quinta-feira, 31 de julho de 2008

Vendas reais dos supermercados crescem 8,6%


Para o presidente da Abras, Sussumu Honda, o desempenho de vendas deve continuar até o fim do ano31/07/2008 - Tribuna do Norte
São Paulo - As vendas reais dos supermercados registraram alta de 8,66% nos seis primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2007, segundo o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado ontem. Em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, o faturamento do setor cresceu 7,58%. Na comparação com o mês de maio, as vendas reais dos supermercados apresentaram retração de 6,29%. De acordo com a associação, o desempenho do semestre foi conseqüência do bom momento econômico e do aumento da renda da população. O presidente da Abras, Sussumu Honda, disse que as vendas do setor crescerão 5,9% em relação ao ano passado. “A criação de novos empregos e o aumento da renda continuarão impulsionando as vendas, que devem superar os resultados do ano passado”, afirmou. Segundo ele, a perspectiva para todo o ano também se baseia no desempenho do primeiro semestre. “A inflação dos alimentos deve começar a afetar de forma mais forte as classes C, D e E nesse semestre”, disse. Sobre 2009, Honda manifestou preocupação em relação ao aperto monetário adotado pelo governo em 2008, que deve afetar o consumo da população no próximo ano e reduzir as vendas.
Cesta A cesta de 35 produtos de alto consumo, pesquisada mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apresentou alta de 2,78%, em junho, ante o mês anterior. O aumento real, já descontada a inflação, foi de 2,04%. Comparado a junho do ano passado, o índice teve alta de 14,83% em valores reais. A cesta passou de R$ 208,38, em junho de 2007, para R$ 253,52. O destaque do índice Abras Mercado foi o feijão, que teve alta de 13,95%, seguido do arroz (8,01%) e da batata (7,61%). Já os produtos com as maiores quedas foram o tomate, com -7,01%; o leite em pó integral, com -3,69%; e a farinha de mandioca, com -2,66%. Segundo o diretor responsável pelo boletim da Bolsa de Cereais, Rui Roberto Russomano, apesar do preço do feijão ainda estar alto, nos supermercados, a tendência é de queda nos próximos meses. Ele explicou que os preços já estão baixando para o produtor e o empacotador, que é o responsável por distribuir o feijão para os supermercados. O consumidor é o último a perceber a redução do preço, por conta dos estoques existentes no mercado varejista. Nesses últimos 15 dias, o feijão já se ajustou em torno de R$ 185 a saca , abaixo do que era esperado, mas o supermercado ainda está trabalhando com o estoque que comprou a R$ 200 e está repassando isso para o consumidor, disse Russomano. Ele explicou que a alta do feijão se justifica pela quebra da primeira safra, além de fatores como o clima, custo da produção e dos empacotadores. Com a entrada da segunda safra, o preço vem caindo, até por conta do aumento de 39% na produção. Russomano disse, ainda, que a diferença entre o preço pago ao produtor e o do varejo (ao consumidor) se explica pelo fato de haver um custo de empacotamento, ou seja, o empacotador compra o feijão a granel, empacota e repassa ao supermercado.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Planejamento (diferente) ganha espaço e importância nas estratégias de Marketing



É cada vez mais comum ver o Marketing unindo o departamento de comunicação em prol de um melhor atendimento ao consumidor. Atualmente o profissional de planejamento está mais próximo das estratégias de Marketing e é comum vê-los no campo procurando soluções para um bom planejamento.
A integração do planejamento com o departamento de Marketing foi tema principal do evento dedicado ao setor que acontece todo ano nos Estados Unidos. Em 2008 a conferência de Planejamento da American Association of Advertising Agencies (AAAA) teve foco nas mudanças da comunicação e na integração do Planejamento com a criatividade.
Presente no evento “Four A”, Fernando Diniz, diretor de Planejamento da agência Y&R, do grupo WPP, conta ao Mundo do Marketing a importância do Planejamento no processo complexo de entender e satisfazer as necessidades do cliente. De acordo com ele, o evento internacional serviu para mostrar que o Brasil está alinhado ao mercado mundial e não deixa a desejar no quesito criatividade.
O que mais se discutiu no “Four A” deste ano?O que mais me chamou a atenção foi o consenso entre as idéias e tudo o que foi falado tinha uma pincelada em comum. Nada que nós no Brasil não tenhamos pensado. Um dos pontos mais citados foi a visão de como se comunicar com o consumidor e a necessidade de olhar para ele menos como consumidor e mais como pessoa. Conexões artificiais e a venda agressiva dos atributos dos produtos são características do mercado de hoje.
A discussão também abordou a falta da troca de idéias com consumidores, um importante fator para aumentar o desejo de se relacionar com uma marca. Um bom exemplo é o case OMO, que passou anos falando que resolvia o problema da roupa suja e hoje elevou o nível da conversa e adotou o discurso de que se sujar faz parte da infância. Esse é um bom exemplo do que foi discutido.
É preciso propor uma troca com o consumidor. Vimos muitos cases de Internet, que é um meio que desponta como fundamental para fazer a troca estimulando o usuário a assistir e recriar em cima do que ela oferece. Temos que compartilhar em vez de apenas entregar um serviço.
Qual a melhor maneira de se planejar uma estratégia?Hoje o principal é ter uma equipe eclética porque o papel do profissional de Planejamento é muito multidisciplinar e ele também tem que ter conhecimento sobre o mercado. Muitos profissionais trabalham integrados com a indústria, a fábrica e até com o setor responsável pelo desenvolvimento da embalagem do produto.
Somos uma espécie de ONU da comunicação, porque temos profissionais ecléticos para falar em linguagens diferentes. Na Y&R, a nossa área de projetos digitais está ao lado do setor de Planejamento. A verdade está lá fora e por isso temos que ir para a rua, entrar no ônibus, suar a camisa e conversar com as pessoas. Estamos num país onde a maioria da população está na classe C e D. Se você não se misturar estará fazendo comunicação para inglês ver. Precisamos ser socialmente orgânicos.
Quais as principais diferenças entre o planejamento brasileiro e o que é feito nos países desenvolvidos?A criatividade ainda é o forte do profissional brasileiro. Sempre disputamos prêmios internacionais de criatividade e fazemos isso há muitos anos de forma concreta. No Brasil, a cultura é diferente e temos um jeito característico de conversar com o consumidor. Somos criativos e isso influencia no nosso jeito de trabalhar.
O Brasil é maduro no segmento de Planejamento, que é novo no mercado se comparado com a Europa. Temos um bom nível de planejadores, apesar de o mercado estar precisando de gente preparada. Esta é uma área que cresce no país e está em busca de profissionais. O Planejamento às vezes é muito baseado somente em resultados de pesquisa?Não. A pesquisa é fundamental, mas às vezes uma prosa com a dona-de-casa, com o motoboy pode fazer a diferença em um planejamento estratégico de comunicação. Pesquisa é e sempre será importante, mas temos que ter cuidado porque as decisões não vêm do resultado da pesquisa e sim da interpretação do resultado através do profissional de Marketing.
A pesquisa é uma lanterna, mas sozinha não mostra o caminho da saída. É a base do trabalho de planejamento, mas o mercado às vezes fica preso nas pesquisas e esquece as idéias. O problema é o que as pessoas fazem com as pesquisas. Fala-se muito em inovação, mas o mercado está sempre fazendo mais do mesmo. "Insanidade é fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes" (citando Albert Einstein). Quais as características de um planejamento de sucesso nos dias de hoje?Um bom planejamento começa com o entendimento do problema (do cliente). O primeiro passo é saber qual o problema para depois entender o cliente e saber como ele está lidando com o problema.
O jeito de interagir com o consumidor hoje é fundamental para definir a idéia e ter inspiração. Desta forma o Planejamento serve como uma catapulta para a criação. Trocar idéias durante o processo de desenvolvimento de planejamento é fundamental.
Nossos melhores projetos foram feitos com a ajuda e o envolvimento com a criação. Planejar é um trabalho que está nos bastidores da estratégia de Marketing, trabalhando na concepção do negócio, preparando todo o terreno para o desenvolvimento da comunicação correta.
Quais as tendências em planejamento no Brasil e onde estão as principais oportunidades?A interatividade não tem volta. É da natureza humana falar de troca e os consumidores hoje fazem campanhas para empresas. O poder está cada vez mais com o consumidor e isso só tende a crescer. No planejamento a demanda vai aumentar cada vez mais porque teremos mais gente trabalhando de forma integrada com outros departamentos.
Hoje estes profissionais estão sendo mais aceitos por colegas de outros setores e isso ajuda no processo criativo. Em pouco tempo será comum ter esses profissionais dentro do departamento de Marketing e em algumas empresas isso já acontece.
A Internet facilitou o trabalho do Planejamento, já que hoje a interatividade é uma ferramenta usada na maioria das estratégias de Marketing?Talvez a interatividade dificulte o trabalho de planejamento porque é cada vez mais desafiadora. Ela obriga o profissional a abrir novas formas de conversar com as pessoas e ainda tem que ser interessante. A estratégia digital desafia a forma de pensar e faz o profissional achar ângulos diferentes para ações interessantes. Sem dúvida esta característica torna o nosso trabalho muito mais excitante.

domingo, 27 de julho de 2008

Produção e vendas em descompasso



O dólar está provocando um curioso contraste nos resultados do segmento de máquinas de escritório e informática na indústria e no varejo. Enquanto o comércio varejista aponta um aumento nas vendas desse segmento de 29% no acumulado de janeiro a maio deste ano - a maior magnitude de expansão entre as atividades do comércio no período -, a produção industrial acumula queda de 8,7%. O descolamento entre os resultados dos dois setores, no que diz respeito aos equipamentos de informática, é recente. Em 2007, por exemplo a atividade mostrou um crescimento muito superior no varejo (29,5%) do que na indústria (14,4%), mas ambos registraram sinal positivo. Em 2006, por outro lado, o aumento dessa atividade foi bem maior na indústria (52%) do que no varejo (30%). Especialistas apontam a base de comparação elevada, a queda na produção de alguns produtos específicos e, sobretudo, o dólar como motivo do atual contraste. O economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE, lembrou que houve resultados industriais expressivos nesse segmento nos últimos quatro anos, o que garante uma base comparativa muito alta. Ele disse ainda que, em 2008, a queda acumulada está concentrada em monitores e impressoras e não em computadores pessoais. Além disso, ele lembra que o cardápio de produtos da pesquisa industrial do instituto não inclui notebooks, que vêm mostrando forte aumento nas vendas no País. A Positivo Informática, uma das maiores fabricantes de computadores e notebooks do País, vendeu 337 mil computadores pessoais (PCs) no primeiro trimestre deste ano, com aumento de 30,2% ante igual período do ano passado. A venda de notebooks da empresa cresceu muito mais, ou 191%, para 63 mil unidades. Segundo observações no balanço da Positivo - os executivos da empresa não quiseram conceder entrevista por causa do período de silêncio imposto pela proximidade da divulgação dos resultados, ocorrida na semana passada - entre 2004 e 2007, o preço médio de PCs no Brasil caiu 46,8%, sendo 48,8% de recuo nos PCs e 64,6% nos notebooks, “impulsionado principalmente pela queda de 33,4% do dólar, uma vez que mais de 90% do custo de um PC é vinculado a essa moeda”. Segundo Macedo, o dólar e o conseqüente aumento das importações são um fator importante para explicar a diferença entre os resultados do varejo, que está sendo abastecido por produtos externos, e da indústria. Para o chefe do departamento de economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, o dólar, “que está nas mínimas das mínimas” é responsável por toda a diferença de resultados dos equipamentos de informática no comércio e na indústria.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A LUMINUS (Escritorio de Contabilidade e Consultoria Empresarial)- ABRE VAGAS DE EMPREGOS PARA A REGIÃO DO MATO GRANDE ATÉ A CAPITAL NATAL-RN



