seus modelos de gestão, dos seus processos produtivos em busca da excelência nos seus produtos. Não esperando ou culpando fatores externos pela sua eficácia ou ineficácia.
As nossas empresas estão bem preparadas para enfrentar essa competitividade global?É bem verdade que o nosso universo maior na pesquisa foram empresas de grande porte e que por isso com maior poder de informação, conhecimento, conseqüentemente, maior capacidade de resposta, por terem acesso a ferramentas de gestão que possibilitam um aperfeiçoamento constante e com isso maior competitividade. Temos aqui empresas que competem de igual para igual no mundo todo, com modelos de gestão dignos de benchmark, ou seja de serem “copiados”, sejam nos seus processos de produção, na análise de lançamento de novos produtos, em pesquisas de mercado em busca de posicionamentos corretos, na forma como analisam seus processos logísticos, dentre tantos outros.

sábado, 23 de agosto de 2008

Lojistas alertam sobre lixo tóxico



- Edmilson diz que lojistas estão preocupados com o ônus do imposto23/08/2008 - Tribuna do Norte
O meio ambiente agradece a legislação que obriga a indústria e o comércio a dar o destino correto a baterias, pilhas e lâmpadas, para que não haja comprometimento da natureza por meio da radiação de substâncias químicas geradas pelo lixo. Mas os lojistas se preocupam com os custos que o recolhimento do material gerará para as empresas pelo fato de não existir, em Natal, aterro sanitário industrial ou empresa recicladora que trabalha com esse tipo de resíduo. De acordo com o texto da Lei Municipal 5.371/2002, de autoria do vereador Hermano Morais, “ficam as empresas fabricantes, importadoras, distribuidoras ou revendedoras de pilhas, baterias e lâmpadas, bem como suas redes de assistência técnica, responsáveis pela correta destinação final desses produtos após sua vida útil”. A lei obriga a todos que trabalham com os tipos de resíduos especificados a receber o material usado pelos consumidores. O presidente da Associação dos Lojistas do Midway Mall (Alomidi), Edmilson Texeira, afirmou que a Urbana começou o trabalho de conscientização dos lojistas. O segundo momento é partir para a fiscalização e aplicação da lei, que implica sanções em forma de multas para quem não receber o material comercializado. “O problema é que o local onde existe aterro, mais próximo de Natal, fica na Bahia”, declarou. A primeira data determinada para o início da fiscalização estava fixada em 8 de junho passado, bem como as penalidades para quem não cumprir a lei. O prazo foi prorrogado por determinação do Ministério Público Estadual e a Urbana está cumprindo a etapa de informar sobre a necessidade de as empresas se adequarem à legislação, baseada na Resolução 257/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).“O lixo tóxico não tem sido recolhido adequadamente há anos e a aplicação da legislação tem como louvável intenção tentar resolver esse problema, evitando contaminação de nossas águas e conseqüentes malefícios para a natureza e para nossa saúde”, afirma Edmilson. Ele deixa bem claro que o posicionamento dos lojistas não é contrário à legislação, porque estão dispostos a cumprir a lei e contribuir de forma expressiva para manter e melhorar a qualidade de vida da cidade. “Estamos preocupados com o ônus dessa solução, que está sendo imposto a nós”.O gerente de meio ambiente da Urbana, Paulo Humberto Rodrigues, explicou que a empresa tem o objetivo de informar os lojistas e prestadores de serviços sobre a existência da lei. O envio do material pode ser viabilizado através dos fabricantes. “O primeiro passo é despertar nas pessoas responsáveis o interesse em participar. Eles falaram que vão tentar soluções para os municípios através das Câmaras de Dirigentes Lojistas”. Todos os pontos da rede de indústria, comércio e assistência técnica devem recolher baterias, pilhas e lâmpadas. Após cumpridos os prazos para adequação, será aplicada multa de 500 Ufirs (cerca de R$ 532) para quem infligir a lei.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sebrae lança Redepetro RN para beneficiar empresas


