domingo, 6 de julho de 2008

Mercado de água enfrenta problemas


Segundo o DNPM, a indústria da água mineral movimentou mais de R$ 4,6 milhões em 200506/07/2008 - Tribuna do Norte Sem aumentar os preços há três anos para o consumidor, as 14 empresas de distribuição de água mineral no Rio Grande do Norte estão tentando encontrar alternativas para equilibrar receitas e despesas, já que o setor está operando, hoje, quase no “vermelho”. O presidente do Sindicato da Indústria de Cerveja, Refrigernates, Águas Minerais e Bebidas do Rio Grande do Norte (Sicramirn), Roberto Serquiz Elias, disse que como a água mineral se trata de uma “commodity” (tudo que é produzido em massa) enfrenta questões próprias do mercado, porque a concorrência aqui é mais forte do que em outros estados, como o Piauí, onde existem apenas cinco distribuidoras. Roberto Serquiz disse que a competitividade é grande e por isso não está sendo possível se praticar preços mais altos, ao contrário de outras regiões do país, onde o garrafão de 20 litros custa entre R$ 5 e R$ 7, enquanto no Rio Grande do Norte o preço varia de R$ 2,50 a R$ 3.Além disso, Serquiz informou que mais duas empresas devem entrar em operação no mercado potiguar, a Dore, que tradicionalmente já atua no ramo de refrigerantes e a Bodas Cristal. Segundo Serquiz, neste período as dificuldades do setor de água mineral aumentaram por causa de três convenções trabalhistas, que reajustaram os salários em 60%, além de uma inflação acumulada de 25% e de reajustes nos principais insumos: energia elétrica (33,3%) e combustível (36,11%). Serquiz explica que o caminho para as empresas é melhorar em eficiência, como é o caso da questão logística, embora cada distribuidora tenha procedimentos diferenciados e específicos, em relação a áreas como controle de qualidade e engarrafamento. “A gente tem que se mexer”, disse Serquiz, achando que uma maneira é fazer uma espécie de “pool” na compra de matéria-prima, como tampas e garrafões de plásticos de tipo único, como uma maneira de baratear os custos juntos aos fornecedores.Outra opção é a exportação, que segundo ele, não daria certo para a Europa, onde se produz um bom produto. “Estamos prospectando o mercado africano”, disse ele.O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) informa em seu Anuário Mineral Brasileiro de 2006, que o Rio Grande do Norte tem uma participação de 1,05% na distribuição regional de água mineral, gerando uma receita de R$ 4.650.109. Os dados são de 2005.Segundo o DNPM, o principal destino da água mineral brasileira é Angola (51,23%). Outro grande importador são os Estados Unidos, com 23,97 %. Mas, o Brasil também importa água mineral da França, responsável por 62,27% das exportações e ainda da Itália, 31,64%.

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