ESTÁ DESEMPREGADO? PRECISANDO DE UM EMPREGO? CANSADO DE FAZER CURRICULUNS E VIAJAR PARA NATAL SEM OBTER ÊXITO? Se você reside nas cidades tais como: Macau, João Câmara, Taipú, Poço Branco, Ceará-Mirim, Touros e proximidades destas cidades, suas preocupações acabaram. Recetimente abriu um escritorio de Contabilidade e consultoria administrativa na cidade de Ceará-Mirim-RN, visando atingir e suprir todas as essas necessidades, oferecendo diversos serviços tais como: Confecção em arte de Baners, consultoria administrativa, desenvolvimento de fluxogramas, organogramas, planilhas gerenciais, folha de pagamento de funcionários, dentre outras atividades. Com endereço fixo, situado na rua João Xavier Pereira Sobral, Nº 814, Cidade de Ceara-Mirim-RN, a LUMINUS chega ao mercado com um serviço inovador. Além de trabalhar com seu foco na área administrativa e contabel, ela ofereçe o CADASTRAMENTO DE CURRICULUNS onde são cruzadas as informações do perfil de candidato com o perfil solicitado pelas grandes empresas parceiras do escritorio. Com a pequena taxa cobrada no ato do preenchimento, você entra automaticamente no processo seletivo para cargos como: operador de caixa, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Escritorio e outros. Para maiores informações ligar para: (84) 9956-3116 falar com Adm. Jean Fábio, om o contador Luiz Antônio ou pelo e-mail: luminusescritorio@bol.com.br

Desemprego cai e bate recorde no Brasil


Aumento de trabalhadores com carteira assinada cresceu em 200825/07/2008 - Tribuna do Norte .Rio - A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu de 7,9% em maio para 7,8% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, taxa média de desemprego caiu de 9,9% no primeiro semestre do ano passado para 8,3% no mesmo período de 2008, o menor nível já registrado na nova série histórica da pesquisa mensal de emprego, iniciada em 2002. Para o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, os resultados do primeiro semestre confirmam sua expectativa de que a taxa de desemprego total de 2008 deverá ser menor do que a registrada no ano passado (9,3%). “Não temos bola de cristal, mas a situação tem que piorar muito para que este ano não feche com uma taxa menor que a do ano passado”, disse. O número de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas somou 21,7 milhões em junho, com aumento de 1,1% em relação a maio e de 4,5% na comparação com junho do ano passado. Foram geradas 932 mil vagas em um ano nas seis regiões. O número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) chegou a 1,84 milhão, com aumento de 0,2% na comparação com maio, mas apresentando queda de 17% na comparação com junho de 2007. A pesquisa do instituto revelou que, em junho, houve aumento no número de empregados com carteira assinada (0,5% ante maio e 9,5% ante junho de 2007) e alta também nos ocupados sem carteira (2,7% ante o mês anterior e 0,1% ante igual mês do ano passado). Com os dados de junho, a participação dos trabalhadores formais (com carteira assinada e funcionários públicos) no total dos ocupados nas seis regiões subiu de 56% no primeiro semestre de 2007 para 58% em igual período de 2008, nível também recorde. Segundo Azeredo, o aumento da formalidade é positivo para a evolução do mercado de trabalho e para os resultados da Previdência. “Não é um aumento que ocorreu de uma hora para outra, é algo que vem se sustentando, ainda que o porcentual de informais ainda seja muito elevado”, disse.

Especial Consumo Consciente: Sustentabilidade precisa envolver consumidor



O desenvolvimento sustentável já é pauta nas discussões entre políticos, meios de comunicação e profissionais de Marketing. Como o consumidor se encaixa no meio dessa causa? Para descobrir isso e repercutir a causa entre eles, o Instituto Akatu, uma organização não-governamental, realiza pesquisas, ações educacionais e publica informações sobre ações sócio-ambientais à sociedade.
De forma a aproximar-se do consumidor, a Akatu surgiu ainda dentro do Instituto Ethos, ONG que é referência no mercado para ações de Responsabilidade Social e trabalha com parâmetros, pesquisas e eventos para repercutir o desenvolvimento sustentável no mercado corporativo. Hoje, a Akatu é responsável pela pesquisa “Responsabilidade Social Empresarial – Percepção do Consumidor Brasileiro”, realizada anualmente desde 2000.
O levantamento, feito em parceria com a agência Market Analysis, também é realizado por outros institutos em mais de 20 países. No Brasil, a Akatu ouviu 800 pessoas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília. Em cada um dos outros países, o levantamento foi feito com cerca de mil pessoas.
Consumidor brasileiro interessa-se pelo assunto, mas não é engajadoOs dados da última pesquisa, referente aos anos de 2007 e 2006 apontam que a preocupação do consumidor em relação ao desenvolvimento sustentável permanece alta, atingindo em torno de 75% dos entrevistados na pesquisa, realizada anualmente desde o ano 2000. Além disso, subiu de 57%, no primeiro levantamento, para 64% no ano passado o número de pessoas que acham que o governo deveria criar leis que obrigassem as empresas a cumprir ações de responsabilidade social.
O que percebe-se, porém, é uma redução no engajamento nessa questão. Em 2000, o percentual de pessoas dispostas a premiar uma empresa socialmente responsável era de 39%, enquanto que, em 2007, o número caiu para 24%. Por premiação, entende-se a decisão de compra do produto, assim como falar bem da marca para outras pessoas. Já no quesito punir, referindo-se ao ato de não comprar um produto de uma marca ou falar mal dela a terceiros, o índice caiu de 35%, em 2000, para 27%, em 2007.
Segundo Marta Capacla, coordenadora de pesquisas e métricas do Instituto Akatu, o motivo pode ser a falta de acesso a informação sobre sustentabilidade e a falta de parâmetros para comparar empresas. “Essa dificuldade desestimula o consumidor a pesquisar sobre as companhias. Apenas 30% buscam informações”, conta Marta.
Consumidores não confiam facilmente em ações de sustentabilidadeAlém disso, há uma certa desconfiança por parte dos consumidores. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE demonstrou que 46% dos brasileiros desconfiam que as ações de Responsabilidade Social das empresas sejam apenas uma mera estratégia de marketing das empresas.
“O excesso de propaganda em mídias convencionais não convence. A publicidade possui uma linguagem que estimula o desejo, a imposição de idéias e não estimula o diálogo. As empresas não estão comunicando eficientemente”, explica Capacla. Para ela, as empresas precisam também comunicar os desafios e dificuldades enfrentados para convencer o consumidor, e não apenas as conquistas.
A falta de participação do consumidor nas ações de Responsabilidade Social são consideradas entraves nesse meio para o desenvolvimento de ações sustentáveis. Para reverter esse problema, na última Conferência Ethos, evento promovido anualmente para difundir a sustentabilidade entre empresas, a Akatu realizou uma oficina para discutir formas de atrair o consumidor para a causa.
Propostas para envolver o consumidor“Entre as sugestões propostas pelos representantes de diversas empresas, estão a criação de um conselho de consumidores para discussão sobre desenvolvimento sustentável. Outra forma sugerida foi através de divulgação em ação endomarketing, já que os funcionários podem falar com mais credibilidade”, diz a coordenadora de pesquisas e métricas da Akatu.
Outra sugestão foi investir em ações educacionais, de forma a fazer o consumidor entender o que realmente é Responsabilidade Social. Como se trata de um conceito ainda em formação, expectativas muito altas em relação a uma empresa podem levá-lo à insatisfação. “Para evitar isso, são eficientes cartilhas de informação, ou mesmo a adptação de relatórios sócio-ambientais para a linguagem de cada um dos targets da marca”, aconselha.
Apesar de comumente não trazer uma linguagem fácil, a eficácia dos relatórios são apontadas em pesquisa da Akatu realizada em 2004. O levantamento afirma que, embora apenas 18% das pessoas afirmem ter lido algum desses relatórios, dado uma olhada ou ouvido falar de alguém que leu algum relatório, 73% delas mudaram a opinião da empresa para melhor, enquanto que 72% falou bem da empresa para outros e 65% comprou produtos da marca após o contato com o relatório.
Brasileiros são menos engajados que consumidores de países desenvolvidosUm maior engajamento dos consumidores já é percebido em países estrangeiros. Nos EUA, a atitude de premiar as empresas sócio-responsáveis já atinge mais de 50% da população. Na média dos países desenvolvidos, o índice de pessoas que efetivamente já premiaram empresas é de 39%, e 34% para punições. Por aqui, são 13% e 12%, respectivamente.
“O mercado estrangeiro são benchmarking para o Brasil. Estamos em um estágio da discussão em que as pessoas estão tão expostas a esse assunto que as estimulam à mudança de hábito. As pessoas cada vez mais inserirão nos seus critérios de compra as ações de responsabilidade social”, prevê Capacla, da Akatu.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Setor agropecuário tem corte de emprego formal


Aldemir Freire aponta como o pior resultado dos últimos dez anos22/07/2008 - Tribuna do Norte .As chuvas que destruíram plantações no Vale do Açu, a entressafra de culturas como melão e cana-de-açúcar e a migração para a agricultura familiar fizeram com que o setor agropecuário do Rio Grande do Norte registrasse 6.288 cortes de empregos formais, entre janeiro e junho deste ano. Este, segundo levamento do economista Aldemir Freire, é o pior resultado nos últimos 10 anos.Baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o levantamento mostra que o saldo (contratações menos demissões) da agropecuária foi negativo, chegando a 6.288 cortes. Foi o pior resultado entre todos os setores da economia nos primeiros seis meses deste ano.O movimento de queda no primeiro semestre não é uma novidade. Como explica Aldemir, isso acontece anualmente porque os ramos do setor que geram empregos formais aqui no RN são, fundamentalmente, a fruticultura irrigada e a colheita da cana. “Essas duas atividades concentram suas contratações, por sua vez, no segundo semestre: sobretudo em função da cultura do melão”. Porém, as fortes chuvas que caíram em abril e destruíram plantações refletiram em demissões atípicas: somente a Del Monte, produtora e exportadora de banana, demitiu mais de mil pessoas antes da hora. “Uma observação rápida do gráfico nos sugere que, normalmente, em média o desemprego no primeiro semestre fica na casa das 4 mil demissões. Assim, podemos debitar na conta das inundações cerca de 2 mil a 2,3 mil empregos perdidos”, explica Aldemir. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetarn), José Ferreira, acredita que esses resultados apresentarão melhora a partir do próximo mês, quando se inicia a safra da cana. Contudo, no ano passado, o movimento foi de queda: o setor registrou o corte de 1.218 vagas e redução de 5,19% no total de empregos formais. TendênciaFerreira destaca ainda que, além desses problemas, há um movimento significativo de pessoas optando pela agricultura familiar que, apesar de gerar ocupação e renda, não é computada como emprego formal pelo Caged. Outra tendência que ajuda a encolher os empregos formais no setor é a modernização, como ressalta o supervisor técnico do Dieese RN, Melquisedec Moreira. Ele frisa que a cultura da cana-de-açúcar, grande empregadora, é uma das que mais sofre processo de mecanização. “E isso não é um fato isolado no RN ou no Nordeste, é em todos os lugares onde ela é cultivada”. Para Melquisedec, é preciso que se fortaleça a agricultura familiar, de modo que os rendimentos gerados através dela mantenham as famílias no campo. “E esta é uma atividade importantíssima quando lembramos que mais da metade dos alimentos básicos que consumimos vem da agricultura familiar”, destaca.