José Ferreira lançou programa que visa agregar valor e prestação de serviços22/08/2008 - Tribuna do Norte
Mais de 50% do ISS arrecadado pelo município de Mossoró vem de empresas prestadoras de serviços à Petrobras. Cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte é fruto do orçamento da estatal. Os dois percentuais demonstram um pouco da importância econômica da produção de petróleo e gás natural para o estado e foram citados ontem pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Rosado, durante a cerimônia de instalação da Redepetro RN. A organização reúne 63 empresas fornecedoras de bens e serviços da cadeia de petróleo localizadas em Mossoró, Alto do Rodrigues, Assu, Governador Dix-sept Rosado, Guamaré e Natal. A articulação beneficia, principalmente, as micro, pequenas e médias empresas.O Acordo de Cooperação Técnica e Científica foi assinado na manhã de ontem em Mossoró. O principal objetivo da Redepetro RN é a geração de negócios através da articulação das empresas e parceiros que a compõe. Estão juntos no projeto Sebrae RN, Petrobras, Banco do Nordeste, Fiern, Cefet RN e governo do estado. A rede conta com ainda com o apoio do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e do Projeto da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás do Estado. Este último já reunia algumas empresas através de uma parceria entre Petrobras e Sebrae, promovendo missões empresariais, participações em feiras e visitas técnicas. Em novembro de 2006, em apenas uma Rodada de Negócios realizada no estado as expectativas de negócios foram da ordem de R$ 47 milhões.“Apoiamos o cadastramento das pequenas empresas como fornecedoras à Petrobras. Temos hoje 110 novos fornecedores locais inseridos no cadastro e outros 62 aguardando avaliação técnica”, comemora o superintendente do Sebrae RN, José Ferreira de Melo Neto (Zeca Melo). Ele relembra outras vitórias como as certificações de 16 empresas participantes da cadeia em qualidade de Gestão, Meio Ambiente, Segurança e Saúde (ISO 9000 e OHSAS 18000). Zeca Melo ainda cita um excepcional crescimento do volume de compras feitos pela Petrobras dentro do território potiguar, entre 2003 e 2007: um incremento de 306,7%. “Registrou-se também aumento no volume financeiro de serviços prestados, que cresceram 34,8% nos últimos três anos”.Em seu discurso em nome dos empresários que compõem a rede, o diretor da empresa Engepetrol Ltda, José Nilo Alves de Souza Júnior, destacou a importância de uma covergência de interesses comuns. “Deixamos de lado as diferenças entre pequenas, médias e grandes, e focamos nossos objetivos comuns. Precisamos dotar o estado cada vez mais de empresas que supram as demandas surgidas com a exploração e produção”, afirma.O vice-presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales, comentou a importância da participação do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai RN), braço da federação que atuará na Redepetro. “Projetos como a Escola de Petróleo, que já está instalada, representam o fechamento de uma primeira etapa que vem fortalecer a Redepetro. O que queremos agora é trazer o prolongamento destas ações. E o Senai tem uma participação importante na qualificação da mão-de-obra na área de petróleo e gás”. Atualmente, 100% dos alunos da Escola de Petróleo saem empregados dos cursos oferecidos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Mudança de estratégia. Conheça o case da Eschola.com, que passou por duas guinadas até achar o seu modelo de negócio ideal


