quinta-feira, 31 de julho de 2008

Vendas reais dos supermercados crescem 8,6%


Para o presidente da Abras, Sussumu Honda, o desempenho de vendas deve continuar até o fim do ano31/07/2008 - Tribuna do Norte
São Paulo - As vendas reais dos supermercados registraram alta de 8,66% nos seis primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2007, segundo o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado ontem. Em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, o faturamento do setor cresceu 7,58%. Na comparação com o mês de maio, as vendas reais dos supermercados apresentaram retração de 6,29%. De acordo com a associação, o desempenho do semestre foi conseqüência do bom momento econômico e do aumento da renda da população. O presidente da Abras, Sussumu Honda, disse que as vendas do setor crescerão 5,9% em relação ao ano passado. “A criação de novos empregos e o aumento da renda continuarão impulsionando as vendas, que devem superar os resultados do ano passado”, afirmou. Segundo ele, a perspectiva para todo o ano também se baseia no desempenho do primeiro semestre. “A inflação dos alimentos deve começar a afetar de forma mais forte as classes C, D e E nesse semestre”, disse. Sobre 2009, Honda manifestou preocupação em relação ao aperto monetário adotado pelo governo em 2008, que deve afetar o consumo da população no próximo ano e reduzir as vendas.
Cesta A cesta de 35 produtos de alto consumo, pesquisada mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apresentou alta de 2,78%, em junho, ante o mês anterior. O aumento real, já descontada a inflação, foi de 2,04%. Comparado a junho do ano passado, o índice teve alta de 14,83% em valores reais. A cesta passou de R$ 208,38, em junho de 2007, para R$ 253,52. O destaque do índice Abras Mercado foi o feijão, que teve alta de 13,95%, seguido do arroz (8,01%) e da batata (7,61%). Já os produtos com as maiores quedas foram o tomate, com -7,01%; o leite em pó integral, com -3,69%; e a farinha de mandioca, com -2,66%. Segundo o diretor responsável pelo boletim da Bolsa de Cereais, Rui Roberto Russomano, apesar do preço do feijão ainda estar alto, nos supermercados, a tendência é de queda nos próximos meses. Ele explicou que os preços já estão baixando para o produtor e o empacotador, que é o responsável por distribuir o feijão para os supermercados. O consumidor é o último a perceber a redução do preço, por conta dos estoques existentes no mercado varejista. Nesses últimos 15 dias, o feijão já se ajustou em torno de R$ 185 a saca , abaixo do que era esperado, mas o supermercado ainda está trabalhando com o estoque que comprou a R$ 200 e está repassando isso para o consumidor, disse Russomano. Ele explicou que a alta do feijão se justifica pela quebra da primeira safra, além de fatores como o clima, custo da produção e dos empacotadores. Com a entrada da segunda safra, o preço vem caindo, até por conta do aumento de 39% na produção. Russomano disse, ainda, que a diferença entre o preço pago ao produtor e o do varejo (ao consumidor) se explica pelo fato de haver um custo de empacotamento, ou seja, o empacotador compra o feijão a granel, empacota e repassa ao supermercado.

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