domingo, 20 de julho de 2008

Reposicionada, Colcci celebra estratégia de Marketing bem sucedida


Há vinte e dois anos a história da moda no Brasil começou a mudar. No sul do país, em Santa Catarina, nascia uma das marcas nacionais mais importantes para a moda brasileira nos últimos anos. Em 1986 a Colcci entrou na passarela sem muito brilho e glamour, é verdade. Naquela época a marca tinha sua fábrica de fundo de quintal e seus produtos eram baseados em malharia e moleton.
Em 1999 a Colcci foi comprada pelo atual grupo gestor, AMC Têxtil, após passar por um período de crise. Um ano depois da aquisição da marca o grupo investiu em estrutura, ponto-de-venda e nos clientes. Desde então a empresa cresce e hoje está entre as principais do país no exterior, com presença em mais de 30 países. A Colcci começou a ganhar espaço e valor no mercado da moda a partir do momento em que teve o seu produto definido e acabado, sem falar da chegada às passarelas do Brasil e do mundo com ninguém menos do que Gisele Bündchen.
Ao detectar a carência de opções de moda para o público jovem, a Colcci investiu neste ramo e hoje é referência para novos e antigos consumidores. Independentemente do fator Gisele - que tem papel importante na reestruturação da empresa –, a Colcci já vinha trabalhando na expansão da marca no mundo através de desfiles com Paris Hilton, herdeira da rede de hotéis Hilton, e Liz Jegger, filha de Mick Jagger, vocalista da banda de rock Rolling Stones.
Antes de Gisele, o Marketing entra na passarelaAs primeiras ações de Marketing da Colcci tinham foco em ramificar a marca. A meta era dividir as ações com o objetivo de atingir o maior número possível de consumidores. Para se comunicar, a Colcci se preocupava em passar o conceito de uma coleção de moda. Os primeiros investimentos da marca foram feitos de forma padrão, com anúncios em revistas especializadas em moda.
Pouco tempo depois a Colcci chegou à TV com foco no público jovem. Para atingir este tipo de consumidor a marca investiu em TV fechada, através do canal MTV que tem grande aceitação pelos jovens. “Além da MTV trabalhamos muito com a web, catálogos, PDV e mala direta. Usamos também ferramentas e ações baseadas no ponto-de-venda”, explica Daniel Mafra, relações-públicas da Colcci.
Em 2003 a marca começou a aparecer com freqüência em desfiles de moda, principalmente no Fashion Rio daquele ano. Na época a Colcci apostou em desfiles com celebridades e para isso contratou Paris Hilton e Mick Jegeer apenas para participar dos desfiles. “Usamos uma estratégia de imagem nos desfiles e decidimos que a marca precisava ter uma celebridade para atrair o público masculino e feminino. Pensamos em celebridades que são objeto de desejo e que o público não tivesse nada contra, que não gerasse mídia espontânea negativa”, aponta Mafra em entrevista ao Mundo do Marketing.
Fase de reformulações e investimento em estruturaA Colcci passou por um período de dificuldades e crise em 1999, quando foi comprada pela AMC Têxtil. Desde então os consumidores passaram a ter contato com os produtos da marca em lojas multimarcas. Esta estratégia ampliou o mercado consumidor de Colcci.
Há dois anos a Colcci passou por um novo processo de reestruturação focada em atingir e atender consumidores mais exigentes e de maior poder aquisitivo. Com o reposicionamento, a maioria dos pontos-de-venda recebeu investimento enquanto outros foram desativados por não se adaptar ao novo estilo da marca.
A estratégia de expansão englobou estrutura e comunicação. Prova disso é que a fábrica da Colcci ocupa 12.000 m2 e tem cerca de 1500 colaboradores. “Houve uma retomada com reformulação em toda a fábrica. O investimento foi direcionado à estrutura da empresa e em Marketing através de estrelas POP para campanha e mais anúncios”, conta o relações públicas da Colcci.
Cuidados e efeitosAssim como em qualquer segmento, uma reestruturação acarreta em cuidados para não desfazer a imagem da marca perante os consumidores fiéis. Normalmente uma empresa reposicionada corre o risco de entregar um produto diferente ao que o consumidor está acostumado. Na aquisição da Colcci, a marca já passava por um processo de mudança. “Continuamos o trabalho só que com um visual um pouco mais fashion e investimos na semana de moda, que é muito importante para uma marca de moda do ponto de vista nacional”, diz Mafra.
Falar em Semana de moda e Colcci leva qualquer consumidor - ou conhecedor do ramo da moda - a pensar em Gisele Bündchen. A modelo brasileira teve importância fundamental no processo de comunicação da marca, gerando penetração no mercado mundial e agregando valores por ser uma marca brasileira. “A Gisele é um bom cartão de visitas por ser “Brasil” e não é qualquer marca que pode pagar por ela. Isto significa para o mercado que a Colcci é uma empresa que tem estabilidade financeira”, ressalta Mafra.
Números da modaA melhor forma de mostrar o crescimento da Colcci é através dos números. A marca está espalhada pelo mundo e pode ser encontrada em 1.650 lojas multimarcas e nove franquias internacionais. As franquias foram usadas como forma de expandir a empresa antes mesmo da compra da marca pelo grupo AMC Têxtil. No Brasil, a Colcci tem 102 franquias e pode ser encontrada em cerca de 1.500 lojas multimarcas.
Bem estabelecida no Brasil, a Colcci está trabalhando no desenvolvimento de outras franquias e, pelo visto, a empresa não pretende esperar a hora do desfile para encantar o consumidor. “O faturamento vai muito bem e o nosso trabalho internacional também. Temos uma nova sede nos Estados Unidos e entrar no mercado americano é o foco da Colcci este ano”, afirma Daniel Mafra, Relações Públicas da Colcci, que completa: “Além de vender roupa, a Colcci vende moda”.
* Atualizado às 15h30

Juros sobem mais que a taxa Selic, aponta Procon SP


Antes de optar por um banco, cliente deve pesquisar as taxas cobradas20/07/2008 - Tribuna do Norte São Paulo (AE) - O consumidor está pagando duas vezes a conta da escalada da inflação: uma nos preços dos produtos básicos que compra nos supermercados e outra nas taxas de juros cobradas pelos bancos. Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo mostra as taxas de juros do empréstimo pessoal e do cheque especial subiram neste mês na comparação com o anterior, seguindo a alta da taxa básica de juros, a Selic, para conter o avanço da inflação. Neste mês, a taxa média de juros do cheque especial em dez bancos pesquisados ficou em 8,83% ao mês com elevação de 0,10 ponto porcentual na comparação com junho. Ao ano, a taxa do cheque especial está 176,14%, muito acima da taxa Selic, hoje em 12,25% ao ano. No caso do empréstimo pessoal, a média mensal dos dez bancos pesquisados neste mês foi de 5,67%, com um acréscimo de 0,06 ponto porcentual em relação a junho. Anualizada, a taxa chega a 93,90%. “Desde janeiro as taxas cobradas do consumidor nos empréstimos pessoais estão em trajetória ascendente. No cheque especial, a alta ocorre desde março”, observa Cristina Rafael Martinussi, técnica da Fundação Procon SP. Ela destaca que, de janeiro a julho, o acréscimo nos juros nessas duas modalidades de financiamentos foi muito superior ao aumento da taxa Selic em igual período. Enquanto a taxa básica de juros já subiu um ponto porcentual neste ano, de 11,25% ao ano para 12,25%, a taxa anual dos empréstimos pessoais aumentou 6,87 pontos porcentuais, de 87,03% ao ano em janeiro para 93,90% ao ano em julho. No caso do cheque especial, o acréscimo foi ainda maior. Em janeiro a taxa média anual dessa modalidade de financiamento estava em 157,73% e hoje atingiu 176,14% . A elevação no período foi de 18,41 pontos porcentuais. “Os bancos não querem correr riscos e seguem a mesma curva de aumento da taxa básica de juros”, observa Cristina. Segundo ela, o aumento das ao consumidor foi mais do que proporcional do que a elevação da taxa básica porque o risco de inadimplência, especialmente da baixa renda, aumentou. Ela acredita que as taxas de juros estipuladas pelos bancos deverão continuar subindo nos próximos meses, sobretudo porque, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) marcada para a semana que vem a expectativa do mercado é de uma nova elevação da Selic, em torno de 0,50 ponto porcentual. A pesquisa da Fundação Procon-SP revela também que, dos dez bancos pesquisados neste mês seis deles elevaram as taxas do empréstimo pessoal e quatro optaram pela manutenção dos juros. Para o cheque especial, quatro elevaram as taxas e seis mantiveram.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A LUMINUS (Escritorio de Contabilidade e Consultoria Empresarial)- ABRE VAGAS DE EMPREGOS PARA A REGIÃO DO MATO GRANDE ATÉ A CAPITAL NATAL-RN






ESTÁ DESEMPREGADO? PRECISANDO DE UM EMPREGO? CANSADO DE FAZER CURRICULUNS E VIAJAR PARA NATAL SEM OBTER ÊXITO? Se você reside nas cidades tais como: Macau, João Câmara, Taipú, Poço Branco, Ceará-Mirim, Touros e proximidades destas cidades, suas preocupações acabaram. Recetimente abriu um escritorio de Contabilidade e consultoria administrativa na cidade de Ceará-Mirim-RN, visando atingir e suprir todas as essas necessidades, oferecendo diversos serviços tais como: Confecção em arte de Baners, consultoria administrativa, desenvolvimento de fluxogramas, organogramas, planilhas gerenciais, folha de pagamento de funcionários, dentre outras atividades. Com endereço fixo, situado na rua João Xavier Pereira Sobral, Nº 814, Cidade de Ceara-Mirim-RN, a LUMINUS chega ao mercado com um serviço inovador. Além de trabalhar com seu foco na área administrativa e contabel, ela ofereçe o CADASTRAMENTO DE CURRICULUNS onde são cruzadas as informações do perfil de candidato com o perfil solicitado pelas grandes empresas parceiras do escritorio. Com a pequena taxa cobrada no ato do preenchimento, você entra automaticamente no processo seletivo para cargos como: operador de caixa, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Escritorio e outros. Para maiores informações ligar para: (84) 9967-5313 (Contador-Luiz Antônio), (84) 8829-2258 (Administrador- Jean Fábio) ou pelo E-mail: luminusescritorio@bol.com.br