A Eschola.com está dando uma aula de Marketing. A atual rede de franquias de cursos já foi consultoria, depois atuou no treinamento virtual para empresas, vendeu cursos pela internet e agora consolida o seu modelo de negócio após duas transformações. Em ambos os momentos, a empresa analisou o mercado e desenvolveu um planejamento que possibilitou a correção de caminhos rumo ao lucro.
Para entender o desenvolvimento deste negócio que tem entre os sócios o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet e o empresário e apresentador Luciano Huck, é preciso pegar o livro de História. A Eschola.com nasceu em 2001, fruto de uma empresa de consultoria comandada por Paulo Milet, sócio e diretor geral da empresa. Na época, o foco era atuar no mercado corporativo.
A Eschola.com desenvolvia cursos customizados e prestava consultoria em educação a distância. O negócio ajudou empresas a montar universidades corporativas e treinou funcionários da AutoTrack, empresa de Piquet. “Começamos a treinar os caminhoneiros pela internet durante a instalação do monitoramento por satélite. Treinamos mais de 30 mil motoristas e hoje em dia eles ainda usam o sistema”, conta Paulo Milet, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Primeira mudançaAté 2004, a Eschola.com trabalhou com clientes como SulAmérica, Carrefour e Ticket. Neste período, o então cliente Nelson Piquet virou sócio do negócio, junto com Nelson Silveira, ex-Xerox, que ao lado de Paulo Milet tinha uma equipe de Kart em Brasília na infância.
Mesmo com o modelo da época consagrado, a empresa investiu em sua primeira mudança, passando do mercado corporativo para o varejo on-line. “Começamos a definir que precisávamos vender produtos mais populares e não ficar focado no mercado corporativo”, comenta Milet. Outro fato também ajudou: se permanecesse no segmento de empresas, a Eschola.com começaria a disputar mercado com grandes companhias sem o mesmo histórico e investimento.
Na internet, a empresa poderia oferecer novos produtos e atingir um mercado muito maior. Mas não foi exatamente o que aconteceu. Mesmo com merchandising no programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, fruto da parceria com o então novo sócio Luciano Huck, as vendas dos cursinhos de vestibular e supletivo não se multiplicaram conforme o planejado.
Aluno em recuperação Havia um problema como aqueles das aulas de matemática. As pessoas não sentiam segurança em fazer os cursos on-line. Sem contar o público que via o anúncio pela TV, mas que não tinha acesso a computador nem a banda larga. “Aumentou o acesso ao site, mas as vendas não estavam na proporção que gostaríamos de ter”, analisa o Diretor Geral.
Durante as aulas de recuperação, a empresa viu no problema uma oportunidade. Havia uma brecha para se aproximar deste público. Analisaram o mercado de novo e viram que seria interessante investir numa rede de franquias em 2006. “O portal deixou de ser o foco principal e se transformou em mais uma unidade, mas o nosso maior canal de distribuição hoje é através da rede de franquias”, diz Paulo Milet.
A rede começou a ser implantada em 2007 e hoje tem 45 unidades. É como se fosse um telecentro de estudos, com os cursos on-line e um monitor para tirar as dúvidas. O franqueado é o responsável pela venda dos cursos pré-vestibular, informática, profissionalizante, preparatório para concursos e inglês desenvolvidos em parceria com Instituto Galois de BSB, CETEB, Q-Group de Israel e Meta- Concursos.
Novo modeloHá um ano neste modelo de negócio, 2008 está sendo uma fase de consolidação da rede e a meta é chegar a 80 unidades até dezembro. “Aprendemos muito. Este ano foi de muito aprendizado, pois estávamos num mundo todo virtual e passamos a ter características do mundo físico, com distribuição, ponto-de-venda, entre outros”, analisa Milet em entrevista ao site.
Depois de duas mudanças, a meta agora é crescer a rede e voltar a investir no portal. A Eschola.com quer ter uma unidade para cada 100 mil habitantes, chegando a 400 franquias em cinco anos e ser uma das maiores do Brasil. Na internet, a empresa está finalizando um novo modelo em conjunto com a agência Publicidade Interativa.
Por hora, não estão previstas novas mudanças. As transformações, porém, são encaradas de outra forma pela Eschola.com. “Não abandonamos nenhum dos modelos. Eles foram superpostos. A essência é a mesma. Os cursos e a tecnologia são as mesmas. O que muda é a forma de entregar. Como chegar no cliente”, ressalta Paulo Milet.
Essência do negócioSegundo o Diretor Geral, a primeira guinada foi deixar de oferecer os produtos por encomenda. A segunda foi para ampliar o mercado e teve a ver com a tangibilização do produto com as redes. “Demos dois passos atrás para encontrar o cliente. Não adianta ser pioneiro se o cliente não acompanha. Antes mesmo de criar a rede de franquias já tínhamos criado apostilas porque percebemos que as pessoas sentiam falta de algo físico. O curso continua igual. É um e-learning, mas mudamos a forma de abordagem do cliente”, comenta.
A primeira vista pode parecer estranho dois sócios como Nelson Piquet e Luciano Huck. Mas a missão dos dois é bem definida. O papel deles é abrir novas frentes de parcerias, fazer propaganda e ainda contribuir na gestão do negócio. “O Nelson tem um tino comercial e uma série de técnicas de gestão de qualidade que ele aprendeu com um negócio de alta performance e tecnologia que é a Fórmula 1. Ele tem uma preocupação com prazos e cronogramas muito grande. O parafuso tem que estar no lugar certo, na hora certa. Já o Luciano tem muito feeling do mercado. Ele dá boas dicas. Os dois gostam de educação e de tecnologia”, conta Milet.
Até hoje, a empresa já formou mais de 100 mil alunos. Agora, depois de passar pela prova final, a Eschola.com começa a vislumbrar uma nota azul. “Tivemos que investir muito desde que saímos de uma zona de conforto que era o mercado corporativo. Estamos no terceiro ano de investimento pesado que vai chegar ao break-even no final deste ano”, comenta Paulo Milet.