Como não jogar a verba de Marketing pela janela


A comunicação está sempre mudando e as empresas anunciantes seguem a mesma linha. Com cada vez menos verba para investir, os profissionais de Marketing precisam avaliar de forma cuidadosa onde o dinheiro será alocado. Neste cenário, quatro profissionais com experiência de mercado criaram uma empresa de consultoria que promete melhorar o relacionamento dos departamentos financeiros com o de Marketing.
A Precision Marketing chega ao mercado com um serviço de otimização e posicionamento para empresas que investem em comunicação, apresentando uma forma de integrar a propaganda com outros “braços” do Marketing. Desta forma, o anunciante consegue amplificar suas mensagens com o público e identificar falhas na comunicação, para conhecer as soluções.
Em entrevista ao Mundo do Marketing, Karol Sapiro, Diretor da Precision Marketing, explicou as principais razões que levam ao desperdício de verba em comunicação, retorno sobre investimento em Marketing (ROI), mensuração de resultados, entre outros pontos fundamentais para não jogar dinheiro pela janela.
Quais são as principais razões para o desperdício de verba em ações de Marketing?A principal razão pelo desperdício de verba em Marketing é uma falta de profundidade e precisão em estratégias de segmentação e posicionamento. Se você não levar isto em consideração, qualquer ação ou estratégia de Marketing terá grande possibilidade de desperdício. E isso vale para todo o departamento de Marketing.
Se no Marketing como um todo percebemos que existe o desperdício, como fica a propaganda?Em propaganda as causas do desperdício são também a falta de profundidade e precisão nas estratégias, mas deve existir também a preocupação com o target e com o posicionamento. Na propaganda, a principal forma de se jogar dinheiro fora é não haver integração com os demais pontos de contatos com o consumidor. É aí que se concentra a grande perda da mensagem e dos recursos financeiros. Campanhas de Marketing Direto com retorno de 5% são consideradas “case”. Você acredita que este retorno é bom?Se você entender que a grande força do Marketing Direto é a capacidade de falar com as pessoas certas no momento certo, este número é triste porque a grande força do Marketing Direto é a capacidade de escolher os consumidores que podem oferecer melhores respostas. Um bom retorno é difícil quantificar. Quando trabalhei com Marketing Direto obtive retorno na ordem de 35 a 40%, considerado muito bom, porém você perdeu 60% do investimento.
Hoje o retorno gira em torno de 3 a 5%, que é um percentual inaceitável se considerarmos a tecnologia disponível no mercado. Muitas empresas usam o Marketing Direto como instrumento de conquista de novos clientes ou de relacionamento, mas muitas delas não medem o resultado das campanhas e, por isso, fica difícil dizer se está certo ou errado.
Um ROI de 5% é bom dependendo da taxa de retorno sobre investimento que a empresa tem. Normalmente algumas trabalham com 7 a 8% de retorno sobre investimento e qualquer retorno abaixo deste número é sinônimo de que a empresa poderia ter investido em outras ferramentas. Mas, se a propaganda gerar um aumento de 5% no número de pessoas motivadas a comprar, será um resultado brilhante. Não só do ponto de vista do negócio, mas principalmente se essas intenções de compra se converterem em compras efetivas. Outro problema que as empresas têm é em relação à mensuração dos resultados. Existe um remédio de curto para este problema?De curto prazo creio que seja difícil por causa da velocidade que rege tanto os anunciantes quanto as agências – principalmente as multinacionais. Colocar em prática uma nova cultura de mensuração de resultados ainda não é uma das maiores prioridades das corporações.
Estas grandes empresas medem resultados, mas não sei se medem os efeitos da propaganda. Existem empresas usando esses modelos e elas estão felizes. Na nossa visão, ainda há muito que fazer quanto à mensuração de retorno da propaganda.
Quais são os primeiros passos que as empresas devem seguir para não desperdiçar dinheiro?O primeiro passo é dar um pouco mais de profundidade e precisão às estratégias de posicionamento e de segmentação do target. Não adianta falar muito em desperdício de propaganda e mídia mal colocada – o que realmente acontece e faz parte de qualquer sistema de tomada das decisões - se a primeira decisão não estiver bem definida porque todas as outras decisões tomadas depois disso estarão erradas. Como as empresas podem esticar e otimizar as verbas de Marketing?Através da integração da comunicação, principalmente para clientes e anunciantes de empresas e marcas menores. Hoje existem milhões de possibilidades e de situações e se você não tiver o cuidado em alocar mensagens e recursos financeiros nos pontos vitais para escolha e compra da marca, a empresa vai perder dinheiro.
No processo de compras é preciso entender o que o consumidor faz, a quem ele recorre, onde busca informações sobre o produto e tira dúvidas sobre um produto e com quem ele fala. Mapeando esse comportamento, você começa a alocar a verba em função disso. Hoje os pontos fundamentais de contato com o consumidor é ter presença atualizada na Internet junto aos sites de busca, no SAC, propaganda e Trade Marketing.
Com integração e a alocação correta da verba, todos os pontos de contato passam a mesma mensagem. Caso isto não aconteça a empresa corre o risco de se desintegrar e perder o dinheiro investido, já que cada ferramenta dirá uma coisa para o consumidor. Isto é esticar verba e usar os mesmos recursos em diversos pontos de contato.
Como o profissional de Marketing deve encarar a pressão por resultados com verbas cada vez menores?Primeiro é preciso fazer pesquisa para justificar o investimento e o retorno do dinheiro. É comum que as empresas invistam 99% da verba em mídia e 1% em pesquisa. Isso acarreta em uma pressão grande do profissional de finanças da companhia anunciante.
É preciso alocar um pouco mais de dinheiro em novas maneiras de medir o intangível e fazer a correlação com gastos e retorno. Algumas pessoas acham que vão medir o retorno de propaganda nas vendas. Elas estão enganadas. A Propaganda não gera nem vendas e nem aumento do market share, mas mesmo assim o retorno é medido por isso. Estas métricas estão erradas.No fim da história o vilão é sempre a propaganda porque ela é a parte mais vulnerável, menos mensurável, em culturas cada vez mais mensuráveis. Usando a pesquisa correta você tem condições de conversar e justificar para o financeiro ou o CEO da empresa, porque o dinheiro pode ou não ser gasto e ainda evita comentários sobre desperdício de verba.Como fazer uma pesquisa capaz de medir o retorno sobre o investimento?Não é suficiente usar dos métodos de pesquisa existentes porque quase todos não levam em consideração o retorno sobre o investimento. Estão mais preocupados em avaliar a qualidade e execução criativa, se o consumidor gostou ou não do filme, se o filme está relacionado à marca – que também são de extrema importância para o Marketing.
Existem pesquisas específicas para mensuração do ROI, porém não podemos usar uma pesquisa X para responder a questão Y. É o mesmo caso do antibiótico que serve para sinusite, mas não funciona para pneumonia.

terça-feira, 15 de julho de 2008

A LUMINUS (Escritorio de Contabilidade e Consultoria Empresarial)- ABRE VAGAS DE EMPREGOS PARA A REGIÃO DO MATO GRANDE ATÉ A CAPITAL NATAL-RN




ESTÁ DESEMPREGADO? PRECISANDO DE UM EMPREGO? CANSADO DE FAZER CURRICULUNS E VIAJAR PARA NATAL SEM OBTER ÊXITO? Se você reside nas cidades tais como: Macau, João Câmara, Taipú, Poço Branco, Ceará-Mirim, Touros e proximidades destas cidades, suas preocupações acabaram. Recetimente abriu um escritorio de Contabilidade e consultoria administrativa na cidade de Ceará-Mirim-RN, visando atingir e suprir todas as essas necessidades, oferecendo diversos serviços tais como: Confecção em arte de Baners, consultoria administrativa, desenvolvimento de fluxogramas, organogramas, planilhas gerenciais, folha de pagamento de funcionários, dentre outras atividades. Com endereço fixo, situado na rua João Xavier Pereira Sobral, Nº 814, Cidade de Ceara-Mirim-RN, a LUMINUS chega ao mercado com um serviço inovador. Além de trabalhar com seu foco na área administrativa e contabel, ela ofereçe o CADASTRAMENTO DE CURRICULUNS onde são cruzadas as informações do perfil de candidato com o perfil solicitado pelas grandes empresas parceiras do escritorio. Com a pequena taxa cobrada no ato do preenchimento, você entra automaticamente no processo seletivo para cargos como: operador de caixa, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Escritorio e outros. Para maiores informações ligar para: (84) 9967-5313 (Contador-Luiz Antônio), (84) 8829-2258 (Administrador- Jean Fábio) ou pelo E-mail: luminusescritorio@bol.com.br

Marketing em Pequim. Veja as estratégias das empresas para as Olimpíadas


Este é o ano dos jogos. Em agosto acontece as Olimpíadas de Pequim, na China, e - assim como os atletas que participarão do maior evento de esportes do mundo -, marcas de todo o planeta buscam conquistas e desafios para atingir seus objetivos: aumentar as vendas e a lembrança na mente do consumidor. Associar uma marca a um evento como as Olimpíadas agrega valores como união, internacionalidade, além de ser um prato cheio para o departamento de Marketing de qualquer empresa. Marcas como McDonalds, GE, Samsung e Olimpykus mostram a importância de estarem vinculadas a um evento de esportes mundial, através de ações no ponto-de-venda, digitais e de incentivo.
Esta será a vigésima nona edição dos Jogos Olímpicos e as empresas nacionais e internacionais pretendem unir a sua marca aos vencedores e destaques do esporte, em diversas modalidades. Bronze, prata ou ouro? Qual estratégia de Marketing merece subir no pódio em Pequim?
Samsung cria um time de MarketingConhecida no Brasil por estar associada a diversos esportes, a Samsung veste a camisa e entra em campo ou em quadra para ganhar confiança e credibilidade do consumidor. Estar associada a um evento como as Olimpíadas significa exposição em mídia e associação com o esporte. Por isso, a empresa criou o Time Medalha Azul, que funciona como uma seleção de atletas de diferentes categorias.
O Time é um projeto que já foi desenvolvido durante o PanAmericano, que aconteceu no Rio de Janeiro ano passado. Assim como no Pan, para Pequim a Samsung selecionou atletas de categorias diferentes e não de esportes distintos. “Temos um ídolo do esporte masculino e feminino, promessas, atletas mirins e páraolímpicos também”, explica Carlos Werner (foto), diretor de Marketing da Samsung.Uma das principais estratégias desenvolvidas pelo departamento de Marketing da Samsung é o patrocínio. Desta forma a marca está presente no uniforme dos atletas e ainda é possível usar a imagem deles na comunicação da empresa. Além disso, a empresa promove ações no PDV como sessões de autógrafos. “Fizemos uma ação recentemente com o Giba, do Vôlei, que deu autógrafos no shopping Ibirapuera”, conta Werner em entrevista ao Mundo do Marketing.Oferta de serviços e conexões com a marcaO esporte une povos e atletas de diversas culturas e por isso os profissionais de Marketing acreditam que esta é uma oportunidade de ouro para aumentar receitas, market share, além de ganhar visibilidade em todo o planeta. Neste caso, diversidade está para Olimpíadas assim como serviços está para a GE, já que a companhia está envolvida em aproximadamente 350 projetos durante os jogos de Pequim.Entre iluminação, transporte de atletas e infra-estrutura, a GE busca algo simples se comparado ao investimento. “O principal retorno que a empresa pretende receber é o reconhecimento da GE como uma companhia fornecedora de infra-estrutura e tecnologia”, informa João Geraldo Ferreira, CMO (Chef Marketing Office) da GE para América Latina.
O McDonalds já é conhecido como um dos principais patrocinadores dos eventos de esportes no mundo. Com o tema Pequim, a empresa já oferece experiências no PDV e em seus produtos, como o molho chinês oferecido nos hambúrgueres da empresa. O principal objetivo do McDonalds é oferecer conexão entre os valores da marca e os ideais olímpicos e, conseqüentemente, estimular um estilo de vida ativa.
“Os jogos olímpicos mostram a democratização e o McDonalds é o restaurante mais democrático do mundo porque recebemos executivos, crianças, jovens, senhoras, donas-de-casa, todos juntos em um mesmo ambiente”, aponta Roberto Gnypek (foto), gerente de Marketing do McDonalds.
O Marketing da Samsung é dividido principalmente entre esportes e ações no ponto-de-venda. Com foco na prática esportiva principalmente nos últimos anos, a Samsung resolveu investir na Samsung Experience. Diferente de um local para vendas, o espaço foi desenvolvido para transmitir experiência ao consumidor em São Paulo.
Esportes como estratégiaHoje a marca Samsung está presente na Federação Paulista de Futebol através de placas de campo, ações de relacionamento, promoções e patrocínios. “Patrocinamos um dos principais times de futebol da Inglaterra, o Corinthians, duas equipes de Stock Car, o Museu do Futebol, e esse ano começamos a patrocinar um campeonato de Golf”, diz o diretor de Marketing da Samsung, Carlos Werner.
Desde outubro do ano passado o McDonalds já investe na construção de uma ligação com as Olimpíadas de Pequim, através de comerciais e promoções com a assinatura do evento esportivo. Segundo Roberto Gnypek, o envolvimento passou por três fases. A primeira entre março e maio deste ano na inauguração da promoção “Jogos Olímpicos? Tô Dentro!”, baseada no envio de imagens e vídeos, com foco no público adolescente.
A segunda fase da promoção aconteceu em junho com uma promoção para jovens e adultos que oferecia cinco tipos diferentes de copos olímpicos, que duraram duas semanas no estoque. Ainda em andamento, a fase final da promoção começou este mês e é direcionada a produtos – através do cardápio China Menu - e no PDV com tematização das lojas com o filme Kung Fu Panda.
“Terminaremos esta fase de envolvimento no mês de agosto, quando mandaremos três brasileiros para assistirem aos Jogos Olímpicos em Pequim. Tudo está integrado às lojas. Essa é a nossa visão estratégica de que a experiência de marca só se integraliza no PDV”, avalia o gerente de Marketing do McDonalds.
Investimento em ferramenta digitalCom a chegada de novas tecnologias tornou-se mais fácil para as empresas oferecer novas experiências ao consumidor. Na Olimpykus, o Marketing apostou na campanha Conspiração Pequim que, entre as ações, oferecerá comunicação pela TV, Internet e PDV, com o objetivo de gerar entretenimento com o consumidor.
A web, aliás, terá grande espaço nesta campanha da marca nacional de assessórios esportivos. “Com o site entregamos um pouco de entretenimento em troca da atenção do consumidor. Em seguida faremos uma ação no PDV com materiais nas lojas, além do B2B através de uma convenção com clientes e representantes”, explica Marcio Callage (foto), gerente de divisão de Marketing da Olympikus.
Callage destaca ainda que a Conspiração Pequim foi veiculada com um mês de antecedência no Youtube através de uma ação viral que alertava o usuário sobre uma lenda. “O personagem principal da ação estava infiltrado na platéia da convenção B2B e ele foi chamado de surpresa para falar sobre a Conspiração Pequim”, conta o gerente de divisão de Marketing da Olympikus.
Marcas fazem incentivoCom a participação de empresas em jogos esportivos como as Olimpíadas, o resultado se reflete nos índices atingidos pelos atletas. Ciente de que a “participação” da Samsung é importante para os atletas do Time Medalha Azul, Carlos Werner acrescenta: “Estamos aumentando as chances de medalhas do país com eventos como a Corrida de Rua em São Paulo”, acredita.
Além dos atletas, as empresas que patrocinam ou investem em ações de guerrilha nos períodos dos eventos podem incentivar os funcionários com campanhas internas, como o caso do McDonalds. A experiência que o restaurante oferece está ligada diretamente ao modo como os funcionários vão receber os consumidores. “Enviaremos três ou quatro funcionários para atender os atletas em Pequim. Este envolvimento é essencial para a estratégia de Marketing da empresa”, diz.
Além de levar os colaboradores a uma disputa saudável pelo bom atendimento nas lojas da rede, a empresa de fast-food oferece promoções para funcionários através da Intranet. Na Samsung, a experiência do Time Medalha Azul vai além do fato de aumentar o rendimento dos atletas. “Patrocinar o esporte brasileiro é uma ferramenta para mostrar que a empresa está no Brasil para investir e não passar a imagem de uma marca que só traz campanhas de fora”, salienta Werner, em entrevista ao site.
Imagem vale ouroEnquanto algumas empresas investem em outros segmentos para atingir o consumidor, a GE pretende transmitir a sua segmentação. “A GE é um conglomerado de segmentos que não compete com um ou dois concorrentes. Queremos transmitir a imagem de uma empresa que oferece produtos de forma fragmentada”, explica o CMO da GE para América Latina, João Geraldo Ferreira (foto). A associação da Olympikus com as Olimpíadas de Pequim segue a linha de crescimento da marca - o objetivo da empresa - e as Olimpíadas tem o alicerce do Marketing na busca por resultados. “Precisamos trabalhar a associação com esportes porque nossa plataforma está baseada em patrocínios. Agregando valor ao produto, o consumidor enxerga isso de forma positiva, o que gera crescimento no preço médio do produto”, completa Marcio Callage, gerente de divisão de Marketing da Olympikus.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A LUMINUS (Escritorio de Contabilidade e Consultoria Empresarial)- ABRE VAGAS DE EMPREGOS PARA A REGIÃO DO MATO GRANDE ATÉ A CAPITAL NATAL-RN


ESTÁ DESEMPREGADO? PRECISANDO DE UM EMPREGO? CANSADO DE FAZER CURRICULUNS E VIAJAR PARA NATAL SEM OBTER ÊXITO? Se você reside nas cidades tais como: Macau, João Câmara, Taipú, Poço Branco, Ceará-Mirim, Touros e proximidades destas cidades, suas preocupações acabaram. Recetimente abriu um escritorio de Contabilidade e consultoria administrativa na cidade de Ceará-Mirim-RN, visando atingir e suprir todas as essas necessidades, oferecendo diversos serviços tais como: Confecção em arte de Baners, consultoria administrativa, desenvolvimento de fluxogramas, organogramas, planilhas gerenciais, folha de pagamento de funcionários, dentre outras atividades. Com endereço fixo, situado na rua João Xavier Pereira Sobral, Nº 814, Cidade de Ceara-Mirim-RN, a LUMINUS chega ao mercado com um serviço inovador. Além de trabalhar com seu foco na área administrativa e contabel, ela ofereçe o CADASTRAMENTO DE CURRICULUNS onde são cruzadas as informações do perfil de candidato com o perfil solicitado pelas grandes empresas parceiras do escritorio. Com a pequena taxa cobrada no ato do preenchimento, você entra automaticamente no processo seletivo. Para maiores informações ligar para: (84) 9967-5313 (Contador-Luiz Antônio), (84) 8829-2258 (Administrador- Jean Fábio) ou pelo E-mail: luminusescritorio@bol.com.br

Moacir Potiguar Júnior: “Shopping de carro é uma tendência”