Volume de cheques devolvidos sobe 4% em julho




Publicada às 16h20O volume de cheques devolvidos por falta de fundos no País cresceu 4,2% em julho sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com a Serasa, no mês, a cada mil cheques compensados, 19,9 foram devolvidos por insuficiência de fundos. Desde abril não se registrava uma elevação na inadimplência com cheques, na mesma base de comparação.
Na avaliação da Serasa, o aumento dos juros, o maior endividamento do consumidor e as despesas de férias estão pressionando a inadimplência, mas a instituição pondera que ainda não é possível afirmar que seja uma tendência para o segundo semestre.
Na comparação com junho, o aumento na quantidade de cheques sem fundos foi de 7,6%, elevação explicada pela Serasa com base no maior número de dias úteis em julho e ao aumento de gastos nas férias.
A Região Norte lidera o ranking de inadimplência com cheques, com 42,4 devolvidos a cada mil compensados no acumulado dos primeiros sete meses do ano. Em seguida aparecem o Nordeste (33,8), Centro-Oeste (24,7), Sul (18,5) e Sudeste (16,9).


domingo, 17 de agosto de 2008

Potencial do setor de construção civil está represado


Ana SilvaCONTRUÇÃO - Disponibilidade de pessoas qualificadas para o trabalho vão contra a pujança do setor17/08/2008 - Tribuna do Norte Emídia Felipe - Repórter
O intenso movimento que a construção civil atravessa é apenas a ponta de um grande novelo que deve se desenrolar por anos, como apontam especialistas do setor. Mas o comprometimento de dois dos ingredientes deste crescimento – mão-de-obra qualificada e canais oficiais desobstruídos – poderão impedir que esse mercado cresça tanto quanto poderia. É o que apontam os empresários ouvidos pela pesquisa da consultoria Adriana Benavides, base desta terceira matéria da série Foco Empresarial. Nesta terceira rodada de entrevistas, feita com 10 das mais representativas empresas da construção civil de Natal, a pesquisa apontou a escassez de pessoal como um problema que está entrando em fase crônica. Atrair, manter e desenvolver pessoas que agreguem valor à empresa foi identificada como a principal preocupação dos executivos. Falta pessoal para funções básicas como pedreiro, eletricista e gesseiro. Grandes empresas costumam ter seus próprios treinamentos – os cursos ministrados pelas companhias estão entre as principais ferramentas de gestão utilizadas por elas (veja gráfico) -, mas continuam sentindo dificuldades de encontrar funcionários. Mesmo assim, os números do Ministério do Trabalho do primeiro semestre mostraram que foi na construção civil onde houve o maior aumento no número de pessoas empregadas formalmente no estado: 15,8%, com 3.763 vagas criadas no período. E, a julgar pelas expectativas dos entrevistados, esse movimento deve continuar, pois o aumento nas contratações foi o segundo mais apontado como principal ação nos próximos dois anos. Na semana passada, a Subsecretária da Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Ação Social (Sethas), Alcina Holanda, anunciou que está sendo fechada uma parceria com o Senai para formar pessoal para a construção civil. São pessoas que ao saírem do curso, certamente serão absorvidos pelo mercado. Um dos entrevistados da pesquisa revelou que provavelmente sairá do patamar de 200 funcionários para 500, em três anos, apesar de já sentir dificuldade no recrutamento.
PolêmicaOs problemas que permeiam a relação das empresas com o poder público foram a presença mais constante nas questões subjetivas da pesquisa. “A lentidão na aprovação dos projetos pela Semurb (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo) e a falta de clareza nas regras foi colocado por todos como um grande entrave”, comenta Adriana Benavides, responsável pelo levantamento. “Não queremos aprovação feita de qualquer forma, não queremos burlar as leis, queremos sim uma regulamentação clara e eficiente para sabermos o que realmente pode e o que não pode e assim termos condições de decidirmos se temos condições ou não de trabalhar da forma como está estabelecido na regra”, declarou um dos entrevistados. “Se não houver uma mudança radical na forma como o poder público vem atuando, esse crescimento não acontecerá como poderia acontecer”, disse outro. Eles questionam ainda a falta de sintonia entre as instituições municipais e estaduais na interpretação da legislação ambiental. Os entrevistados criticaram também as falhas na orientação aos profissionais envolvidos em um projeto. “Você chega com uma documentação igual ao do projeto anterior, aí eles dizem que está faltando tal documento. ‘Mas como se na anterior não precisou? Sim, mas agora precisa...’