O empresário Moacir Potiguar Jr faz questão de dizer que é formado na universidade da vida, começou a ajudar aos 9 anos seus pais, Moacir Potiguar e Juanita Potiguar que era representante comercial de confecções, e chega agora aos 42 anos comandando ao lado da mãe, Juanita Potiguar e do irmão, Joacir Potiguar as empresas–Consórcio Redenção (veículos e imóveis) e o Natal Auto Shopping (veículos) inaugurado na BR-101 que reúne 42 lojas de veículos novos e usados. Nessa entrevista ele fala sobre a nova tendência dos donos de lojas de veículos de centralizarem as compras num só local, onde o consumidor tem a opção de escolher seu carro sem problema de ficar circulando no comércio por várias lojas para realizar sua compra. Para chegar aonde chegou até hoje, ele iniciou sua trajetória trabalhando no Rio de Janeiro como ofice boy, numa empresa de perfuração, a Marlim do Brasil. Depois foi morar nos Estado Unidos onde trabalhou na Lumis do Brasil. Voltou para o Brasil e passou três anos em São Paulo onde trabalhou no ramo de confeções. Na volta a Natal adquiriu o consórcio Caixa Forte (consórcio de automóveis) em sociedade com o irmão Joacir Potiguar. Um ano depois saíram do Caixa Forte e compraram a carta do Consórcio Redenção originária de São Paulo. Antes, em 1990 também tiveram a revenda de Jet Ski (Redenção Náutica) e uma de veículos da marca Suzuki. A partir de 1997, inauguraram a loja Redenção e em 2002 a Nissauto (revendedora Nissan), além da Empreendimentos Imobiliários (construção de condomínios Green Club) em sociedade com outros empresários.Como o senhor analisa essa tendência dos empresários do ramo de automóveis de Natal partirem para centralizar as vendas de veículos num shopping especializado ?Eu acho que está faltando hoje as pessoas tempo para fazer tudo. O primeiro pensamento que eu tive há mais de 10 anos atrás quando tentei fazer um shopping de lojas de automóveis num terreno na avenida avenida Capitão Mor-Gouveia. Para mim a facilidade do cliente chegar num shopping desse porte que estamos entregando a cidade – limpo, com a variedade de 800 carros para você escolher, isso é uma comodidade muito grande, é a mesma coisa como a um shopping center comprar qualquer objeto.
O senhor acha que o natalense vai se adaptar bem a essa experiência de vir comprar seu veículo num shopping especializado ?Além de empreendedor do shopping eu tenho uma loja de automóveis eu estou apostando no Natal Auto Shopping, porque o cliente da minha loja – Consórcio Redenção vai deixar de ir lá onde eu tenho entre 40, 50 carros, para vir num espaço que tem 800 veículos. É muito melhor para ele comparar preços, comparar produto e sair já com o carro, porque ele não vai ficar de loja em loja, perdendo tempo com estacionamento e procurando aquele carro que é o ideal para ele.
Qual o custo que o empresário tem para participar com sua loja num shopping desse porte ?O custo de montar uma loja no shopping talvez seja mais barato do que fazer uma loja de carro própria. Ele paga hoje R$ 150 mil de luvas para um contrato de 10 anos e R$ 4 mil de aluguel mensal, mais taxa de condomínio e taxa de propaganda. Se você for para a ponta do lápis e remodelar qualquer prédio vai custar em torno de R$ 100 mil e o aluguel que é mais ou menos isso ai, sem estar num ponto privilegiado como esse que nós temos aqui.
O senhor não acha que por estar distante do centro comercial isso não cria um certo obstáculo para atrair compradores ?Eu acho que o maior problema em Natal é o de estacionamento e nós temos uma área disponível com 140 vagas, além disso o comprador não vai ter que enfrentar trânsito para ficar circulando de loja em loja para escolher seus carro. No shopping o cliente tem acessibilidade e estacionamento, o comprador tem o conforto com uma ampla área pode até trazer seus filhos para brincar no parque infantil, temos lanchonete, tudo é mais cômodo.
Na sua visão qual a vantagem que tem o consumidor de comprar um seminovo se o carro zero quilômetro tem crédito a vontade ?O crédito para o seminovo hoje também está muito facilitado e uma das vantagens de comprar um seminovo é que como o carro zero está muito fácil de comprar, isso faz com que o seminovo seja bem mais barato do que o novo. As vezes compensa a pessoa comprar um seminovo de uma loja que tenha procedência, que seja um carro garantido e o crédito também está muito facilitado para o seminovo, sem falar no desconto negociado com o comprador.
A facilidade da comprar um carro zero não atrapalha a venda de um seminovo ?Não, porque são preços diferentes, produtos e clientes diferentes. Existe o cliente que só quer comprar o carro novo e aquele que prefere só ter o benefício do preço do seminovo. As taxas de juros são quase equivalentes.
O senhor acha que o mercado de automóveis em Natal já atingiu o seu ponto de saturação ?Não, de forma nenhuma eu acho que o mercado de automóveis de Natal está se renovando. A venda de seminovo está sendo depurada, porque tem muita gente investindo com muito profissionalismo. O mercado está passando por uma fase de renovação, vai se dar mais atenção aos clientes, escolha do carro será mais eficiente e mais correção aos negócios.
Quando o senhor se refere que faltava profissionalismo no setor, isso quer dizer que o mercado de automóveis em Natal é amadorístico ou semi-profissional ?Eu posso dizer até que essa pessoal a maioria falta profissionalismo, como a concorrência é grande o profissionalismo está crescente no nosso ramo e acreditamos que a mudança do mercado é exatamente isso ai, nós vamos depurar o mercado com empresas que queiram fazer negócios e não de comerciantes de momento, como existia antigamente. A pessoa tinha algumas economias, comprava três, quatro carros, daqui a pouco tinha uma loja e depois virava revendedor de carro, hoje isso não é mais assim, tem o profissional do ramos de automóveis – são verdadeiras empresas sérias e muitas delas grandes e hoje já chegam a faturar R$ 8 milhões por mês, vendendo o seminovo.
O senhor acha que esse corredor da BR-101, poderá ser uma nova vitrine de revendedoras de veículos ?Acredito que sim, na BR-101 temos em torno de 8 a 10 concessionárias de veículos, dois shoppings de carros seminovos. Eu diria que lugar de comprar hoje um seminovo é aqui. Até pelo preço do custo de um terreno na Prudente de Morais não comporta mais você ter uma concessionária naquela avenida ou loja de seminovos pelo preço do terreno. Veja o problema da avenida Bernardo Vieira a falta de estacionamento está fazendo com que muitas lojas deixem o local e procurem outras áreas.
O senhor acha que a novidade que é o shopping de carro já está mexendo com o mercado natalense ?Já, porque existia eu não sei se você sabe um shopping operando em Natal, pouco divulgado, mas existia, como nosso empreendimento tem muita visibilidade, realmente está mexendo com o mercado. No dia da inauguração do Natal Auto Shopping, nós tivemos aqui mais de três mil pessoas – sábado e domingo, isso aqui parecia um shopping center convencional. As pessoas estão surpresas com o que estão vendo, estão felizes porque o local é agradável para os lojistas, para os clientes e para quem nos visita. Mesmo que a pessoa não queira vir comprar um carro zero ou seminovo está vindo aqui conhecer e passear. Eu vou até comparar – quando as pessoas chegam na praia da Pipa dizem que não tem muita coisa para ver, além da praia, mas o local é muito agradável, isso ocorre a mesma coisa com o Auto Shopping, só temos carros para mostrar, mas o local é muito agradável.
Qual a estrutura do Natal Auto Shopping e o investimento feito ?Temos 42 lojas, sendo 36 de automóveis e outras seis que incluem financeiras, corretoras de seguros, kits, clube (brinquedos para crianças) e lanchonete. Estamos tentando trazer para cá um posto do Detran para prestar serviço aos nossos clientes. Sobre o investimento, prefiro não revelar, mas posso adiantar que terá um retorno somente com 10 anos de funcionamento.
O senhor não acha que o mercado de automóveis está muito aquecido e com o aumento das taxas de juros, isso não pode frear esse “boom” ?Eu acredito que o mercado está aquecido demais, eu imagino que até o final do ano teremos uma redução muito pouca e vai ter um certo equilíbrio. Acho que o mercado de automóveis chegou no seu limite de vendas. As pessoas não vão adquirir carro com tanta voracidade como agora. Acho que o mercado vai se estabilizar e prosseguir com seu curso normal. A demanda reprimida influenciou muito. As pessoas passaram muitos anos sem poder comprar um carro, outros que não sonhavam nem com isso estão comprando seu primeiro carro. Até um ano e meio atrás ninguém imaginava que o juro ficasse mais barato com prazo longo, comprar um carro em 72, 90 meses só se fosse através de consórcio e olhe, olhe.
O mercado de carros importados também cresceu muito em Natal ?Cresceu muito, acredito que até mais do que o nacional, por conta do preço do dólar. Agora uma coisa que muita gente mistura é que algumas marcas não são mais importadas mais como Citroen, Peugeot, Renault, Nissan, todos já são fabricados no Brasil. Algumas pessoas ainda pensam que são carros importados.
É verdade que existem filas de espera para compra de carros novo em Natal ?Existe, para carros nacionais de importados, alguns modelos com filas de 30 dias e até 90 dias. Eu não falo quais os modelos para não despertar protesto das concessionárias. Tem carro de R$ 300 mil que o cliente tem que esperar de três a seis meses.
Como o senhor analisa a política do governo que está aumentando as taxas de juros, isso não vai afetar o setor de revenda de veículos ?Isso depende muito do mercado mundial, nós estamos sofrendo aqui o reflexo que o mundo vem passando. Quando a economia estava estabilizada o presidente Lula dizia que era por ser da nossa política econômica e os heróis eram nossos gestores econômicos. Como agora está ocorrendo uma mudança , a culpa é do mercado mundial. Eu não sou economista, mas acredito que tanto a parte boa como a parte ruim depende muito mais do mercado externo do que do nosso pequeno mercado. Vamos depender sempre do mercado externo.

sábado, 12 de julho de 2008

MPEs têm 55% dos empregos do RN


Comércio responde por 48,2% das MPEs potiguares12/07/2008 - Tribuna do Norte
As 24,4 mil micro e pequenas empresas do Rio Grande do Norte foram responsáveis por 55,2% dos empregos formais no setor privado do estado em 2006. Naquele ano, elas reuniam 152,8 mil pessoas em seus quadros funcionais. Os dados são da segunda edição do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, cujos dados foram apresentados ontem pelas instituições que o fizeram, Sebrae e Dieese.Naquele ano, as micro empregavam 70,2 mil pessoas. As pequenas, 82,6 mil. No total, as MPEs do estado detinham 152,8 mil vagas formais, 55,2% do total das empresas privadas do RN. O percentual é mais alto do que a média do Nordeste (50,1%) e do Brasil (50,8%). O estudo mostra que as MPEs potiguares foram responsáveis por 43,5% dos salários pagos no estado naquele ano. Em 2006, a remuneração média de pessoas que trabalhavam em MPEs era de R$ 575 - o equivalente a 1,6 salário mínimo da época (R$ 350) -, abaixo da média do Nordeste (R$ 615) e do Brasil (R$ 795). No RN, as melhores remunerações eram no setor de serviços (R$ 620). O superintendente do Sebrae RN, Zeca Melo, avalia os dados do RN como positivos e destaca que as MPEs estão se tornando uma alternativa ao domínio da tecnologia em detrimento ao uso de pessoas nas empresas. “Geralmente as micro e pequenas trabalham em uma faixa onde, de maneira geral, não exige alta tecnologia, principalmente na área de serviços, que foi a que cresceu mais”. O número de empregos nas MPEs no estado cresceu 7,9% em 2006.
RepresentatividadeEm relação à representatividade dessa categoria, a pesquisa mostra que o RN tinha 24,4 mil MPEs em 2006, o quarto maior número do Nordeste. A comparação com a primeira edição do Anuário, publicada no ano passado e referente a 2005, mostra que as MPEs puxaram o crescimento da área empresarial do RN: em 2006, houve um crescimento de 6,5% na quantidade de empresas, todo em micros e pequenas. Outra prova que a economia do setor privado no RN está baseada em MPEs é que, em 2006, elas responderam por 97,7% do total de empresas formais no estado.A pesquisa mostra que a maioria das MPEs do RN está no comércio (48,2%), em seguida vêm serviços, indústria e construção, nesta ordem. É também no comércio onde está o maior número de empregados: 56,9 mil (37,2%). “Temos que medir o RN de maneira relativa, não em números absolutos”, ressalta Zeca Melo, “Estamos em quarto lugar no Nordeste e acima de estados como o Maranhão, que tem duas vezes a nossa população”.
InformaisOutro aspecto abordado pela pesquisa foi o universo da informalidade. Segundo o estudo, há 136,5 mil empresas informais no RN, 1,3% do total da Região - a segunda menor participação no Nordeste, apesar de o RN ser o quarto lugar em outros indicadores, como número de MPEs. Zeca Melo diz que a tendência é que esse número caia nos próximos anuários, com o impacto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que vigora desde dezembro de 2006. Outro fator que deverá potencializar a formalização será a Lei Complementar 02/07, que está tramitando no Congresso Nacional e cria o Microempreendedor Individual, destinado a empreendedores com receita bruta anual de até R$ 36 mil.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Inflação até julho ultrapassa a meta



Os preços dos alimentos continuam em alta e puxam a inflação, apesar de desalecerar em junho11/07/2008 - Tribuna do Norte .Rio - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se desacelerou em junho em relação a maio, caindo de 0,79% para 0,74%, com a alta menos intensa de produtos não-alimentícios. Esta pequena desaceleração, no entanto, não é motivo de alívio, uma vez que o preço dos alimentos continua em alta e, segundo a coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, há a possibilidade de que a inflação acumulada em 12 meses até o fim de julho ultrapasse o teto da meta (6,5%) estimada para o ano. A probabilidade dessa previsão virar realidade realmente não é desprezível ao se analisar os resultados acumulados de janeiro a junho e em 12 meses terminados no mês passado, que apresentam alta de 3,64% e 6,06%, respectivamente. No semestre, a aceleração do índice foi a maior desde o primeiro semestre de 2003, quando o IPCA apresentou alta de 6,64%. Eulina disse que “há evidências que julho deste ano apresente um IPCA maior do que o do ano passado”, quando o indicador subiu 0,24%. “Com a continuidade da pressão dos alimentos e a alta dos preços administrados, não é improvável que a taxa em 12 meses atinja 6,5% (em julho).” Segundo ela, “a alta dos alimentos é generalizada e não há sinal de inversão, já que os preços no mercado internacional e o consumo continuam subindo”. “Não há evidência de mudança na trajetória de alta dos alimentos,” afirmou. Em junho, os produtos alimentícios representaram 63% do índice, apresentando alta de 2,11%, a maior variação mensal registrada nesse grupo de produtos no IPCA desde janeiro de 2003, e o maior aumento para um mês de junho desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Segundo Eulina, no acumulado do primeiro semestre de 2008 os alimentos contribuíram com 1,88 ponto porcentual, ou 52% do IPCA de 3,64% do período. “Ou seja, os alimentos explicam a inflação este ano”, disse a coordenadora. Para ela, “a evidência é que a alta dos alimentos em 2008 vai ficar acima da do ano passado, que já foi uma taxa expressiva”. AtuaçãoO presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a autoridade monetária continuará atuando de forma a trazer a inflação de volta ao centro da meta, de 4,5%, já em 2009. O objetivo, segundo Meirelles, é evitar que se instale um ambiente de pessimismo inflacionário.“Nas atuais circunstancias domésticas, existe o risco de que os agentes econômicos passem a atribuir maior probabilidade de que elevações da inflação sejam persistentes, o que implicaria em redução da eficácia da política monetária”, afirmou em seminário em São Paulo.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Exportações do RN fecham semestre em queda de 1,3%


A exportação de castanha de caju e da lagosta foram foram as mais rentáveis nos últimos 6 meses 08/07/2008 - Tribuna do Norte As expressivas quedas nas vendas de camarão e banana pesaram na balança comercial do estado e o primeiro semestre fechou, mais um vez, em baixa para as exportações do Rio Grande do Norte. Entre janeiro e junho deste ano, as vendas do RN para outros países somaram US$ 164,9 milhões, uma queda de 1,3% em relação ao mesmo período de 2007, que também foi menor do que o de 2006 – naquele ano, o estado havia se recuperado em 6,7%, acumulando US$ 181,7 milhões. Os números divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) mostram que, entre as principais quedas, estão as culturas mais afetadas pelas cheias que atingiram o Vale do Açu em abril: camarão, banana e sal. Juntos, tiveram redução de US$ 14,4 milhões. No ano passado, as exportações desses três itens representavam 23% da pauta. Este ano caiu para 15%. O camarão perdeu duas posições no ranking dos 25 principais produtos, a banana e o sal perderam três. Apesar disso, o camarão continua entre os cinco produtos com maior valor exportado, em quinto lugar. Em quarto, está o combustível usado por caminhões, navios e barcos com destino ao exterior. Acima deste item, está o açúcar, uma das mercadorias que “segurou” uma queda ainda maior nas exportações, registrando aumento de 62%. Na segunda posição do ranking está o melão, que está em entressafra e registrou queda de 7% - movimento contrário do que aconteceu no ano passado, quando, no mesmo período, o melão liderou o ranking e cresceu 33%. Agora, ele deu seu lugar à castanha de caju, o item mais rentável nos últimos seis meses, com US$ 24,5 milhões. Outra âncora em que as exportações do RN se seguraram foi a lagosta, que registrou o maior aumento no valor exportado: 492,5%. Na análise enviada junto com os dados, a Sedec considera que “apesar dos problemas ocasionados pelas fortes chuvas (...), os dados dos seis primeiros meses revelam o bom desempenho dos demais setores da economia que não sofreram danos (...) e que vêm se sobressaindo, apesar da insistente queda do real em relação ao dólar”.Segundo a avaliação da Sedec, a expectativa para os próximos meses está na retomada da colheita do melão, com a safra 2008-2009 que, mais uma vez sofre os efeitos negativos da valorização do real, “mas que sustenta boas perspectivas com a antecipação da Expofruit que aconteceu no primeiro semestre, com intuito de atrair novos compradores, antes de iniciada a safra”. Outra novidade é a liberação das exportações para os Estados Unidos, um dos maiores mercados consumidores de frutas. Produtores não vão mais esperar pelo governoUm grupo de nove carcinicultores e salicultores prejudicados pelas cheias no Vale do Açu se uniram às prefeituras de Carnaubais, Pendências e Macau para reunir dinheiro e mandar construir a passagem sobre o Rio Açu, ligando as áreas rurais de Pendências e Carnaubais. As obras, que incluem o barramento do rio, vão custar R$ 109 mil – R$ 15 mil para cada prefeitura e o restante rateado entre as empresas. A atitude foi necessária diante da ausência do governo estado, como acusam os empresários, demora do governo federal em liberar os recursos para as obras necessárias depois das cheias de abril. Segundo a carcinicultora Tácia Castro, da Aqua Viva, as obras são essenciais ao povoamento dos viveiros destruídos. A passagem para o transporte de insumos, e o barramento para o provimento de água, não só para as fazendas, mas para a população das cidades próximas. “O Governo do Estado e os deputados estaduais sabem das nossas dificuldades e não estão fazendo nada”, critica. Somente na Aquaviva, houve um prejuízo de R$ 650 mil. Entre as empresas que estão nessa empreitada, está a Potiporã, uma das maiores exportadoras do estado. Outra que está aguardando posicionamento do governo estadual é a Del Monte, produtora e exportadora de bananas que teve 20% de seu plantio destruídos. A companhia, que já desistiu de recuperar esta área, quer que o governo a autorize a usar os créditos da Lei Kandir (que compensa exportadores) para vender ao mercado. Informações da assessoria de imprensa vice-governadoria, cujo titular é Iberê Ferreira, dizem que o Estado ainda espera o repasse de R$ 18 milhões, garantidos pelo governo federal, para as obras de infra-estrutura. Ainda de acordo com a assessoria, uma equipe do governo potiguar está em Brasília para tentar agilizar esse processo.

domingo, 6 de julho de 2008

Mercado de água enfrenta problemas


Segundo o DNPM, a indústria da água mineral movimentou mais de R$ 4,6 milhões em 200506/07/2008 - Tribuna do Norte Sem aumentar os preços há três anos para o consumidor, as 14 empresas de distribuição de água mineral no Rio Grande do Norte estão tentando encontrar alternativas para equilibrar receitas e despesas, já que o setor está operando, hoje, quase no “vermelho”. O presidente do Sindicato da Indústria de Cerveja, Refrigernates, Águas Minerais e Bebidas do Rio Grande do Norte (Sicramirn), Roberto Serquiz Elias, disse que como a água mineral se trata de uma “commodity” (tudo que é produzido em massa) enfrenta questões próprias do mercado, porque a concorrência aqui é mais forte do que em outros estados, como o Piauí, onde existem apenas cinco distribuidoras. Roberto Serquiz disse que a competitividade é grande e por isso não está sendo possível se praticar preços mais altos, ao contrário de outras regiões do país, onde o garrafão de 20 litros custa entre R$ 5 e R$ 7, enquanto no Rio Grande do Norte o preço varia de R$ 2,50 a R$ 3.Além disso, Serquiz informou que mais duas empresas devem entrar em operação no mercado potiguar, a Dore, que tradicionalmente já atua no ramo de refrigerantes e a Bodas Cristal. Segundo Serquiz, neste período as dificuldades do setor de água mineral aumentaram por causa de três convenções trabalhistas, que reajustaram os salários em 60%, além de uma inflação acumulada de 25% e de reajustes nos principais insumos: energia elétrica (33,3%) e combustível (36,11%). Serquiz explica que o caminho para as empresas é melhorar em eficiência, como é o caso da questão logística, embora cada distribuidora tenha procedimentos diferenciados e específicos, em relação a áreas como controle de qualidade e engarrafamento. “A gente tem que se mexer”, disse Serquiz, achando que uma maneira é fazer uma espécie de “pool” na compra de matéria-prima, como tampas e garrafões de plásticos de tipo único, como uma maneira de baratear os custos juntos aos fornecedores.Outra opção é a exportação, que segundo ele, não daria certo para a Europa, onde se produz um bom produto. “Estamos prospectando o mercado africano”, disse ele.O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) informa em seu Anuário Mineral Brasileiro de 2006, que o Rio Grande do Norte tem uma participação de 1,05% na distribuição regional de água mineral, gerando uma receita de R$ 4.650.109. Os dados são de 2005.Segundo o DNPM, o principal destino da água mineral brasileira é Angola (51,23%). Outro grande importador são os Estados Unidos, com 23,97 %. Mas, o Brasil também importa água mineral da França, responsável por 62,27% das exportações e ainda da Itália, 31,64%.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Projeto de Lei que regulamenta a profissão de Marketing não poderá propor reserva de mercado



O Projeto de Lei 1226/07 que visa a regulmentação da profissão de Marketing esteve próximo de ser aprovado na Comissão de Trabalho da Câmara. A mudança do verbete Nº 2 da Súmula de Jurisprudência da Comissão que julga a regulamentação de profissões, porém, atrasará a votação e, mais importante, obrigará que o projeto não proponhe uma reserva de mercado.
O verbete revogado no final de maio diz que só serão apreciados os projetos que não proponham a reserva de mercado para um segmento em detrimento de outras profissões com formação idêntica ou equivalente, que haja a garantia de fiscalização do exercício profissional, e que se estabeleçam os deveres e as responsabilidades pelo exercício. Com isso, o PL 1226/07 foi devolvido ao relator, Deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), para que seja alterado.
O novo texto ainda não está pronto. Haverá um estudo técnico para a adequação ao verbete. Este processo deve ser finalizado até o dia 17 de julho, quando é esperada também a votação e a aprovação do projeto, segundo fontes do Mundo do Marketing. Se não houver votação até esta data, o projeto terá que aguardar o fim do recesso dos parlamentares até o dia 1º agosto.
A regulamentação da profissão de Marketing vem sendo discutida desde 2005, quando o então Deputado Eduardo Paes (PSDB/RJ) propôs o primeiro projeto. Três anos depois, um novo projeto de lei foi apresentado pelo Deputado Felipe Bornier (PHS/RJ). Ambos os textos falavam sobre a impossibilidade de outros profissionais exercerem a profissão sem serem diplomados em Marketing, mas o segundo foi julgado mais completo pela relatoria e segue na Câmara.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Refrigerantes inovam em embalagens e sabores para driblar concorrência