. Aí você vai buscar, quando volta eles dizem, ah, está faltando tal coisa....” É inacreditável!” Os entrevistados citaram, ainda, cases de sucesso, como o trabalho de relacionamento feito pela Caixa Econômica Federal junto às empresas, para identificar problemas e focar nas soluções.Para Adriana Benavides, a resposta a este problema poderia ser “extremamente simples” se todos os envolvidos - os chamados stakeholders - cumprissem o seu papel no jogo da competitividade. “No entanto, infelizmente, isso ainda não acontece, e o que vemos como conseqüência é um certo atraso ou, no mínimo, um avanço infinitamente menor e mais lento do que poderia acontecer” “Não vejo outro caminho a não ser o de ‘caminhar juntos’. Sozinhas algumas empresas até têm conseguido trilhar seu próprio caminho com razoável sucesso, mas, com certeza, muito menor do que o possível”, comenta a especialista.Custo dos problemas é muito altoDados da Caixa Econômica Federal, referência em crédito imobiliário, mostram que entre 2004 e 2007, os financiamentos voltados para consumidores finais e construtoras cresceu 42,7% no Rio Grande do Norte. Foram R$ 129,7 milhões no ano passado. Este ano, 70% deste valor já foi emprestado até julho. E este é apenas um banco dentre os vários que oferecem dinheiro a quem quer construir ou comprar imóveis. A consultora Adriana Benavides destaca que as empresas potiguares “encontram-se hoje em posição privilegiada” para desfrutar dessa prosperidade impulsionada por esse boom imobiliário, “uma vez que investiram profundamente tanto em inovações tecnológicas como de gestão”. Mas esse cenário está prejudicado pelas barreiras que se impõem ao setor. Adriana considera essencial que se desatem alguns entraves do relacionamento entre o poder público e a iniciativa privada. Porém, para ela, a questão mais grave é – assim como foi nas etapas anteriores da pesquisa, com representantes de restaurantes e da hotelaria - a falta de mão-de-obra qualificada. “Isso se agrava ainda mais no caso da construção civil, uma vez que para eles o problema não é nem que essa mão-de-obra seja desqualificada, é que realmente não existem esses profissionais, tendo-se que “importar” de outras cidades, estados”. Ela explica que os custos desse tipo de problema para as empresas são muito altos: salários inflacionados, retrabalho, comprometimento da qualidade final do produto e atrasos nas obras por não terem pessoas para realizar determinadas tarefas.Entrevista - Ana Míriam MachadoA titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Ana Míriam Machado, garante que a instituição está buscando mecanismos para dar mais celeridade aos processos e explica que há casos em que a ausência de documentos é a principal causa da demora na análise de processos.
Quantos processos a Semurb analisa por ano? Esta demanda varia muito. Quando surgem novos vetores como no caso de Ponta Negra e agora na Zona Norte com o advento da Ponte Newton Navarro, a procura para licenciamento tende a aumentar. Podemos dizer que em média são analisados anualmente cerca de 1,5 mil processos, que como já disse, esse número pode aumentar dependendo do momento.Quantos funcionários tem hoje a Semurb e quantos são responsáveis pela análise de processos? Veja bem, hoje a Semurb tem 255 funcionários efetivos, já incluídos os do Parque da Cidade. - contabilizando todos os setores pelos quais a maioria dos processos passam, são envolvidos cerca de 24 técnicos neste serviço, que dependendo do grau de impacto pode requerer ainda uma análise mais específica, como no caso de grandes empreendimentos que são encaminhados ao Conselho de Planejamento Urbano e meio Ambiente (Conplam) para apreciação.
Porque a senhora acha que a Semurb é sempre foco de reclamações por parte dos empresários da construção civil?Acredito que por ser uma secretaria responsável por monitoramento, fiscalização e análise de projetos.
A senhora considera os serviços da Semurb eficientes? E O que tem sido feito para melhorar seu serviço? Ao longo dessa administração a Semurb tem travado uma luta constante para oferecer uma estrutura mais eficiente e ágil ao contribuinte. Dentre as várias ações podemos destacar a realização do concurso em 2004 e 2007 para dotar a secretaria de uma equipe multidisciplinar. Dentro de suas atividades ela vem atuando em diversas áreas, seja no cuidado das emissões de suas licenças, seja executando e viabilizando acessibilidade, reabilitando e estruturando áreas de lazer para a população, educando e conscientizando o cidadão através de campanhas educação ambiental e da implementação de diversos pontos de referência nas atividades ecológicas municipais. Hoje ela passa por uma modernização de seus procedimentos administrativos e legais, visando dar maior agilidade no desempenho de suas atribuições e maior satisfação dos que fazem uso de seus serviços. Podemos citar a atualização do parque de informática, com a aquisição de novos equipamentos.
A senhora acredita que os empresários também têm culpa na demora dos processos? Ao analisar projetos, principalmente de grandes empreendimentos é necessário informações complementares e documentos para dar maior suporte a análise, que muitas vezes não são oferecidos, isto faz com que o processo pare. A parte interessada é comunicada e instruída a trazer os documentos ou informações complementares para finalizar o serviço. A contagem dessa demora pode ser atribuída, na maioria dos casos, ao contribuinte que não apresenta a documentação solicitada num curto espaço de tempo.