O mercado de refrigerantes está se revigorando com a ascensão de marcas menores. Apesar de ainda bastante concentradas entre as marcas da Coca-Cola Company (que detém mais da metade de participação do mercado) e a Ambev, outras marcas já disputam fortemente em alguns segmentos de consumidores. No total, esse mercado movimentou em 2007 cerca de R$ 19,02 bilhões no Brasil, segundo dados da ACNielsen. Para competir com as gigantes do setor, outras empresas apostam em novas opções de embalagens e sabores.
Uma delas é o Grupo Schincariol. Com a meta de alcançar a segunda posição no mercado, a empresa revitalizou recentemente sua linha de refrigerantes, lançando novos sabores no tamanho pet 2L e modificando sua linha light para linha zero. A empresa criou ainda uma nova identidade visual, refletida nas embalagens.
Apesar de manter apenas 3,7% de market share, a Schincariol já é o terceiro maior grupo desse mercado. Para conseguir essa posição, a empresa adotou há quatro anos um reposicionamento na linha de refrigerantes, com o lançamento de novos produtos e investimento em Marketing.
Segmentação através das embalagensTrês anos atrás a Schincariol inovou o mercado lançando a linha Mini Schin (foto), voltada a um público nunca pensado até então com tanto foco: as crianças. Usando pela primeira vez personagens licenciados em suas embalagens, a nova linha de refrigerantes é vendida em embalagens menores, de 250ml, adequadas para o consumo dos pequenos.
E cabe na lancheira escolar. "Era normal os refrigerantes colocados nas garrafinhas de lancheiras vazarem, por causa do gás. Com o Mini Schin, esse problema desaparece", comenta Marcel Sacco, Diretor de Marketing da Schincariol, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Sempre trabalhando com licenciamento de personagens do canal de desenhos animados Cartoon Network, o Mini Schin hoje detém 80% do market share de refrigerantes para crianças.
Público jovem é o maior consumidorSegmentar públicos através das embalagens também é uma tática da Coca-Cola, que em 2003 lançou a garrafa de 200ml para conter o avanço de marcas menores no Nordeste, muito consumidas entre a população de baixa renda. Apesar disso, ações focadas em jovens são freqüentes, como a atual Coca-Cola Zero Estúdio. "É inegável que os jovens representam a maioria dos consumidores e muitas das ações são direcionadas a eles", comenta Ricardo Fort (foto), Diretor de Marketing da Coca-Cola Brasil em entrevista ao site.
Mas as ações voltadas para toda a família não deixam de acontecer, como aquelas integradas à campanha publicitária "Fábrica da Felicidade", da Coca-Cola. Do lado da Schincariol, Marcel Sacco prevê em breve lançar também uma campanha voltada para a família para divulgar sua linha de refrigerantes. “Os refrigerantes são vendidos a todo tipo de público e atingem cerca de 97% dos lares brasileiros”, ressalta Sacco, da Schincariol.
Degustação e distribuição eficiente para fidelizarPara fidelizar o cliente, a Schincariol foca bastante em distribuição em pontos-de-venda. Foi assim que a empresa conseguiu entrar no supermercado no seu terceiro ano. "Precisamos fazer o nosso consumidor encontrar nosso produto. Depois da entrada nos supermercados, nossas vendas aumentaram consideravelmente", comenta Marcel Sacco.
A Schincariol também realiza freqüentemente ações de degustação em pontos-de-venda, revezando-se entre as outras linhas da marca, como sucos e cervejas, com taxas de conversão de vendas em torno de 80%. "Nossa linha é bastante competitiva, mas sabemos do desafio de concorrer com alguns sabores contra marcas presentes no mercado há várias décadas", ressalta o Diretor de Marketing da Schincariol.
Vendas apoiadas na tradiçãoA tradição, porém, é uma aliada para outra marca de refrigerantes do grupo. A Itubaína, com sabor Tutti-Frutti, existe há 70 anos e ainda é a mais vendida do grupo no estado de São Paulo, tanto interior como capital. O refrigerante de Maçã, fabricado desde 1975, também apresentam boas vendas.
No resto do Brasil, ambos ficam atrás apenas do Guaraná entre os refrigerantes do Grupo Schincariol. Segundo Marcel Sacco, as boas vendas são resultados de uma fidelização antiga, em que muitos consumidores são levados a experimentar o produto em busca de algum resgate da infância ou outras épocas passadas. Tradição muitas vezes repassada de geração para geração.
Situação semelhante é percebida com os Refrigerantes Convenção (foto), vendido nos mercados do estado do Rio de Janeiro e São Paulo desde 1951. Porém, para cativar outros públicos, a marca aposta em embalagens diferenciadas, com o propósito de oferecer um manuseio mais facilitado. "Também modificamos o rótulo, criando uma arte mais moderna", diz Geraldo Guitti, Diretor Executivo da marca. Outra ação foi a aposta em sabores diferenciados, como Frutaína e Abacaxi.
Sabores diferentes para desviar da concorrênciaA busca por sabores diferentes levou a Pepsi a alcançar um sucesso de vendas com o refrigerante H20H, do grupo Pepsi – que no Brasil existe em parceria com o grupo Ambev. Seguindo a tendência mundial de adotar produtos mais saudáveis, a empresa trouxe ao mercado um refrigerante à base de água levemente gaseificada, com suco de limão. O sucesso de vendas originou produtos similares, como o Aquarius Fresh, da concorrente Coca-Cola, e o mais recente Guarah, da Ambev.
A Schincariol não possui ainda nenhum produto deste modelo, mas também trabalha com sabores diferentes, como o Citrus (mistura de laranja, limão e maçã), na linha Schin Refrigerantes. Uma novidade é o sabor "Morango Azedinho", lançamento da linha Mini Schin. O novo produto chega às gôndolas estampando As Meninas Superpoderosas, com rótulos trazendo imagens colecionáveis.
Apesar do esforço das concorrentes, a Coca-Cola parece não temer a perda de espaço no mercado. “As marcas Coca-Cola, Coca-Cola Zero e Coca-Cola Light nunca estiveram tão presente na vida dos Brasileiros como hoje em dia. Outras marcas da Coca-Cola também ampliaram sua participação de mercado comprovando que os consumidores vêem nelas valor superior às outras disponíveis no mercado”, comenta o Diretor de Marketing da Coca-Cola.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Saraiva mira no PDV e na Internet e continua crescendo



Já não é novidade para os profissionais de Marketing que o ponto-de-venda é decisivo na escolha de produtos e tem grande parcela de responsabilidade pela decisão de compra do consumidor. O fato é que uma grande rede de livraria adotou o PDV como seu principal elo de comunicação com o seu consumidor-leitor. A livraria Saraiva é hoje referência em experiência de compra e variedade de produtos relevantes para o consumidor.
Com noventa e quatro anos de vida, a Saraiva é uma senhora empresa conectada com o mundo moderno. A rede adotou o e-commerce em 1998 e hoje esta ferramenta é responsável por mais de 30% da receita da empresa em livraria. Atualmente a empresa trabalha com um portfólio variado de produtos como DVD, CD, Livros, artigos de papelaria e, mais recentemente, aparelhos celulares e de informática.
A livraria tem lojas por todo o Brasil e cada uma delas recebe a visita de diretores todos os anos em eventos de relacionamento com os colaboradores. Nestes encontros os funcionários fazem críticas, observações e trocam experiências com a finalidade de melhorar cada vez mais o atendimento ao cliente e ampliar o conhecimento sobre os produtos e também sobre o que há de novo no mercado.
Mega ponto-de-vendaA Saraiva tem 21 Mega Stores em todo o território nacional além de 16 lojas convencionais. A implementação dos pontos-de-venda que geram experiência aos consumidores foi desenvolvida em 1996. De lá pra cá o ritmo de inaugurações das Mega Stores chegou a ser de duas por ano e logo o consumidor percebeu que a multiplicação dessas lojas seria como os contos de Agatha Christie. Só que sem a versão “Pocket”.
Nascida em 1914, em São Paulo, a empresa foi inaugurada por Joaquim Saraiva e na época era uma livraria acadêmica, principalmente porque se localizava ao lado de uma faculdade de Direito. Desta forma o livro foi o principal produto e perdura até hoje como principal objeto de procura dos clientes. De acordo com Ricardo Daumas (foto), Diretor de Marketing e Serviços da Saraiva, a empresa tem em seu DNA o entretenimento e a cultura. “Desde a inauguração a livraria sempre foi um local de empréstimo e troca de livros entre alunos e professores”, conta Daumas em entrevista ao Mundo do Marketing.
A primeira Mega Store da Saraiva foi inaugurada no shopping Eldorado, em São Paulo. Como este tipo de loja era raro no país até então, o consumidor logo percebeu que um espaço tão grande não poderia ser destinado ao simples comércio de produtos. Algo maior do que isto estava por vir. “A idéia das Mega Stores sempre foi fazer do espaço não só um estabelecimento de venda, mas sim uma seqüência de informação, educação, entretenimento e cultura”, afirma o gerente.
E-commerce crescenteDiferente do conceito de lojas grandes e com experiência de compra, o e-commerce da livraria foi pioneiro no Brasil. Há dez anos a Saraiva implantava um sistema de compras pela Internet que hoje faz da empresa um dos principais players neste segmento na área de livros do Brasil. De acordo com Daumas “Mais de 30% da receita da empresa em livraria vem do comércio eletrônico”, conta.
O motivo para tanta procura por leituras não é apenas a aceitação da Internet por parte do target da Saraiva e muito menos pela facilidade de crédito. “O crescimento desta ferramenta é resultado de competência nas operações, respeito ao consumidor e acréscimo de produtos de informática e de telefonia celular”, explica Daumas, que completa. “Sem falar do próprio crescimento do e-commerce no Brasil e no mundo”.
Os números da Saraiva não deixam nenhuma dúvida quanto à eficiência do comércio eletrônico. Em 2007 o aumento nas vendas foi de 60,8% com relação a 2006, e o livro não acaba por aqui. “No primeiro trimestre deste ano tivemos um aumento nas vendas pelo comércio eletrônico de 85,7% sobre o mesmo período de 2007”, compara o executivo.
Gráfico do faturamento da livraria
PDV com ações de MarketingMesmo com um mix de produtos variado, o carro-chefe da Saraiva ainda é o livro. Com ele a empresa se tornou conhecida no país e por causa dele é possível que a empresa ofereça outras formas de entretenimento ao cliente. Sem comerciais na TV e sem fazer estardalhaço, a Saraiva fez do ponto-de-venda o seu principal meio de comunicação com o consumidor.
Oferecendo entretenimento, experiência de compra como degustação de livros e artigos como DVD, CD e informática, a empresa investe pesado no PDV e no site da livraria. “Além disso, há o investimento em uma revista mensal, o Almanaque Saraiva, que é de graça e sai todo mês nas lojas com tiragem de cem mil exemplares”, conta Daumas.
Além do PDV, o Marketing da Saraiva é marcado por ações pontuais em períodos específicos como a volta às aulas, por exemplo. Neste período a livraria desenvolve ações combinadas com outras empresas, o que rende anúncios em jornais, revistas, Internet, escolas e faculdades. “Colocamos promotores que comunicam e fazem ofertas especiais aos universitários, público prioritário para a Saraiva”, conta Ricardo Daumas.
Uma das ações de Marketing da Saraiva de maior repercussão recentemente teve a presença de Ziraldo, autor do livro “O Menino Maluquinho”, durante o Dia das Crianças do ano passado. Na ocasião, a livraria homenageou o autor pelos 50 anos de carreira, com promoções e eventos nas lojas da rede que distribuíram canecas do personagem aos consumidores. “Essas ações servem para dizer ao consumidor que a Saraiva faz parte da vida dele seja na volta às aulas, ao presentear um amigo ou na busca por informação”, analisa o gerente de Marketing e serviços da livraria.
Pesquisas geram EndomarketingA Saraiva procurou saber o que o cliente procura no PDV e algumas pesquisas mostraram perfis cada vez mais diferentes e, entre outras informações, que o cliente é capaz de pagar por uma boa experiência no PDV. O estudo comprova que além de folhear a revista ou o livro, o consumidor busca interagir com o vendedor, obter mais informações sobre um produto, um título, uma banda, entre outros. “A possibilidade de se informar e a liberdade de degustar um produto acompanhado de uma boa cafeteria se torna relevante para ele do ponto de vista da experiência”, avalia o executivo.
A rede de livrarias se preocupa tanto com o seu consumidor que até quem os atende entra na sinopse. Estimulando a cultura de gestão, a Saraiva é a favor de partilhar o conhecimento interno. Nas ações de Endomarketing o colaborador recebe um jornal semanal com informações sobre o marketing das lojas, o mercado, os produtos em evidência e fatos relevantes e pertinentes para o vendedor.
Além disso, a livraria conta com encontros semestrais com gestores da empresa para partilhar experiências, trazer fornecedores, ampliar o conhecimento sobre os produtos e o mercado. “Os diretores fazem vistas todo o ano às lojas para conversar com a equipe de vendas, aproximar as pessoas e compartilhar experiências”, diz Daumas ao site.
O maior desafio que a empresa encontrou foi implantar o conceito de Mega Store de maneira rápida e de qualidade, sem deixar o consumidor confuso. Parece que desafios são como os marcadores de página de um livro para a Saraiva. Sempre é preciso ter um, mas não se sabe onde ele será inserido. Recentemente a rede comprou a livraria Siciliano - o que envolve outras cem lojas – mas não há definição sobre a transformação delas em Mega Stores da Saraiva. “Esta decisão só será tomada nos próximos meses”, completa Ricardo Daumas.